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Rússia ameaça multar o YouTube por exibição de "vídeos extremistas"

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 31 de Março de 2022 às 12h39

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Igor Almenara/Canaltech
Igor Almenara/Canaltech
Tudo sobre YouTube

O órgão regulador de comunicações da Rússia, Roskomnadzor, ameaçou multar o Google pela não remoção de alguns vídeos do YouTube. O órgão caracteriza a plataforma como “uma das principais plataformas que participam da guerra de informação contra a Rússia”, segundo informações do The Washington Post. No país, várias redes sociais foram banidas por desagradar ao Kremlin.

Para a entidade, o YouTube “promove a distribuição de conteúdo enganoso”, além de abrigar vídeos “extremistas” que incitam violência contra os militares russos. A companhia teria que pagar até 8 milhões de rublos (R$ 470 mil, aproximadamente) numa primeira ocorrência, porém, se acontecesse de novo, o valor seria aumentado em 20% da receita anual da empresa.

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No comunicado liberado no Telegram, o Roskomnadzor não deixa claro sobre quais vídeos estão falando. Talvez, o regulador esteja direcionando as queixas às propagandas da plataforma que, segundo ele, seriam “de natureza terrorista” e ameaçavam a vida e a saúde dos cidadãos russos, da qual reclamaram em meados de março via comunicado oficial.

De acordo com o The Washington Post, o YouTube tem enorme importância para a população russa, sendo a plataforma digital mais utilizada no país — mais até do que o “Facebook russo”, a rede social VK. Dada a relevância do serviço, os órgãos reguladores locais teriam maior resistência para decretar um banimento, embora a suspensão tenha alcançado outros sites, como Facebook, Twitter e Instagram — este último também bastante popular por lá.

YouTube não é neutro

O YouTube não é totalmente neutro quanto à guerra na Ucrânia — e ele não parece estar do lado da Rússia. A plataforma renovou políticas para retirar a monetização de canais da mídia tradicional russa e reduziu o alcance dos vídeos desses veículos. Além disso, a plataforma suspendeu uma conta militar do país após a publicação de dois vídeos que categorizavam a invasão como “missão de libertação”.

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Até agora, Google ou YouTube não se manifestaram sobre o assunto, mas a plataforma está definitivamente na mira do órgão regulador.

Fonte: The Verge, Roskomnadzor, The Washington Post