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BGS 2019 | Xbox já tem caminho pavimentado para a próxima geração

Por| 21 de Outubro de 2019 às 13h20

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Felipe Ribeiro/ Canaltech
Felipe Ribeiro/ Canaltech

Vivemos em um período de entressafra. Com o fim da atual geração de consoles e poucos jogos a serem lançados, fica a expectativa pelo que virá no futuro. Já sabemos que os consoles das duas maiores players do momento, Sony e Microsoft, chegarão no fim do ano que vem. Mas o que esperar da próxima geração? Como as empresas estão enxergando este momento?

O estande da Xbox na Brasil Game Show 2019 era um dos — senão o mais — agitados do evento. Com games que ainda serão lançados, como Bleeding Edge, Battletoads, Ori And The Will of The Wisps e Dragon Ball Z: Kakarot, os visitantes puderam ter um pouco do que aparecerá no Xbox One em 2020. Mas era possível sentir que muitas pessoas dentro do local — e também no evento — tentaram traçar panoramas, exercitar a cabeça e pensar em como será quando o vindouro Project Scarlett, o substituto do Xbox One, chegar ao mercado.

O Canaltech teve a oportunidade de conversar com Bruno Mota, gerente sênior de Xbox no Brasil, que nos contou um pouco sobre como a Microsoft está trabalhando para a próxima geração de consoles e como o mercado brasileiro está inserido nisso.

Ouvindo a comunidade

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Desnecessário dizer que a Microsoft trata muito bem seus fãs e consumidores ao redor do mundo. Falando especificamente do Brasil, a empresa sempre buscou trabalhar com preços atrativos, coligar os lançamentos globais com o mercado nacional e ter um pós-venda de fazer inveja. Mas, e os jogos? O que esperar deles? Segundo Mota, a empresa trará jogos de todos os tipos para a próxima geração, algo que o próprio Phil Spencer já revelou em outros momentos, mas que a comunidade foi, sim, ouvida para a formação do lineup.

"Nós teremos títulos de todos os gêneros para o jogador de Xbox. Não deixaremos nossas atuais franquias de lado, mas é certo que ampliaremos a nossa gama de jogos para o Project Scarlett", explica. "O feedback dos fãs e do mercado é fundamental, se complementam. Temos muito orgulho de trabalhar em uma empresa que coloca o fã em primeiro lugar. Ouvindo nossos jogadores, conseguimos evoluir como companhia, como profissionais, e isso ajuda muito", completa Mota.

Tanto o mercado quanto os fãs esperam ver mais games single player dentro do próximo Xbox e essa deve ser uma tendência dentro da plataforma.

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Serviços bombando

Algo que também devemos nos preparar para ver na próxima geração de consoles, sobretudo na Microsoft, é um foco ainda maior nos serviços. Nesse segmento, aliás, a gigante de Redmond, desde a entrada de Phil Spencer, tem dado mostras de como ser competente e justa. O Xbox Live Gold e o Xbox Game Pass — e posteriormente a versão Ultimate, que alia ambos serviços — são marcos na trajetória do Xbox One, bem como a retrocompatibilidade, considerado por muitos a feature da geração.

"Com a chegada do Xbox Game Pass Ultimate, elevamos o nosso patamar de relação com nossos fãs. Este serviço é sucesso absoluto e certamente será um ponto forte quando tivermos com o Project Scarlett a todo o vapor. Superou totalmente nossas expectativas", comentou Mota. O serviço, aliás, foi um dos responsáveis pelo grande número de jogadores de Gears 5, último grande lançamento exclusivo para o console e para o PC e que já foi testado aqui pelo Canaltech.

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"Nós, da Microsoft, entendemos que para que obtenhamos sucesso com jogos, é necessário ter conteúdo, comunidade e cloud e estamos muito bem nessas três frentes. No conteúdo, tivemos um grande aumento no nosso poder criativo com aquisições de estúdios nos últimos 18 meses. Em termos de comunidade, não é fácil reunir mais de 60 milhões de jogadores mensais, sempre bem atendidos. E, por fim, no cloud, pensamos que as pessoas querem, cada vez mais, jogar onde elas bem entenderem, em qualquer lugar ou plataforma. Estamos investindo muito nisso", explica Mota.

E de fato, a gigante de Redmond está apostando bastante no streaming, com o xCloud já prestes a ser lançado. O recurso, inclusive, já está em testes em alguns países, mas não há previsão para o Brasil, muito embora todos os lançamentos da Microsoft cheguem aqui ao mesmo tempo que no mercado global, salvo algumas exceções. Com a também breve chegada do Google Stadia, devemos ver uma competição sadia entre as gigantes. "Competição é sempre bem-vinda em qualquer que seja o segmento. É muito bom ver grandes empresas apostando nos games", avalia Mota.

Mercado brasileiro

E por falar em Brasil, se tem algo que o gamer brasileiro não pode reclamar é do trato da Microsoft com os fãs por aqui. Seja na política mercadológica, seja no pós-venda, o Xbox One teve um desempenho muito bom se comparado com outros países. Isso, também claro foi potencializado pelos serviços, mas a empresa tem seus méritos.

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O último grande lançamento em termos de console por aqui foi a versão 100% digital do Xbox One, que chegou ao mesmo tempo que em outros mercados. Perguntamos a Bruno Mota se o vindouro Project Scarlett também seguirá esse caminho, e ele se mostrou otimista — para não dizer animado.

"Nós já definimos que a janela de lançamento global do Project Scarlett será no fim do ano que vem e o fã de Xbox que estiver no Brasil pode ter certeza de que trabalharemos para trazer o produto para cá tão logo ele seja lançado. O mercado brasileiro é dos mais importantes para Xbox e, com certeza, temos muitas coisas bacanas projetadas para cá", completou.

Ainda sobre o Project Scarlett e a família de consoles Xbox One, Mota adiantou que não há previsão de que eles sejam produzidos no Brasil. Portanto, a tendência é que o novo console seja mesmo importado.

Apesar das poucas informações em caráter oficial, é notório que o Project Scarlett terá grande destaque no Brasil no momento do seu lançamento, no ano que vem. Sua chegada será brindada com Halo: Infinite, um ecossistema todo consolidado e a expectativa de grandes jogos a caminho. A próxima geração, pelo menos para o lado verde da força, parece ter sua estrada já pavimentada.