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Brasil terá 6% de conexões móveis com 5G em 2023, projeta Cisco

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O Brasil deve chegar a 2023 com apenas 6% das conexões com 5G. Isso é o que estima o Annual Internet Report de 2020, da Cisco. O estudo analisa dados de internet no Brasil e no mundo, e busca tendências em um período de cinco anos. No caso, esse prazo varia entre 2018 e 2023.

Segundo o relatório, o Brasil será um país primordialmente do 4G, com 58% das conexões neste padrão. O dado é positivo em comparação à média global, com 46% do total, e da América Latina, com 50%.

Contudo, devemos ficar atrás no 5G. Ao todo, na nossa região, somente 6% das conexões serão em 5G, contra 11% estimadas para o novo padrão em todo mundo e 7% na América Latina. “Apesar da prevalência do 4G, o 5G deve gerar um tráfego de informações entre 2,5 a 3 vezes maior”, aponta Hugo Baeta, diretor de vendas para operadoras da Cisco do Brasil.

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“O número de usuários de internet no Brasil representará 92% da população em 2023, superior aos 66% esperados globalmente. Associada à isso, a velocidade média da banda larga móvel crescerá a um ritmo superior ao global. São crescimentos que demandarão grande planejamento e investimentos no setor.”, destaca Baeta.

Velocidade móvel

O estudo também apresentou avanços na disponibilidade e acesso de internet móvel. No Brasil, a expectativa é de que, em 2023, haja 181 milhões de pessoas conectadas por este tipo de rede, o que significa um aumento de 84% em cinco anos.

Há variação na velocidade, claro: entre 2018 e 2023, o esperado é que a velocidade média das conexões móveis suba de 8,9 Mbps para 41,1 Mbps, mais que o quádruplo. Isso significa que o estaremos próximos à média de velocidade global, com estimativa de 43,9 Mbps em 2023. A média do 5G será de 595,5 Mbps no país em 2023, aponta o estudo.

Banda larga

Os dados ainda apontam que as velocidades de internet não devem chegar a 1 Gbps em 2023, nem no Brasil, nem no mundo. Em média, no nosso país, as conexões devem se manter em 69,4 Mbps, número quatro vezes maior que os 16,9 Mbps de 2018.

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Casa conectada

O estudo também estima que haverá aumento de conexões para além de usuários, abrangendo a internet das coisas (IoT). Em 5 anos, devemos ter 48% aparelhos em rede, somando 755,1 milhões de conexões no Brasil. Destes, a expectativa é de que 45% seja relacionada a ligações chamadas de máquina-a-máquina (M2M), relativas àquelas sem mediação humana, como casa conectada, carros autônomos e internet das coisas de maneira geral.

Outro destaque regional dever ser o avanço de TVs em 4K no Brasil, o que deve exigir uma demanda maior por capacidade de internet. A expectativa é de que, em 2023, 56% das telas no país sejam 4K, com conteúdos que exigem velocidades de 18 Mbps para rolar via streaming.

“É uma grande mudança. Quando pensamos há 10 anos, com o YouTube, o padrão de vídeos era em SD [baixa definição] com média de sete minutos. Agora, estamos modificando para 4K em consumo de duas horas. É uma demanda completamente diferente”, lembra Giuseppe Marrara, diretor de políticas públicas da Cisco.

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Mundo

O documento projeta para 2023 que 66% da população mundial terá acesso à internet, somando 5,6 bilhões de pessoas. A velocidade média da banda-larga em todo mundo deve subir de 46 Mbps para 110 Mbps, entre 2018 e 2023.

Já em termos móveis, velocidades médias mundiais mais que triplicarão, indo de 13 Mbps (2018) para 44 Mbps (2023).