Review Infinix Smart 6 | Vale a pena comprar esse baratinho?
Por Jucyber • Editado por Léo Müller |
O celular Infinix Smart 6 é uma alternativa lançada pela fabricante chinesa, em parceria com a Positivo, aqui no Brasil para proporcionar um modelo com preço baixo. O aparelho anunciado em 2021 tem um hardware básico, mas tem promessas embarcadas com foco em usabilidade.
A principal está relacionada com a bateria, cuja autonomia pode ultrapassar 28 horas para quem joga. Porém, existem outros elementos pontuais que podem influenciar negativamente na experiência geral. Quer saber se vale a pena ou não comprar o Infinix Smart 6? Então, confira a análise completa.
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Design e construção
À primeira vista, o design do Infinix Smart 6 lembra bastante o Galaxy A22. Porém, existem alguns elementos que demonstram a inferioridade do produto chinês, quando comparado ao sul-coreano. Ele é todo em plástico, com alguns desenhos em linhas mais claras para dar um aspecto futurista ao produto.
Entretanto, vemos o apego ao passado quando olhamos a parte traseira do produto. Isso porque o módulo de câmeras é um quadrado desnecessário, pois uma das lentes é apenas enfeite para não deixar o formato parecido com a linha Pro do iPhone. Além disso, o flash poderia ter outro posicionamento para eliminar essa forma geométrica do verso do smartphone.
O Smart 6 tem o leitor de digitais localizado na traseira. O problema não é o local de instalação dessa forma de biometria, mas o alinhamento, pois o uso é difícil para quem tem mãos pequenas, como é o meu caso.
Outro elemento que me incomoda bastante é a entrada microUSB. Mesmo sendo um celular de 2021, já existiam celulares básicos nesse período que traziam porta USB-C, como o Galaxy A12. Logo, a empresa usou uma estratégia de corte de custo injustificável, algo parecido com o visto no Realme C30S.
Tela
A tela do Infinix Smart 6 tem 6,6 polegadas em resolução HD+. O fato de o painel ser LCD de baixa qualidade impacta negativamente na experiência. Digo isso porque falta nitidez para a visualização de conteúdos, principalmente vídeos em plataformas de streaming.
O brilho da tela é muito baixo, pois os 500 nits não dão conta de iluminar bem o display nem mesmo em ambientes fechados. Indo para a parte externa, sob a luz do sol, o cenário fica ainda mais desafiador e compromete o uso, até mesmo para fotografia.
Configuração e desempenho
No Infinix Smart 6, encontramos um conjunto de configurações de celular básico, já que são 2 GB de memória RAM e 64 GB de espaço interno na versão testada pelo Canaltech. Para o desempenho, temos o Unisoc SC9863A, que roda aplicações com muito esforço, e jogos, quando compatíveis, com a qualidade gráfica no mínimo. Os testes de benchmark, infelizmente, nem rodaram nesse celular.
O layout da XOS 7.6 é um dos mais simplórios e travados que eu já utilizei. Mesmo ações simples, como entrar no menu, pode ser algo que demanda dois ou três cliques no botão por parecer que o celular não reconhece os comandos.
De início, pensei ter a ver com a falta de memória RAM, mas, na verdade, são bugs da própria interface, já que as aplicações não demonstram a mesma dificuldade para abrirem. Existem diversos problemas no smartphone, mas não posso reclamar que a Infinix não entrega atualizações. O celular, apesar de estagnado no Android 11 Go, recebe diversos pacotes de segurança, incluindo o de maio de 2023.
Entretanto, esses updates demoram um tempo maior do que o esperado para serem baixados. Um arquivo com 63 MB, por exemplo, pode levar quase 2 horas para ter o seu download finalizado e ser instalado no celular.
Câmeras
As câmeras são outro grande problema do Infinix Smart 6. Apesar de o sensor de 8 MP conseguir acertas no balanço de branco, é uma pena que falte nitidez. Em ambientes bem iluminados, à luz do dia, é possível obter imagens interessantes. O único ponto que deixa a desejar é o excesso de pixelização nas fotos.
Isso também é perceptível na câmera frontal de 5 MP. O sensor consegue acertar o meu tom de pele, algo que é uma das maiores dificuldades em aparelhos baratos, mas a baixa resolução faz a imagem funcionar apenas para foto de perfil no WhatsApp.
Para filmagens, a câmera frontal tem sua gravação limitada ao HD (720p) e a traseira ao Full HD (1080p). Assim como as fotos, os vídeos sofrem com a falta de resolução, e também de estabilização para deixar os movimentos mais fluidos, algo que pode ser conferido abaixo.
Bateria e carregamento
O único ponto positivo presente no Infinix Smart 6 é a bateria. O aparelho tem 5.000 mAh de capacidade, e isso garante um tempo de uso interessante no dia a dia. No teste de uso do Canaltech, foi possível obter um consumo de 30%.
Esse resultado é fruto de um uso híbrido ao longo de 6 horas, variando entre vídeos, jogos e redes sociais. O brilho da tela estava ajustado em 60% para dar uma estimativa do uso comum das pessoas que comprarão esse smartphone.
Com esse formato de uso, é possível manter o aparelho ligado por até 20 horas. Na prática, isso garante até um dia de uso com ele longe da tomada. A recarga, por outro lado, é um grande problema desse celular da Infinix, pois ele só é compatível com a potência de 10 W, que é a potência do carregador presente na caixa. Por isso, o tempo de recarga total é de 1 hora e 56 minutos.
Concorrente direto
O Moto G23 é um grande concorrente do Infinix Smart 6, seja considerando as especificações ou a faixa de preço. Apesar da simplicidade, o aparelho da Motorola traz uma ótima experiência focada no mercado de entrada.
Para quem navega na internet e consome o conteúdo de redes sociais, ele faz muito sentido. A bateria é boa, as câmeras são mais equilibradas e a interface menos propensa a bugs.
Entretanto, as poucas lapidações também impactam no preço, pois o G23 pode ser visto no mercado com seu valor próximo aos R$ 1 mil. Logo, são R$ 400 a mais para reduzir o risco de estresse ao usar o smartphone.
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Vale a pena pagar R$ 700 no Infinix Smart 6?
O fato de o Infinix Smart 6 ser um celular extremamente barato faz com que muitos usuários fiquem curiosos a respeito da sua qualidade. Porém, é preciso ressaltar que esse aparelho não vale a pena, nem mesmo pelo seu preço atual.
Seu design parecido com a linha Galaxy M e a bateria com boa administração de energia não são elementos de alto impacto na decisão de compra. Digo isso porque o desempenho engasgado, aliado com uma interface mal otimizada, são elementos limitantes para a experiência de uso.
Além disso, as atualizações do sistema defasadas fazem com que qualquer esperança de usabilidade melhor no futuro seja extinta. Com base na experiência obtida com esse smartphone, acredito que comprar o Moto G23 é a melhor opção. Esse modelo da Infinix serve, no máximo, como celular reserva.
O aparelho da Motorola é simples, mas otimizado por ter uma interface leve e sem muitas personalizações. Suas câmeras são mais equilibradas, o desempenho traz mais fluidez, e o seu preço próximo aos R$ 1.000 é justificado por essas e outras características.
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