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Zero surpresa: estudo mostra que apps de Google e Apple dominam Android e iOS

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 08 de Julho de 2021 às 13h55

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Robert Scoble (VisualHunt)/Matcuz (Pixabay)
Robert Scoble (VisualHunt)/Matcuz (Pixabay)

Um estudo da consultoria Comscore revelou que a maioria dos aplicativos usados pelas pessoas são os do próprio Google ou Apple. Essas soluções, em geral, já vêm instaladas nos aparelhos e caem no gosto popular, mesmo que algum outro app seja melhor. Apesar de parecer óbvia, a tendência pode trazer implicações para as companhias e incitar acusações de práticas anticompetitivas.

O estudo foi realizado em dezembro do ano passado com mais de 4 mil pessoas. No iOS, 75% dos aplicativos mais usados ​​são da Apple e, no Android, 60% ​​são do Google. O Facebook é a única empresa a ter mais de um aplicativo entre os 20 principais no iOS e três no Android.

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A pesquisa foi encomendada pelo Facebook e parece ter como enfoque justamente mostrar como as duas plataformas mantêm as pessoas presas dentro do seu ecossistema. A rede social não anda muito contente com a Apple, especialmente após a introdução de novos recursos de privacidade no iOS 14.5.

Em categorias específicas de serviços básicos (como clima, fotos e relógios), o domínio é ainda maior dos aplicativos embarcados nos celulares. Apesar disso, em algumas outras, os programas nativos ficam fora do topo, como é o caso do Music, do Maps e do Mail, no iOS. Neste último caso, o Gmail fica à frente mesmo nos iPhones.

Domínio dos próprios apps

Embora os principais resultados não cheguem a surpreender, dá para notar o impacto das imposições do Google às suas parceiras no Android. No caso da Apple, que tem o sistema mais restrito ainda, fica nítido que muita gente prefere outros programas, mas acaba usando os do próprio iPhone por comodismo ou por trazerem melhor integração com os serviços do iOS.

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As duas Big Techs sofrem com processos na União Europeia, nos Estados Unidos e em diversos outros países por questões envolvendo monopólio, abuso de poder ou taxações abusivas. Essa insatisfação tem levado muitos desenvolvedores a oferecer seus apps fora das lojas oficiais ou a processar as companhias, como no caso da Epic Games.

Segundo a Apple, em resposta ao site The Verge, o resultado do estudo não pode ser considerado porque ele foi feito de forma enviesada, para dar a falsa impressão de que há pouca concorrência na App Store. A empresa alega que os apps de terceiros competem de igual para igual com as soluções da companhia em todas as categorias, e muitos tem êxito em grande escala.

De fato, a metodologia usada tem algumas particularidades, como a não inclusão de navegadores como o Safari e o Chrome nas análises. Também não foram considerados recursos próprios do sistema, como a Siri e o Google Assistente. No caso do Android, a coleta foi feita de modo unificado, sem considerar as versões modificadas de cada aparelho, como no caso da Samsung e da Xiaomi.

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Isso, no entanto, não deve invalidar o argumento do Facebook: de que ter um ecossistema próprio é um fator monopolizante, que coloca duas empresas muito à frente dos concorrentes e dificulta o acesso dos usuários a outras aplicações.

O que você acha disso tudo? Concorda com os argumentos das criadoras do Android e do iOS ou pensa que elas favorecem a si próprio? Deixe seu comentário e debata com civilidade.

Fonte: The Verge