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Estudo diz que 25% da biodiversidade pode desaparecer neste século

Por| Editado por Patricia Gnipper | 19 de Dezembro de 2022 às 17h56

Imagem: Farid Amadou Bahleman/Wikimedia Commons
Imagem: Farid Amadou Bahleman/Wikimedia Commons
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Os resultados de um modelo desenvolvido por cientistas europeus e australianos mostram um cenário preocupante para a biodiversidade global no futuro próximo. Rodada no mais poderoso supercomputador europeu, a ferramenta estima que cerca de 10% das espécies de animais e plantas devem desaparecer até 2050 e que o número de extinções pode chegar a 27% em 2100.

A previsão assustadora foi possível graças a uma modelagem inédita na forma de mostrar o efeito cascata que pode ser desencadeado a partir de uma extinção: outras espécies ao longo da teia alimentar podem ter sua continuidade ameaçada como consequência. Mais de 15.000 teias alimentares foram incluídas na pesquisa para investigar estas relações.

Exemplo de teia alimentar (Imagem: Rebecca R. Helm/Wikimedia Commons)
Exemplo de teia alimentar. A extinção de uma das espécies da teia pode se propagar para outras dentro dela (Imagem: Rebecca R. Helm/Wikimedia Commons)

O fenômeno é chamado de co-extinção: uma espécie sendo extinta em decorrência do desaparecimento de outra, da qual ela dependia. Os cientistas responsáveis pelo estudo já vinham modelando extinções no futuro da Terra, mas foi a primeira vez que entraram a fundo nesta problemática.

O que são as co-extinções?

“Pense em um predador que perde sua presa para as mudanças climáticas,” exemplifica o professor Corey Bradshaw. “A perda da presa é uma ‘extinção primária’, ligada diretamente a uma perturbação no sistema. Mas, sem o que comer, o predador também será extinto.”

“Toda espécie depende de outra em algum sentido,” conclui o especialista. Diversos estudos já fizeram excelentes análises relacionadas às perdas de espécies devido às mudanças climáticas e perdas de habitat. Mas, até agora, não havia sido possível incorporar nos estudos as conexões entre as diferentes plantas e animais.

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De quem será a culpa pelas extinções?

Coalas e elefantes são algumas das espécies que podem entrar em extinção até 2100, de acordo com o estudo (Imagem: twenty20photos/envato)
Coalas e elefantes são algumas das espécies que podem entrar em extinção até 2100, de acordo com o estudo (Imagem: twenty20photos/envato)

O evento, que marcaria a sexta extinção em massa no planeta, tem dois culpados bem claros para os cientistas: mudanças no uso do solo e as mudanças climáticas.

Quanto ao uso do solo, a questão mais evidente está na perda de habitats naturais em detrimento a usos humanos. Nisso, inclui-se o desmatamento com fins de se converter a área em plantações e pastagens, por exemplo.

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As mudanças climáticas, por sua vez, podem tornar características do ambiente impróprias para a sobrevivência de certas espécies. O aumento de temperatura no oceano é um exemplo que pode causar a extinção de várias espécies marinhas.

Fonte: Science Advances Via: Phys.org