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Elon Musk assiste a vídeos em reuniões e faz visitantes esperarem mais de 1h

Por| Editado por Claudio Yuge | 27 de Dezembro de 2022 às 08h30

Reuters/Joe Skipper
Reuters/Joe Skipper
Elon Musk
Elon Musk
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O bilionário Elon Musk sempre se mostrou contrário às medidas de distância adotadas durante a pandemia, como o home-office. Apesar de fazer questão de interações "cara a cara", exigindo que os funcionários do Twitter estejam presentes no escritório e que reuniões sejam feitas pessoalmente, o empresário não possui uma atitude coerente.

Uma reportagem do The Washington Post revelou que o novo CEO do Twitter faz os visitantes da sede de São Francisco esperarem mais de uma hora para serem atendidos. Eles são encaminhados para o 10º andar e instruídos a não falarem antes de Musk — que às vezes assiste a vídeos do YouTube durante as reuniões.

Desde que assumiu a direção do Twitter, há quase dois meses, Musk tem sido alvo de críticas devido ao seu estilo de liderança. Uma das suas primeiras ações como presidente da empresa foi iniciar um processo de demissões em massa, extinguindo o conselho administrativo e reduzindo a força de trabalho de 7 mil para 2 mil funcionários.

O empresário sul-africano também é conhecido por seu método "hardcore", tendo dormido nas fábricas da Tesla durante uma produção. No Twitter não é diferente, visto que Elon cobrou dos funcionários que se comprometessem com sua "versão 2.0" da rede social ou seriam dispensados, em um tipo de ultimato. Além disso, o CEO converteu diversas salas da sede da empresa em quartos para os funcionários que quisessem dormir na empresa.

Ordem de voltar ao escritório quebrou promessas feitas aos funcionários do Twitter

Segundo um advogado que representa ex-trabalhadores do Twitter, a ordem de retorno aos escritórios quebrou promessas feitas por executivos e gerentes da rede social, visto que eles haviam sido informados de que "poderiam continuar trabalhando remotamente, por pelo menos um ano após a aquisição da empresa por Musk".

Um ex-funcionário entrou com uma ação que argumenta que a nova postura sobre o trabalho remoto é discriminatória, visto que o funcionário é uma pessoa com deficiência e não foi informado sobre como solicitar a isenção. Ele enviou uma mensagem ao gerente dizendo que não voltaria ao escritório ainda devido ao "risco extra" de contrair o vírus da covid-19. Conforme revela o processo, após alguns dias ele foi informado via e-mail de que havia sido demitido por comportamento que "violava a política da empresa".