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Review Fiat Strada Ranch CVT | O apelido “Mini-Toro” faz sentido?

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Review Fiat Strada Ranch CVT | O apelido “Mini-Toro” faz sentido?
Review Fiat Strada Ranch CVT | O apelido “Mini-Toro” faz sentido?

Desde seu lançamento, em 2020, a nova geração da Fiat Strada é um sucesso estrondoso de vendas. No primeiro ano, foram 80.041 unidades vendidas. Já em 2021, primeira temporada completa da picape, liderança absoluta no mercado nacional entre todos os veículos, com 109.107 emplacamentos. Até julho de 2022, já são 61.942, com a dianteira folgada.

Mesmo com todos os predicados que vimos na versão topo de gama no lançamento, a Volcano, faltava alguma coisa para comprovar a mudança de proposta na Strada em suas versões mais caras. E esse complemento veio no finalzinho do ano passado, com a chegada da Fiat Strada Ranch CVT.

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O câmbio automático do tipo CVT de sete velocidades simuladas é o mesmo que estreou no SUV Fiat Pulse e que agora está no Fiat Cronos. Combinada com o motor 1.3, essa transmissão deu à Strada uma nova vida e a colocou no radar de pessoas que querem pagar para ter uma picape que não é grande, mas que traz a versatilidade desse tipo de veículo e o comportamento de um SUV compacto.

Podemos adiantar que, mesmo com a falta de equipamentos e com o preço elevado, quem comprar a Fiat Strada Ranch CVT vai ter a experiência bem parecida com a de um SUV, porém com boa economia de combustível e muito estilo, como se fosse uma “mini-Toro”.

Conectividade e Segurança

Por mais que já seja um carro da nova geração da Stellantis, a Fiat Strada não faz parte daqueles modelos que receberam o pacote Fiat Connect Me, como Fiat Toro e Pulse, e isso é uma tremenda bola fora da montadora, justamente porque traria muito valor agregado a um produto que é uma verdadeira mina de ouro. Sendo assim, vamos falar do que ela nos oferece em conectividade e segurança.

Na variante Ranch, a topo de gama da Strada, temos de série apenas quatro airbags, controle de estabilidade e tração, freios ABS e toda a carroceria reforçada que um carro de trabalho como ela exige. Nada de sensores avançados ou algo do tipo.

Entendemos que se trata de um carro ainda com visão “popular”, mas ao menos um sensor de ponto cego poderia estar presente, bem como uma opção com seis airbags.

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Já no campo da conectividade, a central multimídia da Fiat Strada Ranch é a mesma da Volcano que testamos em 2020, porém parece mais rápida e segue com o espelhamento sem fio com Android Auto e Apple CarPlay. A resolução é muito boa e a interface uma das melhores do mercado.

A Fiat deve, em um futuro próximo, “conectar” a Strada e acrescentar o pacote Connect Me, ao menos nessa versão. A crise dos semicondutores, porém, pode ser a desculpa para isso não ter acontecido ainda.

Conforto e Experiência de uso

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Como citamos acima, a Fiat Strada merece o apelido de “mini-Toro” por trazer uma experiência bem parecida com sua irmã maior quando estamos ao volante. E não estamos falando de potência, força ou algo desse tipo. Mas sim da dirigibilidade e do uso diário.

A Fiat Strada Ranch CVT tem ótimos 23,4 graus de ângulo de entrada, 21,6º de saída e vão-livre do solo de 196mm (19,6cm). Para que o leitor do Canaltech tenha noção, o Volkswagen Nivus, considerado um SUV compacto, tem números inferiores, com 22,1º de saída, 18,3º de entrada e vão de 16,6cm.

Com isso, a vida com a Strada nas ruas de São Paulo foi bem interessante. Ela enfrenta os buracos como poucos carros, graças, também, à suspensão ultrarreforçada. Além disso, em nenhum momento sofremos com as valetas. Entregamos o carro sem nenhum arranhão na dianteira.

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Falando do desempenho, temos aqui o mesmo motor da versão de 2020, só que com algumas mudanças para adequação ao Proconve L7. Com isso, perdeu-se potência, mas ganhou-se em consumo de combustível. Os 107cv e 13,7 kgf/m de torque são suficientes e não irritam durante o uso com a picape, mas o motor 1.0 turbo de 130cv a deixaria bem mais esperta.

O casamento com o câmbio CVT, principal motivo para comprar a Fiat Strada nessa configuração, é perfeito. Pois ajuda demais no consumo e nos proporcionou médias impressionantes no etanol: 9 km/l na cidade e 12 km/l na estrada.

Mobi com caçamba?

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Já quando pensamos em espaço interno, não espere muita coisa. Embora tenha evoluído bastante quando comparamos com a geração passada, a Fiat Strada de cabine dupla nada mais é do que o Fiat Mobi com caçamba. Uma família com filhos pequenos será bem atendida, principalmente em viagens.

O uso da caçamba, aliás, é mais um atrativo. Quem for comprar a variante Ranch da Strada não vai usá-la para o trabalho. Então, o bagageiro, se bem utilizado e adaptado, pode se tornar um enorme porta-malas de 844 litros. A capacidade de carga também é boa: 600kg.

Com relação aos itens de conforto, a Fiat Strada Ranch traz bem mais do que o kit dignidade, e vem com ar-condicionado, direção elétrica progressiva, bancos de couro, sensor de ré, câmera de ré, assistente de partida em rampa, carregador de celular por indução e volante multifuncional.

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Sentimos falta, porém, de itens mais do que obrigatórios em um carro que passa de R$ 120 mil. É uma tremenda mancada, por exemplo, a Fiat Strada não ter um piloto automático, sensores de chuva e crepuscular, além de um retrovisor interno eletrocrômico.

Design e Acabamento

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Em sua nova geração, a Fiat Strada é um carro lindo e a versão Ranch é mais bonita ainda. Mais requintada e “musculosa”, a picape encanta ao primeiro olhar e, mesmo com um interior relativamente simples, tudo parece bem encaixado e com detalhes que agradam, como o jogo de cores em tons terrosos e o uso de black piano.

O painel frontal tem bastante plástico, mas é normal dentro da categoria do veículo. Há, porém, couro nos encostos das portas e de braço para o motorista no lado direito. O volante também é revestido com este material.

Não foram poucas as pessoas que perguntaram “o que aconteceu com a Toro”? Tamanha a semelhança das picapes. A dianteira lembra mais o Pulse, porém a traseira é idêntica a da irmã maior. Há estribos laterais e as rodas são em 16 polegadas com acabamento diamantado.

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O conjunto óptico é inteiro em LED.

Concorrentes

A principal concorrente da Fiat Strada é a Volkswagen Saveiro, hoje vendida com preços entre R$ 79 mil e R$ 120 mil. A Renault Oroch, mesmo de porte maior, também pode ser considerada uma competidora, e custa entre R$ 105 mil e R$ 138 mil.

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Fiat Strada Ranch CVT: Vale a pena?

A Fiat Strada Ranch CVT vale muito a pena. É um enorme acerto da Fiat trazer a picape com esse porte e o câmbio automático. Se você não é fã de SUVs e nem quer investir em uma Fiat Toro, ela pode ser uma ótima alternativa. O problema, talvez, seja o preço, levando em conta a falta de alguns equipamentos e um motor mais potente. A economia de combustível e o estilo podem compensar.

A Fiat Strada Ranch CVT é encontrada em todo o Brasil por R$ 130 mil.

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No Canaltech a Fiat Strada Ranch CVT foi avaliada graças a uma unidade gentilmente cedida pelo Grupo Stellantis.