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Giro da Saúde: "Superflurona", pessoas com vacina errada, "cremação" com água

Por| 09 de Janeiro de 2022 às 08h00

korneevamaha/Envato e twenty20photos/envato
korneevamaha/Envato e twenty20photos/envato
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O ano começou com uma avalanche de notícias relacionadas à covid-19 e à nova variante do coronavírus, a Ômicron. Aliás, após a descoberta da variante Ihu (que foi inclusive determinada como não-preocupante pela Organização Mundial da Saúde), o que vem preocupando os brasileiros é a chamada "flurona": a coinfecção por influenza e covid no mesmo paciente. Veja os destaques da semana agora, no Giro da Saúde!

"Flurona"

Flurona, a infecção simultânea de influenza com covid (Imagem: Rawpixel/envato)
Flurona, a infecção simultânea de influenza com covid (Imagem: Rawpixel/envato)

O Brasil está atravessando, neste momento, uma crise sanitária que não envolve apenas uma, mas duas epidemias de vírus respiratórios: além da covid-19 (e da variante Ômicron), o país enfrenta um período crítico com a gripe, mais especificamente com a cepa H3N2 (Darwin) da influenza. E, quando os dois vírus infectam uma pessoa ao mesmo tempo, é possível adoecer de gripe e covid, o que foi apelidado de "flurona" — mistura de influenza com coronavírus.

É importante dizer que esse tipo de coinfecção não é novo e nem significa recombinação entre os dois vírus, gerando um tipo novo de "supervírus". A denominação mostra que os dois vírus estão presentes no organismo simultaneamente, mas não interagem entre si.

"Superflurona": o caso da mulher que pegou gripe, resfriado e covid-19 ao mesmo tempo

Três vírus ao mesmo tempo, dá para acreditar? (Imagem: Andrea Piacquadio/Pexels)
Três vírus ao mesmo tempo, dá para acreditar? (Imagem: Andrea Piacquadio/Pexels)

Depois de o termo "flurona" ter dominado os noticiários, um caso bastante inusitado ocorreu com uma mulher no interior de São Paulo: a ginecologista de 49 anos, residente em Botucatu, foi diagnosticada não apenas com os vírus da covid-19 e da gripe, mas também contraiu um adenovírus causador de resfriado comum.

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Segundo o infectologista Alexandre Naime Barbosa, a mulher já se recuperou das infecções e passa bem. Ela compareceu em consulta médica no último dia 21 e contou que participou de cinco eventos sociais entre os dias 14 e 19, nos quais pode ter exposto outras pessoas aos vírus.

Dezenas de pessoas tomam vacina errada em Minas

60 pessoas tomaram pentavalente no lugar da vacina da covid em Juiz de Fora (MG) (Imagem: Freepik)
60 pessoas tomaram pentavalente no lugar da vacina da covid em Juiz de Fora (MG) (Imagem: Freepik)

Na quinta-feira (6), em Juiz de Fora, MG, aconteceu algo bastante inusitado: 60 pessoas que foram se imunizar contra covid-19 acabaram tomando a vacina errada em um posto de saúde. Segundo a prefeitura, foram aplicadas doses da vacina pentavalente (usada para prevenir a difteria, o tétano, a coqueluche, as doenças da bactéria Haemophilus influenzae tipo B e a Hepatite B), mas tal equívoco não representa riscos à saúde das pessoas envolvidas.

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Aliás, a prefeitura emitiu comunicado oficial se posicionando quanto ao ocorrido, garantindo que está investigando o caso para descobrir de onde partiu o erro, ocorrido na UBS do Bairro Santa Cruz. Os vacinados foram avisados e retornaram ao posto de saúde para receber a vacina correta.

Aquamação, a cremação sem combustão

"Cremação" com água, ou aquamação, é mais ecológica (Imagem: twenty20photos/envato)
"Cremação" com água, ou aquamação, é mais ecológica (Imagem: twenty20photos/envato)

Já imaginou ser cremado, porém sem fogo? E, ao invés de usar fogo, usar água? Pois bem: esse processo existe, é muito mais ecológico que a cremação tradicional e se chama aquamação. Aliás, ganhou destaque com a morte do arcebispo sul-africano Desmond Tutu, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, que escolheu essa alternativa para seu funeral.

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O processo usa solução alcalina aquecida para descartar restos mortais de humanos ou animais, reduzindo o corpo a cinzas, assim como acontece na cremação, mas sem a necessidade de combustão, sendo também chamado de biocremação. Funciona assim: o corpo é posto em um recipiente pressurizado e preenchido com soda cáustica e água. Depois, tudo é aquecido a 150 ºC por aproximadamente uma hora e meia.

O resultado é a completa dissolução de órgãos e tecidos moles, restando apenas os ossos. Esses, em uma próxima etapa, são secos e pulverizados em um cremulador. O líquido resultante do processo de aquamação, aliás, pode ser usado como fertilizante.

Primeiro óbito por Ômicron no Brasil

Idoso morreu na UTI, vítima da Ômicron em Goiás (Imagem: Twenty20photos/Envato Elements)
Idoso morreu na UTI, vítima da Ômicron em Goiás (Imagem: Twenty20photos/Envato Elements)
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A cidade de Aparecida de Goiânia (GO) anunciou, na última quinta-feira (6), a primeira morte registrada no Brasil pela variante Ômicron do coronavírus. A vítima foi um homem de 68 anos que, apesar de ter sido vacinado com as três doses, apresentava outros fatores agravantes, incluindo hipertensão e uma doença pulmonar obstrutiva crônica.

A confirmação veio depois de apenas 10 dias da revelação de transmissão comunitária da cepa na cidade. A rapidez com que ela se espalhou impressiona: o monitoramento genômico do município também constata que 93,5% dos casos locais já são causados pela Ômicron.

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