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Com metas claras, Jaguar Land Rover foca em popularizar carros elétricos

Por| Editado por Jones Oliveira | 23 de Março de 2023 às 16h37

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Divulgação/Jaguar Land Rover
Divulgação/Jaguar Land Rover

Os antigos argumentos não funcionam mais para a Jaguar Land Rover. A visão de que carro significa barulho de motor, combustível e escapamento ficou para trás, com as metas da empresa para eletrificação sendo claras e plenamente atingíveis. Com esse avanço a passos largos, a montadora agora tem outro objetivo: entregar os veículos elétricos nas mãos dos brasileiros.

Um dos principais recursos a serem utilizados nessa empreitada foi anunciado nesta quinta-feira (23). O aplicativo Jaguar on Demand, um projeto piloto que surgiu dentro do programa de inovação da marca, aberto em abril do ano passado, vai permitir que qualquer pessoa, inicialmente na cidade de São Paulo (SP) alugue um veículo elétrico da marca de luxo pelo tempo que desejar, testando a tecnologia em um momento de lazer ou a utilizando no dia a dia.

É um conceito que a companhia chama de micromobilidade urbana, que também dialoga com a mudança no perfil de consumidores neste período pós-vacina e a ideia de que houve baixa no interesse por carros. “O cliente pode não necessariamente desejar a propriedade de um veículo, mas a nova geração com certeza está mais interessada nos elétricos do que nos tradicionais. É nessa direção que estamos caminhando”, aponta Gabriel Patini, diretor de desenvolvimento de negócios e inovação da Jaguar Land Rover para a América Latina.

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Todo o processo, aponta, é digital, a partir de um aplicativo e usando o cartão de crédito como pagamento. Apenas veículos elétricos estarão disponíveis no programa Jaguar on Demand, que também vai gerar créditos de carbono que podem ser negociados. “Queremos levar a experiência de luxo e modernidade tanto para os nossos clientes tradicionais quanto para os mais jovens”, completa o executivo.

O projeto também dialoga com os planos globais da marca para os próximos anos. De acordo com o que foi anunciado em 2022, a ideia é que os carros vendidos pela Jaguar sejam 100% elétricos até o final do ano que vem, enquanto a Land Rover deve trabalhar apenas com eletrificação até 2030. É uma gigantesca transição e transformação de produtos que abraça toda a indústria automotiva e que, até agora, também tem se refletido em números.

Em 2022, houve crescimento de 40% na venda de carros elétricos no Brasil. E enquanto essa fatia ainda corresponde a somente 2,2% da indústria nacional como um todo, quando se considera apenas o mercado premium, essa faixa sobre para 40%. Ela deve dobrar até 2030, enquanto, no cenário amplo, a eletrificação deve chegar a 20% da frota vendida no Brasil.

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Malha de carregadores é desafio que já está sendo encarado

Ao lado desses números, porém, ainda caminha o tradicionalismo de uma indústria que, aos poucos, começa a se render à eletrificação. Segundo Patini, o programa Jaguar on Demand também entra nesse quesito, permitindo que a parcela menos entusiasta do potencial destas novas tecnologias tenha contato próximo com um veículo sustentável e perceba que, hoje, eles não devem em nada aos movidos a combustão.

Estamos falando de carros com autonomia de mais de 400 quilômetros em uma única carga, um total maior do que a média rodada por um motorista de aplicativo, por exemplo. Conforme aponta o executivo, o carregamento doméstico é mais do que suficiente nesse sentido, enquanto as grandes metrópoles já começam a receber iniciativas de formação de malha pelas mãos de empresas de energia elétrica, redes de postos de gasolina, lojas de material de construção e demais empreendedores ligados ao segmento.

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“É um trabalho invisível aos olhos do cliente”, aponta Patini, que cita a parceria com a Vibra Energia, antiga BR Distribuidora, como um dos pilares dessa estratégia para a Jaguar Land Rover. Enquanto atua ao lado da companhia no estabelecimento de uma rede abrangente de pontos de recarga, as marcas também realizam treinamentos para que os trabalhadores de suas concessionárias e montadoras saibam lidar com as peculiaridades dos carros elétricos.

Quem olhar com atenção, porém, já consegue ver os avanços diante de si. O executivo, mais uma vez, se volta às pesquisas e aponta que 90% das rotas seguidas por um motorista são predefinidas, o que facilita a composição de uma rede de recarregamento. Isso vale, inclusive, para as estradas.

“Sabemos que o velho temor de ficar sem energia durante uma viagem, em um local isolado, já está ficando para trás. Ainda assim, temos um grande trabalho de conscientização pela frente, muito feito pelo impacto dos produtos, que são silenciosos e têm performance, mas são muito mais econômicos”, explica.
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Para exemplificar esse tópico, Patini cita grandes corredores rodoviários que também já possuem postos de recarga para carros elétricos. Os corredores que ligam algumas das principais capitais e cidades do interior do Brasil estão munidos de unidades assim, conectando os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná através de suas principais rodovias.

“Claro, a capilaridade ainda não é tão grande quanto a de postos de gasolina, mas o avanço está sendo bem rápido”, finaliza.

Velocidade e eletrificação nas ruas de SP

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Não é coincidência que o anúncio da Jaguar Land Rover e a demonstração de um foco renovado em acessibilidade e popularização aconteça no mesmo final de semana em que a Fórmula E aterrissa em São Paulo. Neste sábado (25), acontece a primeira corrida da categoria no Brasil, uma vontade de anos dos pilotos e organizadores que finalmente vai se tornar realidade em uma pista construída no Sambódromo do Anhembi.

Mais do que uma competição de alto nível, com direito a veteranos da Fórmula 1, assim como novatos que podem sair dali direto para a principal categoria do automobilismo, temos também uma grande demonstração do desempenho e poder dos veículos elétricos. A marca, inclusive, está representada em uma das equipes, a Jaguar TCS Racing, que tem Mitch Evans e Sam Bird como pilotos.

“É uma alegria ter a Fórmula E conosco”, comemora Patini. “A categoria tem dimensões importantes na popularização dos carros elétricos e tira a gente do campo teórico. A prova demonstra o que o carro elétrico pode ser, com uma competição muito divertida, que ajuda a disseminar a inovação.”

O foco na sustentabilidade e no meio-ambiente aparece em todos os aspectos da organização da Fórmula E, que tem postos com água gratuita para os espectadores e distribui garrafas para evitar o consumo e descarte de plásticos. Nas pistas, a mais alta tecnologia entra em ação de uma forma altamente palpável, que pode ser sentida pelos motoristas também nas ruas das cidades.

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“O esporte de alta performance desenvolve tecnologias, elevando seus padrões e limites. Mas a Fórmula E é muito mais acessível nesse sentido”, concorda o diretor da Jaguar Land Rover. “O que vemos naquele ambiente automobilístico pode ser rapidamente replicado nos veículos de passeio.”

A modalidade também conversa com as aspirações da própria Jaguar Land Rover, que no segundo ano de seu programa de inovação, quer se voltar à sustentabilidade além da própria eletrificação. A atenção, agora, será dada a iniciativas de redução de emissões, reciclagem de componentes e reuso, principalmente das baterias, produtos químicos e metais preciosos no interior destas células.

Estão em andamento iniciativas relacionadas à geração de créditos de carbono e retenção de talentos que possam contribuir para a empreitada da eletrificação, no que Patini cita como um novo ciclo de inovação para a Jaguar Land Rover. “O carro elétrico é o futuro do automóvel. Queremos garantir que essa realidade chegue o mais rapidamente possível ao Brasil”, finaliza.