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Quais carros a BYD vai produzir no Brasil?

Por| Editado por Jones Oliveira | 06 de Outubro de 2023 às 15h00

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Divulgação/BYD
Divulgação/BYD

A BYD deu início a uma verdadeira revolução no segmento de carros eletrificados no Brasil, e tende a escrever um capítulo ainda mais significativo na história automotiva do país quando começar a produzir seus modelos por aqui.

A montadora chinesa tem planos de investir R$ 3 bilhões na Bahia para colocar não uma, mas três fábricas para funcionar no complexo situado em Camaçari, região próxima a Salvador, que até pouco tempo era utilizada pela Ford para a produção do Ka e do Ecosport.

Além da fabricação de carros elétricos e híbridos, a BYD também terá outras plantas, uma dedicada à produção de chassis para ônibus e caminhões elétricos, e outra ao processamento de lítio e ferro fosfato com auxílio da estrutura portuária local.

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A curiosidade maior, porém, é a respeito de quais carros a BYD vai produzir no Brasil. E é isso o que o Canaltech vai revelar agora.

Elétrico e híbrido estreiam fábrica

A BYD optou pelos dois carros de melhor desempenho no mercado para iniciar a nacionalização de sua linha no Brasil. A marca chinesa vai estrear a fábrica na Bahia com um modelo 100% elétrico e um híbrido.

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O carro 100% elétrico que estará na linha de montagem é o Dolphin, fenômeno de vendas desde que começou a ser comercializado, no fim de junho. O “Golfinho”, que recentemente ganhou duas novas versões (Plus e Diamond), reina absoluto no segmento dos compactos elétricos e, com fabricação local, espera impulsionar ainda mais seus emplacamentos.

O segundo modelo que terá fabricação nacional da BYD é o Song Plus DM-i. O SUV compacto, assim como o Dolphin, também teve ótima aceitação do mercado brasileiro e é presença constante na lista de eletrificados mais vendidos do país desde que desembarcou por aqui.

Como são o BYD Dolphin e o Song Plus DM-i

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Os dois modelos de carros escolhidos pela BYD para iniciar a nacionalização de seus produtos no Brasil têm caráter estratégico: um é voltado para o segmento de entrada, com preço mais acessível, e o outro mira em modelos de maior “peso” e com uma pontinha no segmento premium.

O BYD Dolphin, que já vimos de perto e aceleramos durante o Festival Interlagos, em São Paulo, é protagonista de um verdadeiro fenômeno no país. Graças ao subcompacto, outras marcas anunciaram reduções nos preços de seus carros elétricos de entrada: JAC, Chery e até mesmo a Renault.

O “Golfinho” tem um powertrain de 95cv de potência e 18,3 kgf/m de torque, além de uma bateria de 44,9 kWh, que lhe garante 291 km de autonomia no ciclo oficial do Inmetro. A lista de equipamentos conta com a central multimídia giratória de 12,8 polegadas, karaokê embutido e até videogame.

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Há ainda seis airbags, função auto-hold, freio de mão eletrônico, assistente de partida em rampa, faróis Full LED, câmera 360º, sensor crepuscular, rodas em liga leve, chave presencial e piloto automático.

O hatch compacto ganhou duas novas variantes recentemente, que também poderão ser produzidas por aqui. A versão Diamond tem as mesmas especificações, e adiciona apenas a cor preta como opção. A Plus, por sua vez, é mais invocada, e com pegada esportiva.

Ela tem 208cv de potência e 31,6 kgf/m de torque, além de um conjunto de baterias Blade de 60 kWh. A autonomia prometida é de 427 km por carga, mas segundo o ciclo WLTP. As especificações são bem superiores às encontradas na versão de entrada, que tem motor de 95cv e 18,4 kgf/m de torque, e um conjunto de baterias de 44,9 kWh.

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Song Plus DM-i

O Song Plus DM-i, também já testado pelo Canaltech, é mais caro que o Dolphin, mas oferece uma experiência diferente. O SUV híbrido tem uma bateria de 8,3 kW, que dá ao modelo a capacidade de rodar até 51 quilômetros exclusivamente no modo elétrico.

No combinado, porém, os números oficiais da montadora indicam que o alcance pode ultrapassar os 1.000 quilômetros e oferecer uma média de 26 km/l com o uso correto da combinação motor elétrico + propulsor a combustão. O tempo de carga total em um carregador AC de 3,3 kW também é rápido: cerca de 2h30.

Em termos de desempenho, o Song Plus DM-i oferece ao condutor 235 cavalos de potência combinada e 32,2 kgf/m de torque. Esses números são possíveis graças à combinação do motor 1.5 aspirado, de 110 cavalos, com o propulsor elétrico de 179 cavalos que o acompanha e funciona como um gerador para a bateria.

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Os carros da BYD ficarão mais baratos?

Outra pergunta que o início da nacionalização dos carros da BYD com a produção na fábrica da Bahia tem gerado é em relação aos preços dos modelos. Será que a montadora chinesa conseguirá reduzir ainda mais os valores do Dolphin e do Song Plus DM-i?

O hatch compacto elétrico chegou ao país custando R$ 149.800 e, com isso, obrigou rivais como JAC, Renault e Caoa Chery a também reduzirem os preços de seus modelos de entrada.

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O Song Plus DM-i, por sua vez, desembarcou em terras brasileiras ao preço de R$ 269.990, mas, em julho, teve uma promoção que fez o valor reduzido em R$ 40 mil. Atualmente, e até o fim de outubro, a previsão é que tanto ele quanto o Yuan Plus saiam por R$ 229.990 cada um.

Como o Dolphin e o Song Plus DM-i serão fabricados no Brasil futuramente, e não será mais necessário importar as peças da China, não é errado prever que tanto o elétrico compacto quanto o SUV híbrido ficarão ainda mais baratos. Para desespero das montadoras rivais, que já recorreram ao governo na tentativa de dificultar a importação de carros elétricos.

A previsão da BYD é dar início à produção local do Song Plus DM-i e do Dolphin no 2º semestre de 2024, mas a data exata ainda não foi confirmada pelos executivos da marca chinesa.

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