Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Desmonetizar canais do Youtube não acaba com vídeos problemáticos, diz estudo

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 25 de Março de 2022 às 15h11

Link copiado!

(Imagem: Shubham Dhage/Montagem: Kris Gaiato)
(Imagem: Shubham Dhage/Montagem: Kris Gaiato)
Tudo sobre YouTube

Uma pesquisa recente feita pela Cornell Tech, em Nova York, nos EUA, mostrou que as políticas atuais do YouTube não evitam que os criadores coloquem conteúdos "problemáticos" na plataforma. De acordo com os pesquisadores, com a desmonetização dos vídeos, os produtores de conteúdo podem acabar usando outras plataformas de financimaneto coletivo, como o Patreon, para ganhar dinheiro do público.

Há muito tempo o YouTube adota a desmonetização como forma de incentivar os criadores a seguirem as regras da plataforma. Aqueles que violam as políticas ou que passam do conteúdo limítrofe — vídeos que não violam as regras, mas chegam perto o suficiente para que a empresa pare de recomendá-los — podem perder acesso à monetização dos vídeos.

Mesmo com essas regras, o YouTube não impediu que os criadores parassem de produzir conteúdos "impróprios". Ao longo dos anos, diversos produtores de conteúdo começaram a direcionar os usuários para fora da plataforma na hora de monetizar seus vídeos.

Continua após a publicidade

Além disso, o estudo concluiu que o uso de métodos de pagamento externos é mais prevalente entre os criadores de conteúdo problemáticos justamente por correrem maior risco de não conseguirem gerar receita com anúncios no YouTube.

Conforme a pesquisa, 61% dos “canais impróprios” acessaram uma fonte alternativa de monetização, em comparação com apenas 18% dos canais em geral. Outro detalhe é que a desmonetização pode resultar no aumento da quantidade de conteúdo produzido com abordagens ainda mais extremas e polêmicas para atrair um número maior de "espectadores fiéis".

Segundo a pesquisadora da Cornell Tech Yiqing Hua, os criadores informam explicitamente ao público que não podem ganhar dinheiro no YouTube. “E então eles informam ao público: 'Se você quiser ver mais desse conteúdo, você deve me apoiar'”.

Continua após a publicidade

A cientista defende que as plataformas de financiamento coletivo precisam adotar mais restrições à medida que têm se tornado cada vez mais populares no YouTube, não apenas com YouTubers “problemáticos”. “Em geral, a monetização alternativa é uma coisa boa”, de acordo com Hua, “mas se o YouTube realmente quer que essa política de desmonetização funcione, deve colaborar com outros provedores alternativos de serviços de monetização”, completou.

Hua disse ainda que uma solução para o problema seria a criação de um banco de dados com a lista dos usuários que foram desmonetizados no YouTube e compartilhá-la com as plataformas alternativas usadas pelos criadores em vez de apenas remover o recurso de monetização. Dessa forma, as empresas poderiam se ajudar para identificar produtores de conteúdo "impróprios" e restringi-los com as próprias políticas.

O diretor de produtos do YouTube, Neal Mahon, também abordou a questão no mês passado. Segundo ele, a empresa ainda planeja adotar medidas mais rígidas para evitar a viralização de conteúdos problemáticos tanto no YouTube como em outras plataformas. Mahon até sugeriu que uma das soluções poderia ser a suspensão do compartilhamento dos vídeos impróprios.

Fonte: Engadget,protocol