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Twitter: Ex-funcionários alegam que demissões em massa atingiram mais mulheres

Por| Editado por Claudio Yuge | 26 de Dezembro de 2022 às 14h00

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kitzstocker/envato
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Na última semana, o Twitter recebeu reclamações de mais de 100 ex-funcionários que acusaram a empresa de discriminação de gênero e demissão ilegal. O processo foi iniciado no início de dezembro e se refere à decisão do CEO, Elon Musk, de mandar embora mais da metade da empresa.

A ação afirma que as mulheres foram mais prejudicadas pelas demissões em massa realizadas desde que o bilionário sul-africano assumiu a direção da empresa, além de acusar o Twitter de não pagar as indenizações prometidas.

A advogada Shannon Liss-Riordan entrou com 100 demandas de arbitragem em nome dos funcionários e já representa quatro ações coletivas contra a empresa.

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Em uma publicação no Twitter, a defensora diz que ela pretende entrar com ações legais adicionais contra Elon Musk. “Orgulho de representar esses funcionários. Esta é apenas a primeira onda de demandas de arbitragem - mais estão chegando. A conduta do Twitter desde que Elon Musk assumiu é flagrante, e vamos buscar todos os caminhos para proteger os trabalhadores e extrair do Twitter a compensação devida”, afirma Shannon.

Dentre as infrações citadas nas cartas de arbitragem estão discriminação sexual, quebra de contrato e rescisão ilegal de funcionários que estavam em licença médica ou parental, além da falta do aviso prévio de 60 dias em alguns dos casos — conforme exige a legislação da Califórnia.

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Uma parte do documento da ação coletiva diz: “A demissão em massa de funcionários no Twitter afetou as funcionárias em uma extensão muito maior do que os funcionários do sexo masculino – e em um grau estatisticamente significativo”.

Juiz distrital decide a favor da causa dos funcionários

Desde que Musk adquiriu o Twitter, pelo valor de US$ 44 bilhões (R$ 228,76 bilhões, em conversão direta), cerca de 3.700 funcionários foram demitidos durante um esforço para diminuir os custos. A empresa, supostamente, ofereceu um pacote de indenização que incluía um mês de salário para aqueles que não entrassem na ação coletiva contra a companhia.

No entanto, um juiz da Califórnia determinou que os ex-funcionários devem ser informados sobre a ação antes de renunciar aos seus direitos. O juiz distrital dos EUA, James Donato, disse que a comunicação do Twitter com seus ex-funcionários não pode ser enganosa "ao omitir informações relevantes sobre um processo pendente". Ele ainda acrescentou que o aviso adequado “promoverá a administração justa e eficiente” do litígio.

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Em resposta à decisão de Donato, Liss-Riordan disse num tweet:

“A decisão [de Donato] é uma vitória para os funcionários do Twitter que durante semanas foram abusados ​​por Elon Musk. O Twitter deve notificar os funcionários sobre nossa ação legal é uma etapa básica, mas importante, que fornecerá aos funcionários a oportunidade de entender melhor seus direitos, em vez de apenas assiná-los e, potencialmente, ceder o dinheiro que lhes é devido, sob pressão de Musk”.