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Galaxy S8 em 2023 | Será que esse top de linha antigo dá conta?

Por| Editado por Léo Müller | 13 de Fevereiro de 2023 às 16h32

Rafael Damini/Canaltech
Rafael Damini/Canaltech
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O Samsung Galaxy S8 é um celular top de linha que chegou ao mercado 2017, portanto revisitá-lo em 2023 pode parecer pouco interessante. Mas, e se eu disser que ele ainda surpreende positivamente em muitos aspectos mesmo após seis anos de vida?

Não preparei esta matéria para fazer você comprar o Galaxy S8 ou outro celular top de linha antigo, mas sim mostrar do que o ainda Galaxy S8 é capaz tanto tempo após o lançamento. O desempenho continua agradável? E as câmeras, ainda dão conta do recado? É o que contarei nos próximos parágrafos!

Design continua um dos mais lindos

O design da linha Galaxy S escalou a níveis colossais nas últimas gerações, mas ainda acho a identidade visual do Galaxy S8 uma das mais bonitas no portfólio da Samsung. Usando o celular nos últimos dias, lembrei o quanto gostava da tela curva e do tamanho compacto.

Eu realmente gostaria que celulares com telas abaixo de seis polegadas voltassem à ativa. A Apple tentou com os iPhone 12 mini e 13 mini e não obteve retorno, deixando a ASUS como a única marca a apostar em aparelhos premium menores, com a linha Zenfone. Por outro lado, o menor Galaxy S atual tem 6,1 polegadas.

Galaxy S8 é um celulares mais bonitos já lançados pela Samsung (Imagem: Canaltech)
Galaxy S8 é um celulares mais bonitos já lançados pela Samsung (Imagem: Canaltech)
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Confesso que não gostei do leitor de digitais na traseira, logo ao lado da câmera, porque muitas vezes colocava o dedo em cima do sensor fotográfico em vez do biométrico. Mas também devo admitir que ele funcionava muito bem quando eu acertava a região. Pelo menos, o celular tinha o excelente desbloqueio por íris como alternativa — uma pena que não foi adotado nos anos seguintes.

O S8 que usei nos testes já estava meio desgastado estruturalmente, mas devo dizer que tanto o desbloqueio por íris quanto por digitais funcionaram muito bem. A resistência contra água e poeira, no entanto, já não existia porque o celular já precisou substituir a tampa traseira e a tela ao longo dos seis anos.

Por falar no display, o do Galaxy S8 era um verdadeiro deleite aos olhos. Com 5,8 polegadas, suporte a HDR10, resolução Quad HD, painel Super AMOLED e modo Always On Display, literalmente não havia o que reclamar, e ainda não há. A qualidade de imagem consegue ser superior a de um celular intermediário mais atual.

Desempenho: para uso básico

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Bom, é um smartphone de 2017, então o desempenho não está entre os melhores. Não é que você não consiga fazer nada, afinal estamos falando de um top de linha antigo com Exynos 8895, 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento interno, mas ele já não aguenta tantas tarefas com gráficos mais avançados.

Galaxy S8 tem hardware top de linha, mas já não aguenta muita coisa (Imagem: Jose Fontano/Unsplash)
Galaxy S8 tem hardware top de linha, mas já não aguenta muita coisa (Imagem: Jose Fontano/Unsplash)

Para uso básico, no entanto — como redes sociais e jogos simples —, o Galaxy S8 dá conta do recado. A One UI 1.0 ainda roda bem no aparelho, inclusive com modo noturno, Always On Display e ativações por movimentos e gestos. Ele parou de receber atualizações de segurança em abril de 2021, enquanto os updates do Android pararam no Android 9.

O principal problema dos aparelhos no longo prazo, e o Galaxy S8 não foi exceção, é a bateria. Com seis anos de vida, o aparelho não aguenta três horas de tela ligada sem pedir socorro. No dia a dia, ele também não suporta muito tempo longe da tomada, e você provavelmente deve recarregá-lo mais de uma vez por dia.

