5 motivos para NÃO comprar o novo Honda HR-V
Por Felipe Ribeiro • Editado por Jones Oliveira |

Lançado no final de 2022, o novo Honda HR-V chega para se adequar à forte concorrência e trazer um pouco mais de competitividade ao segmento de SUVs compactos, hoje lotado de opções. Com ótimo pacote de tecnologia e espaço interno dos melhores da categoria, o crossover japonês tem muitas qualidades. Entretanto, nem tudo são flores.
Como é de praxe, o Canaltech avaliou as principais versões do SUV, tanto com motor 1.5 turbo quanto a variante aspirada, em suas configurações mais equipadas, e hoje lista 5 motivos que podem fazer você não comprar o novo Honda HR-V.
5. Design
O novo Honda HR-V ficou bonito e não há dúvidas, mas perdeu um pouco do ar de exclusividade e elegância que a geração anterior passava. Sem aquele jeitão quadradão de muitos SUVs, o modelo que era vendido até 2022 tinha desenho semelhante a de hatches médios, principalmente na traseira. Aqui não podemos fugir muito: é uma opinião bem pessoal.
Entretanto, com nossas viagens pelas ruas, foram mais elogios do que críticas.
4. Preço
A nova geração do Honda HR-V é bem equipada desde a versão de entrada, a EX. Porém, os preços praticados pela Honda estão um pouco acima da média do segmento. Veja abaixo:
- EX Honda SENSING: R$ 148.900,00
- EXL Honda SENSING: R$ 156.700,00
- Advance: R$ 182.900,00
- Touring: R$ 190.900,00
Para efeito de comparação, o Jeep Renegade Sport, versão de entrada do SUV da montadora norte-americana, é mais potente e possui quase a mesma lista de equipamentos do HR-V EX. O preço: R$ 134.190,00 em São Paulo. Por mais interessante que o modelo japonês seja, os valores podem não ser convidativos e isso tem se refletido nas vendas.
Segundo ranking da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o Honda HR-V emplacou apenas 1.709 unidades em fevereiro de 2023.
3. Porta-malas
O porta-malas da nova geração do Honda HR-V decepciona. São apenas 354 litros, contra 437l da geração passada. E não apenas a litragem piorou, mas também a disposição do habitáculo, que parece inferior até a modelos que não são referência nesse aspecto, como o Jeep Renegade e o VW T-Cross.
2. Acabamento
Outro ponto que piorou na nova geração do Honda HR-V foi o acabamento. O painel é bonito, é verdade, mas os materiais são inferiores ao que encontrávamos no modelo antigo, com abundância de plástico duro com um revestimento que até deixa o aspecto melhor, mas que não engana.
Há materiais macios ao toque somente nas portas e encosto de braço no console central, além de uma pequena porção na mesma peça mais próximo ao painel. Para um carro desse valor, é um pênalti.
1. Desempenho na versão 1.5 aspirada
Se o motor 1.5 aspirado de 126cv de potência e 15,8 kgf/m de torque foi suficiente para o Honda City, no HR-V sentimos que faltou fôlego, principalmente na estrada. Em velocidade de cruzeiro, há conforto e o consumo acaba compensando, como citamos na lista de pontos positivos, mas não espere aqui arrancadas fortes e retomadas seguras.
O 0 a 100 km/h é feito em apenas 11,8 segundos, bem acima dos 8,9 da versão Touring, com o 1.5 turbo de 177cv. É bom ressaltar que não chegamos a passar raiva, mas um propulsor 1.0 turbo, por aqui, seria bem-vindo. Quem sabe no futuro.