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Review Galaxy A53 5G | Uma evolução tímida do A52

Por| Editado por Léo Müller | 28 de Abril de 2022 às 14h13

Review Galaxy A53 5G | Uma evolução tímida do A52
Review Galaxy A53 5G | Uma evolução tímida do A52
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O Galaxy A53 5G é a evolução natural do A52 4G, lançado no ano passado, mas que se parece muito com outra variante da geração passada, o Galaxy A52s 5G 5G, trazendo mesma tela de 120 Hz, plataforma 5G e câmeras similares.

Mas, mesmo com todas as similaridades, vale a pena fazer o upgrade ou é melhor comprar o A52s 5G? Eu testei o mais novo lançamento da família Galaxy A52s e conto todos os seus pontos positivos e negativos.

Prós

  • Design
  • Tela
  • Câmeras
  • Bateria
  • Sistema

Contras

  • Desempenho em jogos
  • Preço

Construção e design

O Galaxy A53 5G mexeu pouco no design em relação ao A52, mas isso não foi um problema para mim. A tampa traseira e a moldura mantiveram o acabamento plástico da geração passada, assim como o polimento mais fosco na parte traseira e brilhante nas laterais.

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O módulo de câmeras também não sofreu alteração, se integrando ao corpo do aparelho. Particularmente, gosto dessa identidade visual que a linha Galaxy A adotou, principalmente porque agora se estende também aos modelos mais básicos, não só aos mais caros.

O Galaxy A53 é basicamente idêntico ao modelo de 2021, até nas dimensões (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)
O Galaxy A53 é basicamente idêntico ao modelo de 2021, até nas dimensões (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)

Apesar de ser construído em plástico, o Galaxy A53 5G é resistente à submersão em água doce (até um metro de profundidade) por até 30 minutos. A Samsung ainda é uma das poucas empresas a equiparem seus celulares intermediários com certificação IP67, portanto considero um ponto positivo.

Por ter praticamente as mesmas dimensões, materiais e design, a pegada do novo Galaxy A é praticamente idêntica a da geração passada. Ele é relativamente leve e compacto, mesmo com suas 6,5 polegadas de tela.

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Para não dizer que não houve nenhuma mudança em relação ao A52, a gaveta de chips agora se encontra na parte inferior, ao lado do microfone, da entrada USB-C e de uma das saídas de som. Ah, e ele não vem com a entrada para fones de ouvido.

Tela

Quando o assunto é tela, também não há muitas novidades para destacar. O Galaxy A53 5G é exatamente idêntico ao A52 5G nesse departamento, trazendo uma painel Super AMOLED de 6,5 polegadas, resolução Full HD e taxa de atualização de 120 Hz.

Não é novidade para ninguém que os celulares da Samsung são referências no quesito tela. O Galaxy A53 5G, assim como seu antecessor, oferece ótima definição, cores bastante vivas e contrastes profundos. Os 120 Hz de taxa de atualização, por sua vez, deixam a navegação mais fluida.

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Tela do A53 também não mudou quase nada ano a ano (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)
Tela do A53 também não mudou quase nada ano a ano (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)

O brilho máximo do Galaxy A53 5G, no entanto, é ligeiramente maior, mas você só deve perceber a diferença se estiver em ambientes muito iluminados.

O display do celular também arranja o leitor de digitais. A posição do sensor não é das melhores que eu já usei, pois é preciso encaixar o dedão abaixo do ideal, mas a velocidade de desbloqueio é muito boa, ainda mais considerando que estamos falando de um sensor óptico e não ultrassônico.

Configurações e desempenho

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Internamente, o Galaxy A53 5G é equipado com o Exynos 1280, um chipset da própria Samsung fabricado no processo de 5 nanômetros. Ele é equivalente ao Snapdragon 778G, o qual equipa o Galaxy A52s 5G, do ano passado, e o recente A73 5G.

O modelo que o Canaltech recebeu para testes veio com 8 GB de memória RAM e 128 GB de armazenamento interno, felizmente expansíveis via cartão microSD. É uma combinação interessante para os padrões intermediários.

É meio óbvio dizer que todos os aplicativos populares da Play Store, tais como Facebook, Twitter, TikTok, WhatsApp, Telegram e Instagram, rodam perfeitamente bem no Galaxy A53 5G. Ele é um intermediário mais avançado de 2022, portanto a experiência de uso é excelente.