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Câmeras: surpreendentemente impressionantes

O Galaxy S8 tem apenas uma câmera traseira de 12 MP (f/1.7) e uma câmera frontal de 8 MP (f/1.7). Eu sei, carece de opções de lentes se o compararmos com os celulares mais atuais, porém esse único sensor ainda surpreende bastante mesmo meia década depois.

Não há muito o que comentar em termos de versatilidade com apenas um sensor na traseira, mas ele manda muito bem no pós-processamento de imagem, apresentando ótimo alcance dinâmico (HDR), cores vivas e bom nível de detalhes.

A única câmera traseira do S8 faz bonito (Imagem: Diego Sousa/Canaltech)
A única câmera traseira do S8 faz bonito (Imagem: Diego Sousa/Canaltech)
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No modo retrato, o software atua muitíssimo bem, obrigado, com um bom recorte de fundo e cores muito agradáveis. Você ainda percebe algumas falhas no contorno do objeto principal, principalmente na região do cabelo, mas, para um aparelho de 2017, o saldo ainda é positivo.

Foco seletivo do S8 é muito competente (Imagem: Diego Sousa/Canaltech)
Foco seletivo do S8 é muito competente (Imagem: Diego Sousa/Canaltech)

Além disso, o Galaxy S8 tem algumas funções bem atuais, como salvar fotos no formato RAW, caso queira editá-las futuramente com mais liberdade, um recurso de gravar um clipe do que acontece antes de cada foto, leitura de QR Code, modo profissional, modo de super câmera lenta e timelapse.

A câmera traseira do Galaxy S8 continua tão interessante que, até pouco tempo, minha colega Jucyber, utilizava um Galaxy S8 Plus para gravar conteúdos para seu canal. Perguntei a ela o que achava do conjunto fotográfico do smartphone; confira abaixo que ela me respondeu:

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“O Samsung Galaxy S8+ tem uma ótima câmera traseira ao nível de fidelidade de cores e nitidez. Um recurso muito bom era o de gravação profissional, que trazia ajustes para entrada de luz, balanço de branco e o foco, conforme a necessidade de cada situação. Infelizmente, ele foi retirado do aparelho após a atualização para o Android 9, mas consegui reverter o upgrade para continuar usando-o por quase três anos. Me ajudou muito na produção de conteúdo.”

Galeria de fotos do Galaxy S8

Galaxy S8 ainda dá conta do recado?

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Acredito serem poucas as pessoas que utilizam um Galaxy S8 como celular principal em 2023, mas, aos que usam: vocês estão bem servidos com o aparelho. Ele é um top de linha antigo e qualquer modelo recente é, de fato, uma escolha melhor, mas ele deve ser suficiente para quem ainda não puder trocar de aparelho.

A câmera principal de 12 MP é ótima, a construção refinada e resistente também se destaca. Talvez a bateria seja o principal problema do aparelho, mas, se você puder trocá-la por um preço camarada, ainda deve dar para usá-lo por mais algum tempo.

Importante mencionar, no entanto, que ele não recebe atualizações de sistema há bons anos, portanto está mais vulnerável a possíveis malwares e vírus. Por isso, é recomendável comprar um smartphone mais atual se você estiver pensando em trocar seu velhinho por um novo.

Se você quiser continuar na linha Galaxy S, um aparelho ótimo, e que ainda será atualizado por um bom tempo, é o Galaxy S21. Não é mais vendido oficialmente pela Samsung, mas você deve encontrá-lo em boas condições no mercado de usados e seminovos por cerca de R$ 1.500.

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Agora, se quiser um aparelho da Samsung que desempenhe todas as funções hoje em dia, mas não custe o preço de um top de linha, minha recomendação é o Galaxy M23 5G. Ele já vem com 5G, configurações atuais, Android atualizado e boas câmeras — e isso tudo custando menos de R$ 1.500.