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Range Rover, Defender, Discovery, Jaguar: quem cada carro da JLR quer conquistar

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/Canaltech
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A antiga Jaguar Land Rover está passando pelo momento mais ambicioso de sua história. Ao se transformar em JLR, a empresa deseja colocar as mãos no mercado de luxo e entregar mais do que apenas carros, mas também experiências. A ideia, como dizem os executivos, é ser uma “casa de marcas” que também fabrica automóveis em vez de uma empresa de veículos de alto padrão.

É uma estratégia que divide para conquistar, não necessariamente mais vendas, mas mais clientes fieis. Com isso, a empresa também visa maximizar o potencial e o alcance de cada uma das opções de veículos que fazem parte do portfólio, que se já eram focadas em segmentos específicos, se tornam ainda mais a partir de agora.

“Ao colocar mais distância entre [estes nomes], estamos maximizando o potencial de cada uma destas verticais e garantindo um DNA mais puro para cada uma delas”, explicou Rawdon Glover, diretor geral da marca Jaguar, em entrevista ao Canaltech. “Separadas, elas podem seguir para diferentes espaços para aumentar sua relevância no mercado.”

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A medida também vem para resolver certas redundâncias no portfólio da JLR, como no segmento de SUVs. Entre o retorno às raízes para algumas das marcas e a reinvenção para outras, a ideia da “casa das marcas” é preparar a companhia para um futuro mais sustentável e no qual a forma como os clientes encaram os carros mudou. “Estamos mudando a forma como nos comportamentos enquanto empresa”, completa Glover.

Com tudo isso, a quem cada carro da JLR quer conquistar? Neste guia rápido, indicamos os caminhos que a empresa deve seguir no começo desta ambiciosa mudança.

Jaguar: para quem é extraordinário

Entre uma equipe vice-campeã da temporada 2023 da Fórmula E e aplicativos que permitem alugar veículos pelo tempo que o cliente desejar, a Jaguar se posiciona como a marca jovem e mais criativa do grupo JLR. É ela, também, uma das principais cabeças do movimento de redirecionamento da companhia, servindo como a principal vitrine das inovações para todo o mundo.

Isso aparece no foco em sustentabilidade, com os veículos se tornando totalmente elétricos a partir de 2025, e também na pintura da equipe Jaguar TCS Racing, que se complementa de um carro para o outro e traz uma ideia de luxo, modernidade e inovação para as pistas da Fórmula E. No nosso dia a dia, programas como o Jaguar on Demand permitem um contato direto com os carros eletrificados da montadora, mudando também a forma como os clientes se relacionam com as máquinas.

“Para a marca, evolução significa reinvenção”, complementa Glover. A chegada de modelos como o Jaguar GT, que promete ser o mais potente carro de produção já lançado pela empresa, inaugura a “era JLR” e sinaliza o futuro. “Queremos fazer diferente do que temos hoje, mas também do que é realizado pelas outras marcas.”

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Range Rover: para aqueles que “chegaram lá”

A associação é imediata quando falamos este nome, e obviamente, isso também é algo que a JLR deseja maximizar em sua nova presença no mercado automotivo. “A linha atesta nosso legado tanto em tecnologia quanto no segmento off-road. Queremos seguir nessa direção com a ênfase no mercado de luxo”, explica Paulo Manzano, diretor de marketing de marcas da empresa.

Com isso, aqui, veio também uma espécie de limpeza em busca de maior objetividade. Enquanto a sigla JLR traz o passado diretamente na nomenclatura, a ideia é que a marca Land Rover deixará de existir, em uma reimaginação que traz mais clareza e, claro, fortalece o nome Range Rover como um dos líderes do setor de veículos utilitários de alto padrão.

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No setor de SUVs, aliás, é a Range Rover a marca que mais se aproxima da irmã Jaguar, unindo esportividade e luxo em um mesmo pacote, como no caso da Range Rover Evoque. De acordo com Glover, também se trata da vertical que mais cedo apresentou os frutos do reposicionamento, já registrando sinais de que expandiu sua fatia de mercado e indicando que a reestruturação efetivamente está dando certo.

Discovery: para quem vive o extraordinário

Entre tração nas quatro rodas e acabamento de luxo, o que há de mais importante para a JLR está dentro de casa. Investindo no espaço interno e no conforto, os SUVs Discovery focam nas viagens em família, com disposições internas de sete lugares que já se tornaram uma tradição, assim como o amplo espaço interno.

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Manzano afirma que o objetivo, aqui, é criar experiências automotivas que façam com que todos os dias sejam excepcionais. Isso se traduz no investimento já citado em conforto e em tecnologia, com amplos sistemas de entretenimento e motorização híbrida, como é o caso da Discovery 2023, anunciada em julho para o mercado brasileiro.

Defender: para quem faz o extraordinário

Fora da icônica marca Range Rover, Discovery e Defender são os nomes que poderiam apresentar maior sobreposição para confundir os consumidores. As duas, também, são as marcas que mais devem se beneficiar dessa separação, com a JLR indicando o foco em expansão da linha de jipes clássicos como um dos motes da nova operação.

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De acordo com Glover, o ideal de capacidade e robustez que sempre acompanhou a linha Defender, entretanto, deve seguir como o coração da marca. Como todo o resto, o carro também deve ganhar toques ainda mais luxuosos, garantindo o conforto do motorista e dos passageiros durante o uso em cenários off-road.

Assim como a irmã Discovery, porém, a marca Defender é a que parece ter os elementos dessa reformulação mais misteriosos. Enquanto fica clara a intenção da JLR de seguir fortificando os aspectos que tornaram as duas marcas icônicas, restam algumas perguntas quanto à adoção de eletrificação e demais tecnologias do restante das linhas nestes modelos com focos mais específicos, que constituem verticais nichadas da “casa das marcas” que surge agora.