O A53 tem desempenho equivalente ao A52s, mas ainda perde um pouco em jogos (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)
O A53 tem desempenho equivalente ao A52s, mas ainda perde um pouco em jogos (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)
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Mas ele não é perfeito. A GPU Mali-G68 não entrega uma performance tão fluida quanto a Adreno 642L presente no A52s 5G. Em Asphalt 9, por exemplo, o smartphone não manteve as taxas de quadros constantes em muitas situações.

Em Dead By Daylight, que funcionava muito bem no smartphone da geração passada, nem chegou a passar da tela de carregamento, provavelmente resultado da falta de otimização da plataforma Exynos em alguns jogos.

Resumindo, definitivamente não será pelo desempenho que você trocará o Galaxy A52s pelo novo A53. O Snapdragon 778G da geração passada ainda é um chipset mais equilibrado no geral.

Sistema e interface

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O Galaxy A53 5G já sai de fábrica com a interface One UI 4.1 baseada no Android 12. Segundo a Samsung, o smartphone deve receber atualizações de sistema por, no mínimo, quatro anos, ou seja, até o futuro Android 16.

One UI 4.1 (Imagem: Captura de tela/Canaltech)
One UI 4.1 (Imagem: Captura de tela/Canaltech)

Eu já usei a One UI 4.1 em outros smartphones Galaxy e posso dizer com propriedade que ela é a melhor modificação do Android disponível atualmente. Cada janela tem sua beleza, e a navegação é muito fluida.

Câmeras

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Em números, o Galaxy A53 5G tem o mesmo conjunto fotográfico da geração passada. A câmera principal tem 64 MP, seguida de uma ultrawide de 12 MP, macro de 5 MP e um sensor de profundidade, também de 5 MP. Para selfies, há um sensor de 32 MP.

Conjunto de câmeras também não sofreu alterações (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)
Conjunto de câmeras também não sofreu alterações (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)

Câmera principal

Eu curti bastante as fotos do A52, e a nova geração basicamente só aprimorou o que já era ótimo. As imagens apresentam cores muito saturadas, então você vê azuis muito fortes, gramas e árvores destacadas e níveis de contraste um pouco exagerados.

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Foto da câmera principal do Galaxy A53 (Imagem: Diego Sousa/Canaltech)
Foto da câmera principal do Galaxy A53 (Imagem: Diego Sousa/Canaltech)

Eu não reclamaria se o pós-processamento do A53 5G seguisse mais ou menos a linha do Galaxy S22, indo para uma tendência menos artificial. Mas assim, não dá para dizer que as câmeras do celular são ruins.

O modo retrato do Galaxy A53 5G é feito com o auxílio do sensor de profundidade de 5 MP. No geral, consegui ótimas fotos em quase todos os cliques, mas tive céus estourados em algumas situações, além de objetos principais escuros e desfoque impreciso, principalmente na área do cabelo.

Modo retrato do Galaxy A53 (Imagem: Diego Sousa/Canaltech)
Modo retrato do Galaxy A53 (Imagem: Diego Sousa/Canaltech)
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Câmera ultrawide

A câmera ultrawide também parece não ter mudado em relação à presente no A52. Ela é bem superior a de alguns modelos concorrentes por oferecer ótimos níveis de HDR, ou seja, as imagens não apresentam céus estourados ou cores lavadas. Em boas condições de luz os cantos também não distorcem.

Foto da câmera ultrawide do Galaxy A53 (Imagem: Diego Sousa/Canaltech)
Foto da câmera ultrawide do Galaxy A53 (Imagem: Diego Sousa/Canaltech)

Câmera macro

A câmera macro tem 5 MP e não notei nenhuma diferença em relação à presente no A52. Ela faz fotos acima da média da concorrência, que geralmente possuem 2 MP e oferecem imagens lavadas e sem definição. Mas, assim, não dá para esperar muito.

Som

Com dois alto-falantes estéreos, o Galaxy A53 5G parece trazer a mesma qualidade sonora do A52. O som é alto e claro, mas pode estourar em volumes mais elevados, assim como o irmão.

