Honda e Toyota são ameaças ao “reinado elétrico” da Tesla nos EUA
Por Paulo Amaral • Editado por Jones Oliveira |
A S&P Global Mobility, consultoria especializada em análises de mercado voltadas para o setor de mobilidade com viés específico do segmento automotivo, divulgou em seus mais recentes dados que a Tesla segue reinando absoluta no setor de carros elétricos nos Estados Unidos. Pelo menos por enquanto…
Segundo a consultoria, a Tesla ainda manda no país quando o assunto é carro eletrificado, mas já começou a perder mercado depois que outras marcas resolveram apostar no segmento. E as montadoras japonesas, como Honda e Toyota, têm um papel de divisor de águas neste novo cenário.
A montadora estadunidense detém 65% de participação do mercado de carros elétricos nos Estados Unidos em 2022, de acordo com o que foi compilado entre janeiro e setembro de 2022. Em números puros, isso significa que dos 525 mil carros elétricos vendidos, 340 mil foram da marca Tesla.
Carro elétrico mais barato é “problema” para Tesla
Apesar dos bons números, nem tudo está tranquilo para a montadora. A ameaça ao “reinado elétrico” da Tesla tem uma porta de entrada definida, e é nisso que Toyota, Honda e demais fabricantes japonesas estão apostando.
De acordo com os dados colhidos pela S&P Global Mobility, a montadora de Elon Musk está perdendo mercado entre os consumidores que procuram por carros eletrificados mais acessíveis — abaixo da faixa dos US$ 50 mil.
A consultoria prevê que a oferta de carros elétricos nos Estados Unidos vá aumentar, passando dos atuais 48 modelos disponíveis para 159 até 2025. Neste pacote, muitos deles serão considerados de entrada, ou seja, abaixo dos US$ 50 mil.
A Tesla, por sua vez, parece ter em mente apenas a esperada Cybertruck e o remodelado Model 3, que ainda nem foi anunciado, mas também deve sair do papel em 2023.
A previsão da S&P Global Mobility é que a fatia de mercado da Tesla nos próximos anos, considerando toda essa equação, caia para menos de 20%. No segmento premium, no entanto, ela deve seguir brilhando e sem problemas para manter níveis similares aos atuais, de 85% de participação entre os elétricos.