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Novas startups de transporte tentam evitar erros do passado ao vender veículos

Por| Editado por Claudio Yuge | 29 de Dezembro de 2021 às 15h06

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Reprodução/Monica Turlui/Pexels
Reprodução/Monica Turlui/Pexels

Após a ascensão e queda das startups de patinetes e bicicletas por aluguel no Brasil, entre 2018 e 2019, uma segunda onda desse tipo de mobilidade está prestes a acontecer. Além da Davinci, que vende patinetes elétricos em vez de alugá-los, a pernambucana Voltz, a brasiliense Origem e a gaúcha Arrow são algumas das que tentam retomar o setor fugindo dos erros da geração passada.

Novamente as mobitechs sonham em lucrar com modais que sejam alternativas ao trânsito de carros e transporte público das grandes cidades. O fundador da Davinci é Eduardo Musa, executivo ex-Caloi e criador da Yellow, empresa pioneira no serviço de patinetes via aplicativo. A empresa teve uma trajetória conturbada: Musa deixou a startup pouco antes da fusão com a mexicana Grin, que formou a holding Grow em 2019.

As taxas de uso do patinete ou bicicleta da Yellow começavam em R$ 3 e cresciam por minuto. No ano passado, a companhia faliu e encerrou as atividades. Mas o prejuízo financeiro não foi o único problema: as bicicletas ou patinetes eram constantemente roubadas ou danificadas, houve novas tarifas e burocracias com o poder público e gerou acúmulo de lixo em algumas cidades onde atuou, com os restos dos veículos.

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Agora, ao vender os patinetes, o cliente se torna o responsável pelo veículo em vez da startup. Com isso a Davinci espera se livrar da pressão das prefeituras sofrida nos tempos de Yellow.

“Apesar de as cidades não estarem preparadas para os patinetes e as bicicletas compartilhadas, algumas pessoas estão se estruturando para essa micromobilidade. É por isso que eu acredito nos modais como propriedade do indivíduo”, disse ao Estadão Eduardo Musa.

A Voltz e a Origem investem na venda de motos elétricas ao consumidor, e a Arrow, em vans. Nesta última. a locadora Unidas foi uma das primeiras clientes, ao adquirir 100 unidades elétricas a serem entregues a partir de outubro de 2022. Sem falar da Buser, que propõe fretamento colaborativo para baratear as passagens de ônibus interestaduais.

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Correndo por fora das vendas de veículos, a Quicko funciona como uma espécie de "canivete suíço da mobilidade urbana". Ela oferece diversas soluções de integração dos meios de locomoção (como trajetos que combinam ônibus e patinetes), atualiza sobre o transporte público em tempo real, carrega cartões de vale-transporte e outros serviços.

Uma promessa para daqui a alguns anos é a Eve, empresa subsidiária da aeronáutica Embraer que pretende ter seu próprio modelo de carro voador de propulsão vertical (o eVTOL). Um acordo de intenção da Bristow Group fechou a compra de 100 unidades do futuro veículo.

Segundo um estudo da Liga Ventures, uma das maiores aceleradoras de startups do país, já existem mais de 200 mobitechs em todo Brasil. A Bossanova Investimentos é um dos fundos do ecossistema nacional que apostam no setor com um fundo específico para essas empresas. A ideia é investir em captações de startups iniciantes, em rodadas pre-seed ou seed (entre R$ 100 mil e R$ 500 mil), tenham mais de um ano e meio de fundação e com faturamento mínimo de R$ 20 mil por mês.

Fonte: Estadão