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Por que a GM desistiu de fabricar apenas carros elétricos?

Por| Editado por Jones Oliveira | 14 de Fevereiro de 2024 às 15h30

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Felipe Ribeiro/Canaltech
Felipe Ribeiro/Canaltech

A GM resolveu alterar a rota até chegar à prometida eletrificação total da sua frota de carros, projetada para 2035. Para isso, a montadora desistiu de promover a transição direta dos modelos a combustão para os elétricos puros e agora também investirá no desenvolvimento de híbridos plug-in.

A revelação partiu da própria Mary Barra, CEO da GM, aos acionistas do grupo, mas sem a confirmação de datas ou mercados que receberão os carros com os propulsores híbridos plug-in, exceção feita aos Estados Unidos, “casa” da General Motors.

De acordo com a executiva, a GM desistiu do plano de fabricar apenas carros elétricos por uma série de razões, embora o plano original de descarbonização total da frota até 2035 “continue inalterado”.

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GM produzirá elétricos no Brasil

Antes de revelar a mudança de rumo e a desistência no plano de fabricar apenas carros elétricos, a GM chegou a confirmar que o Brasil será um dos polos que terão os modelos zero emissão construídos localmente até 2030.

Segundo Santiago Chamorro, presidente da GM para a América do Sul, o Brasil é um país rico em matérias-primas necessárias para a produção de componentes de carros elétricos, como baterias, além de ter uma aceitação grande por parte do público para com estes modelos.

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Atualmente, a empresa trabalha somente com o Chevrolet Bolt EV e com o Bolt EUV, SUV compacto, em nosso mercado, mas já confirmou outros dois modelos puramente elétricos para cá: Blazer EV e Equinox EV, que chegam ao país a partir de 2024. Não se sabe, porém, quais destes terão a produção nacionalizada no futuro.

Razões que levaram a GM a mudar de ideia

Voltando a falar especificamente da mudança de estratégia da GM, a CEO Mary Barra revelou que ao menos três fatores distintos levaram a marca a desistir do plano de fabricar apenas carros elétricos puros e passar a desenvolver, em paralelo, motores híbridos plug-in.

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Eles incluem desde problemas técnicos para a eletrificação pura da linha até o chamado “clamor popular”, diagnosticado pelos principais concessionários da marca. O “triunvirato” que fez a GM mudar de ideia é composto pelos seguintes pontos:

  • Apelo popular: Segundo Mary Barra, os concessionários da GM relataram que o público que consome os carros da Chevrolet tem sentido falta de um modelo intermediário entre os a combustão e os elétricos puros, ou seja, de carros com propulsores híbridos;
  • Adequação ao mercado: A executiva também não estaria totalmente satisfeita com as vendas alcançadas pelos carros elétricos puros no mercado dos Estados Unidos, mais baixas do que o número projetado. A inserção de modelos híbridos plug-in preencheria uma lacuna no portfólio e, certamente, impulsionaria os emplacamentos;
  • Problemas na fabricação: O terceiro e último motivo pelo qual a GM desistiu do plano de fabricar apenas carros elétricos está ligado aos problemas técnicos da produção em si. Segundo o jornal The Washington Post, a marca foi obrigada a reduzir a oferta por conta de problemas com software. Isso impactou a configuração de outros carros, e fez a GM rever o planejamento futuro.