Apple permitirá que desenvolvedores questionem regras da App Store
Por Rubens Eishima | 23 de Junho de 2020 às 13h30
Entre as notícias de seu evento para desenvolvedores, a Apple listou discretamente três grandes mudanças para criadores de apps para iPhones, iPads e Macs. As decisões do processo de avaliação de aplicativos para as lojas dos dispositivos poderão ser questionadas, assim como as próprias regras das App Stores. Outra mudança anunciada pela empresa é que correções de bugs não serão bloqueadas por violações de regras, exceto nos casos ligados a problemas jurídicos.
- iOS 14: todas as novidades da nova versão do sistema da Apple
- WWDC 2020 | Estas são as novidades do novo macOS Big Sur
Os anúncios acontecem em um momento delicado para a empresa, poucos dias após o anúncio da abertura de duas investigações pela Comissão Europeia sobre possíveis práticas monopolísticas da Apple. O órgão europeu é conhecido por não poupar grandes empresas de tecnologias, com um histórico de multas bilionárias aplicadas a Microsoft, Google e à própria Apple.
Em comunicado à imprensa, a Apple informou que as mudanças serão implementadas no verão do hemisfério norte – que começou no último sábado (20) e vai até o dia 22 de setembro.
Objeção!
Os desenvolvedores de apps terão dois novos mecanismos de apelação na App Store. O primeiro tratará de violações de regras identificadas durante o processo de avaliação de apps. Já o segundo permitirá aos criadores questionarem as regras adotadas pela Apple, sem necessariamente envolver um aplicativo em processo de aprovação.
A outra mudança prometida pela Apple é que aplicativos que violam os termos da App Store – escritos e julgados pela própria empresa, vale ressaltar – não terão correções bloqueadas no processo de aprovação da loja, a não ser que o problema identificado seja de ordem legal.
A mudança de postura da empresa também acontece em um momento em que as regras têm sido questionadas, com sites no exterior destacando os problemas enfrentados pelo aplicativo de e-mail Hey para ser aprovado na loja da Apple.
O app foi inicialmente liberado pela empresa, mas logo proibido após ser identificada a violação de uma de suas diretrizes – a mesma em investigação na Europa, proibindo a venda de assinaturas fora do aplicativo. Até mesmo correções posteriores do app foram bloqueadas, o que gerou uma pequena polêmica em sites especializados nos Estados Unidos.
A Apple divulgou a alteração apenas em seu site em inglês até a data de publicação
Fonte: Apple