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Review My UX | A interface minimalista da Motorola

Por| Editado por Léo Müller | 05 de Maio de 2022 às 17h32

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Review My UX | A interface minimalista da Motorola
Review My UX | A interface minimalista da Motorola

Praticamente todas as fabricantes de celulares Android contam com sua própria interface de usuário carregada por cima do sistema operacional do Google e, apesar de poucos conhecerem a da Motorola, a marca também tem sua UI — a My UX.

Com um design mais discreto e “limpo”, ela lembra bastante o Android “puro” que podemos ver nos celulares da linha Pixel do Google, mas tem algumas diferenças substanciais que a torna única, com alguns apelos que movem uma legião de fãs e a deixa mais atrativa (em alguns aspectos, é claro), do que a One UI ou MIUI, por exemplo.

Mas será que a simplicidade da My UX vale a pena? A interface é intuitiva e funcional como as concorrentes? Confira nesta análise os principais pontos do software da Motorola e veja se você pode se adaptar a ele.

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Design da interface

A My UX tem um visual bem limpo, sem muita modificação feita pela Motorola em relação ao Android que é entregue de forma oficial pelo Google. Dessa forma, a interface é muito parecida com o que é visto nos aparelhos da linha Pixel.

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Isso inclui, com a chegada do Android 12, uma nova área de notificações e um centro de controle redesenhado, com atalhos de bordas arredondadas e um visual bem mais agradável. A nova versão do sistema do Google — e consequentemente da interface da Moto — foi uma das que sofreu mais alterações nos últimos anos.

Na minha opinião, essa mudança é muito bem-vinda e, pela primeira vez, deixa os aparelhos da marca com um visual tão agradável quanto a One UI ou MIUI.

Na tela inicial ou gaveta de aplicativos, não há muita diferença do que já é visto há anos. Os ícones, no geral, não sofreram alterações significativas.

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Personalização

Aqui é onde a interface da Motorola “peca” um pouco. Assim como na Realme UI ou no iOS, as opções de personalização são praticamente inexistentes na My UX. O usuário pode mudar um ou outro aspecto da exibição, mas, no geral, o visual final é basicamente o mesmo.

As opções de alterações são, na verdade, nativas do Android. É possível, por exemplo, alterar a paleta de cores com opções disponibilizadas pelo Google ou definidas no seletor de cor. Dessa forma, alguns ícones e opções ficam com um visual mais “personalizado”.

No entanto, não há uma loja de temas que permita modificar ícones, alterar o visual da área de notificações e outros aspectos. Dessa forma, caso queira, é preciso recorrer a launchers de terceiros que permitam um pouco mais de customização da tela inicial ou gaveta de apps.

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Por falar em launcher, o lançador nativo da My UX traz algumas opções também básicas de exibição. É possível, por exemplo, optar se quer ou não usar uma gaveta de apps e, caso escolha pelo menu completo, a navegação é feita de forma vertical — assim como na MIUI ou Realme UI.

Por fim, também é possível ativar ou desativar o feed do Google na tela inicial. Por padrão, quando deslizamos a tela totalmente para a esquerda na área de trabalho, temos acesso à página de notícias do Google. Alguns usuários preferem desativá-la, então saiba que é possível caso queira.

Segurança e Privacidade

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A My UX oferece os mesmos recursos de segurança e privacidade nativos do Android. Isso quer dizer que muito do que é visto nos aparelhos da Moto é o que o próprio Google já oferece em seu sistema operacional.

Mas é claro que é válido mencionar alguns destaques que são novidades do Android 12. Entre eles, está o bloqueio do acesso ao microfone e à câmera, como forma de impedir que aplicativos ou sites na internet rastreiem os usuários. Dessa forma, mesmo que o aplicativo tenha permissão para acessar os recursos, o uso será bloqueado.

Além disso, quando esses componentes estão em uso, o usuário é alertado com um pequeno ícone verde no canto direito da barra de status, perto do sinal da bateria. Dessa forma, se aparecer a notificação de uso quando nenhum app está aberto, provavelmente algum serviço está “monitorando” o usuário de forma indevida.

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Apps, recursos e diferenciais

Quem já tem ou teve um celular da Motorola sabe o quão prático são os recursos ativados por gestos. Isso está presente desde os primeiros Moto X e Moto G até a atual geração e permite acender a lanterna ou abrir a câmera com um simples movimento do pulso, mesmo que a tela esteja bloqueada.

Enquanto essas funções não são nenhuma novidade, um recurso recente implementado pela marca pode ajudar a atrair mais usuários para os aparelhos da Moto. O Ready For permite utilizar o smartphone como um “computador”.

Com o auxílio de um cabo HDMI, é possível conectar o celular a um monitor e utilizá-lo no modo desktop. Dessa forma, você consegue acessar praticamente todas as funções disponíveis no aparelho em uma tela maior e ainda conectar um mouse, teclado ou controle para jogos — algo bem parecido com o modo DeX da Samsung.

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Outra função que o Ready For permite é utilizar o celular como uma webcam no computador. Com isso, se tem um notebook com câmera de baixa resolução, você poderá utilizar os sensores do celular para participar de videochamadas.

O bom é que é possível usar tanto a câmera traseira quanto a frontal do celular e, melhor ainda, não é necessário baixar nenhum programa. Basta conectar o telefone ao computador pelo cabo USB padrão do aparelho e alterar o funcionamento da conexão nas configurações.

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É importante frisar, no entanto, que o Ready For é uma exclusividade dos modelos mais avançados da empresa, ou seja, apenas o Moto G100, Moto G200 e alguns aparelhos da linha Motorola Edge tem esse suporte até o momento.

Acessibilidade

Os recursos de acessibilidade da My UX são bem padrões em relação ao que já é oferecido pelo Android. Mas isso não quer dizer que não sejam dignos de menção, é claro. A interface oferece, por exemplo, alguns controles de exibição muito interessantes para quem tem dificuldades visuais.

É possível, por exemplo, inserir um negrito em todas as fontes para aumentar a visualização ou aplicar correções de cores ou inversão de cores para melhorar a exibição para pessoas com daltonismo e outras dificuldades visuais.

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O sistema operacional também permite reduzir o brilho mínimo da tela para um nível abaixo do mínimo “padrão” — ideal para situações em que mesmo no mais baixo, o display ainda é muito claro.

Outras funções incluem a possibilidade de encerrar uma chamada apertando a tecla de energia e inserir um menu de acessibilidade em todas as telas para acesso rápido às principais funções.

Recursos exclusivos compensam a falta de personalização?

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A Motorola se destaca por oferecer uma interface limpa ao usuário, sem muitos aplicativos pré-instalados e com o Android “puro”, bem perto do que o Google oferece de forma oficial às fabricantes.

Por um lado, isso é bom: dá ao usuário o poder de instalar o que quer e aproveitar melhor a memória interna do seu aparelho. Por outro lado, o preço a pagar é um pouco alto, e a conta chega na forma de uma interface “sem graça”, com poucas opções de customização e um visual que pode ficar cansativo com o passar do tempo.

Com uma One UI ou MIUI, por exemplo, o usuário pode mudar o visual da tela inicial, área de notificações ou ícones com bastante frequência, mas a ausência de uma loja de temas na My UX faz com que dependamos de novas atualizações para ter uma “cara” nova no design do sistema operacional.

Se isso não é um ponto negativo para você, então a My UX oferece mais vantagens do que desvantagens — ela tem um sistema cheio de atalhos e gestos que torna bem mais prático o uso do smartphone. E, se optar por um modelo mais avançado, ainda leva para casa o modo Ready For, que amplia ainda mais as funcionalidades do celular.