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Adeus do Chevrolet Cruze | Por que a GM parou de fabricar o sedan?

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Felipe Ribeiro/ Canaltech
Felipe Ribeiro/ Canaltech

A GM encerrou a produção do Chevrolet Cruze e do Cruze Sport6 em 2023, mas apenas agora, em agosto de 2024, eles “sumiram” do site oficial da marca, colocando um ponto final na história do modelo no Brasil.

Apesar de ter se mostrado uma excelente opção tanto no segmento dos hatches médios quanto no dos sedans, como o Canaltech comprovou em mais de um teste ao volante, o Cruze “respirou por aparelhos” no Brasil até a GM, enfim, parar de fabricá-los. E por que a marca fez isso? É o que vamos explicar agora.

Antes, porém, vale pontuar que a GM parou de fabricar o Cruze, sedan e hatch, em outros mercados muito antes do Brasil. O modelo saiu de linha na China em 2019, mesmo ano em que parou de ser oferecido no México.

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No início de 2023, deixou de ser fabricado nos Estados Unidos e, em dezembro, na Argentina. Os estoques do Chevrolet Cruze nas lojas brasileiras, porém, chegaram ao fim neste mês de agosto e, por isso, a GM retirou ambos os modelos de seu site oficial, mantendo apenas o Onix e o Onix Plus na aba “carros”, além do Camaro como opção solitária em “esportivos”.

Por que a GM aposentou o Cruze?

A aposentadoria do Chevrolet Cruze foi decretada por dois motivos distintos. Embora tanto o hatch quanto o sedan oferecessem excelente conjunto mecânico (motor turbo 1.4 de 153 cv e 24,5 kgf/m de torque), além de um nível de acabamento muito superior ao encontrado na linha Onix, a demanda de mercado — ou a falta dela, na verdade — falou mais alto e é a primeira razão para o Cruze sair de cena.

Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o Cruze sedan emplacou 1.278 unidades em todo o ano de 2023 e apenas 745 entre janeiro e julho de 2024.

O desempenho, embora tenha colocado o Cruze em quarto lugar no ranking dos sedans médios mais emplacados, pode ser considerado ruim, especialmente quando comparado com o Toyota Corolla, líder entre os médios, e até com o BYD King, que acabou de chegar.

O modelo japonês emplacou 42.978 carros em 2023 e já acumula 20.002 carros vendidos nos primeiros sete meses de 2024. O chinês, que mal desembarcou no Brasil, teve desempenho similar ao do Cruze em seus poucos dias por aqui, com 671 emplacamentos entre meados de junho e o fim de julho.

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Novos SUVs puseram "último prego" no Cruze

A baixa demanda pelo Cruze foi um forte motivo para a Chevrolet parar de fabricar o sedan, mas não o único. A segunda razão, aliás, explica justamente o porquê a procura pelo carro caiu vertiginosamente.

A GM vem trabalhando no lançamento de uma nova geração de SUVs, tanto no Brasil quanto em outros mercados, pois sabe que os utilitários, independentemente do tamanho, caíram no gosto do público.

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Não à toa, a marca já lançou novas versões do Equinox e do Blazer, além de ter renovado a linha do Trax (similar ao Tracker) nos Estados Unidos e prometido um SUV inédito para o mercado brasileiro em 2025.