Projeto de retorno do "carro popular" já tem data para ser anunciado
Por Felipe Ribeiro • Editado por Jones Oliveira |
O Governo Federal deve anunciar a volta daquilo que chamamos como "carro popular". Segundo apuração do nosso colega Eduardo Sodré, da Folha de São Paulo, o anúncio pode acontecer no próximo dia 25 de maio, em razão das comemorações pelo Dia da Indústria.
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Tratado como prioridade por Geraldo Alckmin, Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o projeto do carro popular surgiu de conversas iniciadas por líderes do mercado e alguns interlocutores do governo, como forma de aquecer o setor, muito prejudicado nos últimos anos em razão da pandemia de Covid-19, guerra na Ucrânia e cenário de crise econômica.
Ainda faltam detalhes para todo o projeto ficar pronto, mas, ao que tudo indica, as ações serão concentradas em incentivos fiscais, nacionalização da produção de insumos para as fábricas e linhas de crédito facilitadas. Há, entretanto, algumas dúvidas, como quais modelos atuais seriam contemplados ou se outros novos carros precisariam serem criados.
A expectativa é de que a primeira fase desse projeto do carro popular englobe modelos equipados com motor 1.0 em suas versões de entrada. Atualmente, os carros mais baratos do Brasil são o Renault Kwid, Fiat Mobi e Peugeot 208, todos custando R$ 68.990.
Com as medidas que devem ser anunciadas pelo govern o e pelas montadoras, a ideia é que os carros de entrada ou "populares" sejam vendidos por preços próximos dos R$ 50 mil. Vale lembrar que há poucos anos, alguns dos carros já citados e outros como o Fiat Argo ou até mesmo o VW Polo eram vendidos por esse preço em suas versões de acesso.
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), inicialmente uma das entidades que começaram essa discussão do carro popular, não está mais envolvida. Segundo a Folha, a entidade se afastou por questões de compliance.
O anúncio do projeto, se confirmado, será feito na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Fonte: Folha de S. Paulo