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Os dez tipos de apps que você deve evitar no Android

Por| 03 de Fevereiro de 2015 às 08h23

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Segundo estatísticas recentes, a Google Play Store oferece um leque de "apenas" 1,5 milhão de aplicativos para usuários de Android. Destes, aproximadamente 223 mil, ou 15%, são considerados de baixa qualidade.

Quem não gosta de um aplicativo que ajuda a transformar o smartphone numa poderosa ferramenta ou numa interessante opção de entretenimento? Pois é, mas todo mundo sabe que as lojas de apps estão abarrotadas de ofertas dispensáveis e até mesmo nocivas.

Para evitar que você não perca tempo com softwares desnecessários, o PhoneArena montou uma lista justamente com o que você não precisa baixar. Na lista abaixo, você poderá encontrar grupos de apps que podem muito bem ficar longe do seu aparelho, sem que você sinta falta.

1. Apps para calibrar a bateria

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Calibrar a bateria até soa como algo altamente necessário. Ainda que pareça algo mágico que vá fazer sua bateria durar pra sempre, há somente duas coisas que as dezenas de variações desses apps fazem. A primeira é excluir o arquivo batterystats.bin do Android, forçando o sistema a regenerá-lo. A segunda é garantir que os consumidores sejam seduzidos por belas interfaces ou screenshots de aparente eficácia. Para comprovar a falácia dessas opções, uma engenheira do Google, Dianne Hackborni, até publicou um texto no Google+ com o objetivo de desmitificar o assunto.

2. Apps para desfragmentação de armazenamento

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Os dispositivos Android atuais são tão parecidos com computadores portáteis que muita gente os trata exatamente como um PC. Porém, a grande diferença, a não ser que você use memória exclusivamente SSD (Solid State Drive), é que nos PCs o armazenamento é feito por um disco rígido comparativamente mais lento e menos eficiente, só que mais duradouro e cheio de processos que podem espalhar fragmentos de dados pelos sistema. E daí vem a necessidade de desfragmentação, para que haja uma reorganização das unidades e, consequentemente, melhoria no desempenho.

O que muita gente não sabe é que os dispositivos com Android possuem memória flash NAND de alta velocidade e armazenamento SSD com um controlador embutido, que usa o tempo todo um algoritmo capaz de reorganizar o conteúdo da melhor forma possível. A desfragmentação neste ambiente não traz benefício algum, na verdade é até prejudicial, porque só diminui a vida útil da memória por causa dos milhares de ciclos de leitura e escrita desperdiçados.

3. Apps para aumentar a memória RAM

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Tentar aumentar a memória RAM por meio de um software é simplesmente impossível e nenhum aplicativo consegue fazer melhor o que a própria estrutura nativa faz rapidamente. O que poderia ajudar seria a próxima geração de chips LPDDR4, que deve vir nos próximos aparelhos topo de linha. O que esses apps fazem é simular o que um PC faz para liberar RAM quando necessário.

Mas a memória RAM de um sistema Windows é diferente da do Android. Nos PCs, quando a RAM, que é de rápido acesso, está sobrecarregada, softwares podem melhorar o desempenho de deslocamento de memória virtual para tarefas que não necessitam acessar a RAM no momento, para que os programas que estão sobrecarregando o sistema funcionem.

Como o Android faz isso naturalmente e fecha as execuções desnecessárias para acessar os softwares que mais precisam da memória no momento, o máximo que um aplicativo desses faz é encerrar o mínimo que o sistema mantém funcionando para continuar operante. E finalizar esses recursos faz com que eles apenas sejam reiniciados novamente. Ou seja, apps destinados a "turbinar" a RAM são desnecessários e podem até comprometer as operações do dispositivo móvel.