Som do A53 é muito bom, porém nada de especial (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)
Som do A53 é muito bom, porém nada de especial (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)

Ele também não traz uma potência nos graves, mas se destaca pelo conjunto equilibrado e ótimo para assistir a filme e séries. Músicas também são uma boa pedida por aqui.

Bateria

O Galaxy A53 5G manteve os 5.000 mAh de bateria dos irmãos mais velhos. Essa capacidade, mesmo já não sendo a maior que temos atualmente, inclusive no portfólio da Samsung, é muito boa para garantir longas horas de utilização.

No nosso teste padrão de Netflix, com três horas de reprodução de vídeos, brilho e volume em 50%, e conectado apenas ao Wi-Fi, o aparelho foi de 100% para 74%, resultando em uma estimativa de uso de aproximadamente 11 horas.

A autonomia ficou bem abaixo do seu irmão Galaxy A52s nesse teste, o qual consumiu apenas 18% nas mesmas condições. Mas essa inferioridade não se refletiu muito no dia a dia, já que ambos esquentaram relativamente pouco em tarefas muito pesadas.

Review Galaxy A53 5G | Uma evolução tímida do A52

Eu passei um dia inteiro com o A53 5G tirando fotos, navegando em redes sociais, assistindo a vídeos e jogando ocasionalmente. E, no final, ainda estava com cerca de 60% de carga sobrando, o que é muito bom.

No carregamento, felizmente o Galaxy A53 5G vendido no Brasil será enviado com carregador na caixa, diferente da versão global. É um acessório com suporte a fast charging, vale mencionar, que consegue recarregar o aparelho completamente em pouco mais de uma hora.

Concorrentes diretos

O Galaxy A53 chegou para competir com o também recém-lançado Realme 9 Pro Plus, um dos melhores intermediários premium à venda por aqui. Eu testei o smartphone da chinesa e foi uma das melhores experiências do segmento que tive nos últimos meses.

Realme 9 Pro Plus é um dos intermediários mais legais que eu já usei (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)
Realme 9 Pro Plus é um dos intermediários mais legais que eu já usei (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)

O aparelho me conquistou em muitas frentes: o design belíssimo, a tela Super AMOLED de qualidade, o desempenho intermediário ótimo para qualquer tarefa, e as câmeras extremamente competentes, com destaque para o sensor principal com OIS.

Seu preço, na faixa dos R$ 3.000, ainda está um pouco alto para a categoria, mas, se baixasse um pouco, ele certamente seria uma das minhas alternativas aos Galaxy A.

O Edge 20 também é uma alternativa ao Galaxy A53 até o Edge 30 chegar ao nosso mercado. Ele possui chipset Snapdragon 778, equivalente ao Exynos 1280, câmeras agradáveis e boa construção. Mas perde no suporte de atualizações.

O Edge 20 Pro tem quase o mesmo hardware do Galaxy A53 5G (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)
O Edge 20 Pro tem quase o mesmo hardware do Galaxy A53 5G (Imagem: Ivo Meneghel Jr./Canaltech)

Também vale mencionar o próprio Galaxy A52s, que ainda pode ser encontrado no Brasil por menos de R$ 2.000. E fica muito difícil não recomendá-lo perante ao A53 custando R$ 2.500. Eles são basicamente idênticos, diferenciando-se apenas por uma tela mais brilhante ou uma câmera melhor no escuro.

Vale a pena comprar o Galaxy A53 5G?

A palavra que mais define o Galaxy A53 5G é equilíbrio. Ele é uma evolução bastante tímida do Galaxy A52, aprimorando alguns pontos bem pontuais como processamento de imagem e tela, e repete basicamente tudo o que deu certo na geração passada.

Assim como o A52, o A53 tem design é agradável e resistente, bateria tem longa duração, interface One UI 4.1 e amplo suporte de atualizações do Android. O conjunto quádruplo de câmeras também é muito consistente.

No entanto, mesmo gostando muito do aparelho, não consigo recomendá-lo por não haver muitas mudanças significativas que justifiquem o upgrade. O Galaxy A52s 5G, do ano passado, é quase idêntico ao A53 em configurações e ainda é vendido pela Samsung por menos de R$ 2.000.

Portanto, minha recomendação é que você considere o Galaxy A52s 5G se estiver procurando um celular custo-benefício da Samsung, pelo menos até ele sair de linha.