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Sexta extinção em massa pode já estar acontecendo na Terra

Por| Editado por Patricia Gnipper | 14 de Janeiro de 2022 às 11h20

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Eternal Child/Pexels
Eternal Child/Pexels

A Terra pode estar atravessando sua sexta extinção em massa, mas, ao contrário das anteriores, esta seria exclusivamente provocada pela ação humana. É o que diz um novo estudo liderado pela University of Hawaii, que considerou uma ampla lista de espécies ameaçadas de extinção, incluindo os invertebrados — pouco considerados em outras análises.

A vida em nosso planeta já atravessou cinco grandes eventos de extinção e, embora tenham sido severos, todos foram provocados por eventos naturais. Mas o novo estudo, além de apontar que o sexto evento de extinção em massa já se iniciou, não deixa dúvidas sobre a influência humana nesse processo.

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O principal autor do estudo, Robert Cowie, disse que as altas taxas de extinção e a redução da abundância da biodiversidade estão todas bem documentadas. “Mas alguns negam que esses fenômenos representem uma extinção em massa”, acrescentou.

Segundo Cowie, essa negação é fundada em uma tendência de encarar esta crise apenas pelas espécies de mamíferos e aves, mas, ao considerar os invertebrados na conta — os quais constituem a maior parte da biodiversidade —, o cenário é ainda mais grave.

Através de dados históricos sobre espécies de caracóis e lesmas terrestres, os pesquisadores calcularam que, desde 1500, o planeta já teria perdido de 7,5% a 13% dos 2 milhões de espécies conhecidas até hoje — o equivalente de 150.000 a 260.000 de organismos.

Espécies ameaçadas

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Para os autores do estudo, incluir os invertebrados na análise foi fundamental para confirmar que, de fato, estamos testemunhando o início da sexta extinção em massa. Eles também ressaltaram que espécies marinhas e terrestres estão sendo afetadas de manerias diferentes.

Espécies insulares, como as que vivem nas ilhas havaianas, são mais afetadas do que as que habitam os continentes. Além disso, para os autores, o ritmo de extinção das plantas parece ser menor que a de animais terrestres.

Os pesquisadores também disseram que iniciativas conseguiram preservar espécies “mais carismáticas”, deixando de fora muitas outras. E mesmo outras iniciativas não são suficientes para reverter a tendência geral de extinção iniciado pela espécie humana.

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Negar a crise e aceitá-la sem reagir — ou até mesmo impulsioná-la —, disse Cowie, é abrir mão da responsabilidade comum à humanidade. “E abre caminho para que a Terra continue em sua triste trajetória em direção a uma Sexta Extinção em Massa”, ponderou.

O estudo foi publicado na revista científica Biological Reviews.

Fonte: Biological Reviews, Via SOEST