4. Falsos apps antivírus

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Tudo bem que o ambiente móvel é atualmente o grande alvo das ameaças virtuais, contudo notícias assustadoras e alarmistas também contribuem para que as pessoas procurem por proteção inadequada. É muito difícil contrair uma praga digital se você, por exemplo, só adquirir aplicativos certificados a partir da Google Play Store e evitar os softwares obscuros, além dos que vêm de lojas externas e empresas pouco conhecidas ou respeitadas.

Esse clima de insegurança que muitos acreditam viver o tempo todo, mesmo com todas as medidas cabíveis, aliado à ganância de desenvolvedores que buscam lucro a todo custo, acabam gerando aplicativos pouco eficientes e até capazes de fazer justamente o contrário do objetivo pelo qual foram comprados.

No ano passado, o Google teve que desabilitar um app que se tornou muito famoso, o Virus Shield. Ele era vendido a US$ 4 e, depois da Android Police averiguar o código fonte, foi constatado o falso antivírus: tudo o que o software fazia era mudar o ícone de cruz para o de um carrapato e vice-versa. A dica no ambiente móvel é ficar longe de ferramentas vindas de lugares poucos conhecidos. Então, basta procurar pelas várias opções de empresas como AVG, Avast, Avira Kaspersky, McAfee, Symantec, Quihoo, entre outras.

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5. Apps que recarregam "chacoalhando" o telefone

Telefones celulares não são dínamos. Portanto, não há simplesmente nenhuma maneira de carregar a bateria ao chacoalhar o dispositivo. Tudo o que você vai conseguir é cansar o seu braço e participar de uma piada sem graça.

6. Scanner de raios-X

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Nenhum smartphone vem com scanner de raios-x embutido, embora empresas como Samsung e Apple talvez até tenham pensando em alguma funcionalidade semelhante. E as câmeras disponíveis para dispositivos móveis nem mesmo chegam perto de fazer algo parecido. Então, por enquanto, esses apps somente enviam imagens parecidas com o que seria o de uma chapa genérica. Fique longe deles.

7. Detectores de mentira

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Tudo bem que os atuais smartphones e tablets têm sensores poderosos, com poder de computação poucas vezes imaginados no passado. Mas isso não garante que eles podem fazer outras tarefas científicas complexas, como ler certos tipos de algoritmos e executar poligrafia, principalmente em belos apps que parecem funcionais. Portanto, por mais bonita que a interface pareça e mesmo sendo gratuitos, esses aplicativos não são capazes de detectar se alguém está mentindo.

8. Tradutor da língua animal

Parece brincadeira, mas tem gente que acredita existir aplicativos para fazer o que nem mesmo as mais avançadas pesquisas do Google ou da Qualcomm podem atualmente: traduzir a língua animal para algum idioma humano. Então, pelo menos por enquanto, nenhum software é capaz de interpretar gestos ou frequências de miados, latidos, urros, seja o que for.

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9. Turbinador de Internet

Alguns apps até já mostraram alguma eficácia em evitar ciclos desnecessários do processador, o que pode melhorar de maneira pouco significativa a comunicação com a web. O tempo e a experiência, contudo, mostraram que os turbinadores de Internet pouco ou nada contribuem para sua velocidade de conexão. Servem apenas como placebos digitais.

10. Apps explicitamente inúteis

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Ainda que sejam absolutamente honestos sobre sua finalidade — e muitos deles engraçados por admitir isso —, esses apps realmente cumprem com o que prometem: nada. Então, você pode até perder um pouco de tempo para ler algumas das hilárias descrições desses aplicativos, mas isso não quer dizer que você vá querer instalá-los em seu dispositivo.

Enfim, evitar esses dez tipos de aplicativos pode ser difícil em meio a tantas ofertas promissoras. Mas, lembre-se: nenhum software faz mágicas e, se um deles pudesse fazer algo realmente diferente, como detectar mentiras, pode ter certeza que uma versão disso estaria na mira de algum grande grupo. Fica, portanto, a dica para ter um ecossistema mais agradável em seu ambiente móvel.