Governo dá péssima notícia sobre a volta dos "carros populares"
Por Felipe Ribeiro • Editado por Jones Oliveira |
O Governo Federal descartou que a volta do carro popular será com modelos de R$ 50 mil. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), pasta que comanda esse projeto, trabalha com uma faixa de preço mais próxima dos R$ 60 mil, contando com uma série de subsídios e, até, ajuda dos estados para chegar nesse valor.
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Segundo apuração do Estadão, o ministro Geraldo Alckmin (PSB-SP) corre contra o tempo para fechar todo o pacote de medidas que vai possibilitar esse carro mais barato (ou menos caro). Este anúncio está previsto para ocorrer em evento no dia 25 de maio, na sede da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em São Paulo/SP, em alusão ao Dia da Indústria.
Entre as ideias para que se chegue no preço de R$ 60 mil, estão a utilização do FGTS como garantia em uma eventual inadimplência, corte de impostos, subsídio do governo nos juros do financiamento e, claro, uma temida simplificação dos carros nessa faixa de entrada, com a retirada de equipamentos e itens de conforto.
Atualmente, os carros 0km mais baratos do Brasil são o Renault Kwid, Fiat Mobi e o Peugeot 208, todos custando R$ 68.990 em preços oficiais. Entretanto, é possível, até, achá-los por menos dependendo de promoções feitas pelas concessionárias.
Brasil já teve esse projeto no passado
Quem tem mais de 35 anos certamente vai se lembrar do "Fusca do Itamar", uma versão do VW Fusca que foi lançada em um projeto bem parecido para estimular a indústria nacional no começo dos anos 90. Essa versão, por exemplo, era munida de itens bem básicos e sofria com a ausência de recursos triviais, como o retrovisor direito.
O Fusca do Itamar deu certo em termos de estímulo, mas logo foi descontinuado. Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, o carro, que na época custava R$ 7,5 mil e tinha o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados de apenas 0,1%), custaria hoje por volta de R$ 80 mil, com valores corrigidos pela inflação.
Fonte: Estadão