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Redução de impostos e uso do FGTS: apostas para volta do carro popular

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/ Volkswagen
Divulgação/ Volkswagen

O carro popular está morto no Brasil, mas pode “ressuscitar” em breve. Depois de dar uma péssima notícia sobre o assunto, ao admitir que é difícil produzir modelos por preços na casa dos R$ 50 mil, o Governo Federal se reuniu com representantes de montadoras para buscar soluções.

A ideia é encontrar meios de reduzir os valores atuais de mercado, que apontam Renault Kwid, Fiat Mobi e Peugeot 208 (este em promoção) como os mais baratos atualmente (R$ 68.990), para um faixa de preço acessível a uma parcela maior da população. E estes meios estão diretamente ligados aos impostos que incidem sobre os carros.

As conversas entre os executivos das fabricantes e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, hoje nas mãos do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, têm tratado opções que vão desde a redução do IPI e do ICMS à liberação do FGTS para a compra de carros 0km.

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No caso específico do ICMS, a decisão final é um pouco mais complicada, pois trata-se de um tributo estadual e não federal. Isso significa que além do governo e das montadoras, os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal também precisarão estar em sintonia para a redução ocorrer.

Outro ponto que não depende apenas das montadoras e da vontade do presidente Lula diz respeito ao Fundo de Garantia por tempo de Serviço. Hoje, o FGTS só pode ser solicitado pelo trabalhador para uso habitacional, e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, pretende que continue assim. Caberá então a Lula, companheiro de partido de Marinho, convencê-lo de que a liberação para compra de carros 0km será positiva para a economia brasileira.

Quanto vai custar o carro popular no Brasil?

A expectativa sobre quanto efetivamente custará o carro popular no Brasil cresce a cada dia. A princípio, porém, mesmo com todas as reduções de impostos, parece improvável que os valores cheguem aos R$ 50 mil desejados pelo Presidente da República.

A decisão final sobre o assunto deverá ocorrer nesta quinta-feira (25), data em que será comemorado o Dia da Indústria no Brasil, em evento marcado para a sede da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), com a presença do ministro Geraldo Alckmin (PSB-SP).