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Buser quer triplicar quantidade de passageiros transportados até o fim de 2021

Por| Editado por Claudio Yuge | 09 de Agosto de 2021 às 21h20

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Divulgação / Buser
Divulgação / Buser

Desde que a Buser lançou sua plataforma de fretamento colaborativo, em 2017, para oferecer serviços de transporte melhores a preços mais acessíveis, 4 milhões de usuários já se cadastraram no sistema. Segundo a empresa, três características a diferenciam da concorrência: preço baixo, viagens mais seguras e de qualidade.

Agora, a startup quer aumentar a quantidade de passageiros transportados a partir de seu marketplace, o Buser Passagens. Atualmente, o serviço atende mensalmente cerca de 20 mil passageiros. O objetivo é chegar a 70 mil viajantes por mês em dezembro. Uma das ações da companhia para atingir essa meta é dobrar o número de viações parceiras: das 60 atuais, o Buser Passagens quer chegar a 100 associados e levar passageiros a todos os Estados do Brasil.

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Em seu marketplace, a Buser não cobra taxas — como as de serviço ou de conveniência. Entre os concorrentes, a prática é comum e chega a representar mais de 20% do valor da passagem. A plataforma destaca que, assim, consegue vender mais barato do que outros serviços online.

Maior faturamento

A startup quer, ainda, dobrar o faturamento no próximo trimestre. “Vamos passar a oferecer, em breve, descontos progressivos para as viações que aderirem ao sistema”, anuncia Savio Caríssimo, diretor da área comercial na Buser. “Quando a gente vende mais para a empresa parceira, ela aumenta a ocupação e consegue reduzir ainda mais o preço unitário do bilhete, aumentando também o faturamento”, ressalta.

Desde o início do ano, a Buser tem procurado diversificar sua atuação. Isso inclui a criação do marketplace de passagens, o Buser passagens, e do serviço de entrega de encomendas, o Buser Encomendas.

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Outro lado

Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros (Anatrip), a Buser atua de forma irregular. "O motivo é o fato de ela se esquivar da fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Os riscos dessa expansão serão um efeito de bola de neve em que uma empresa que desrespeita a legislação brasileira aumenta a quantidade de passageiros transportados enquanto se esquiva da fiscalização e passa a oferecer cada vez mais riscos aos passageiros. Destacamos a sonegação de imposto que a empresa sempre praticou com o lucro obtido fora das diretrizes impostas pela ANTT e pela Constituição Federal", diz comunicado oficial.

Além disso, a Anatrip aponta que a Buser não paga o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nem cumpre outros requisitos exigidos em lei. Acompanhe a explicação da associação:

"A baixa de preços se deve à sonegação tributária por não pagar ICMS, e também ao fato de a Buser não conceder gratuidades (para idosos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência). Essas gratuidades representam custos adicionais com que as empresas regulares arcam e a Buser não.

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Além disso, a Buser não oferece segurança aos usuários ao não utilizar plataformas rodoviárias em grande parte de suas operações. Seus usuários precisam esperar o embarque em locais improvisados em vários locais, como em Brasília (DF), em que a empresa usa a área de estacionamento de um hotel. As empresas regulares buscam seus passageiros nos terminais rodoviários com segurança, em local com banheiros, lanchonetes, carrinhos para malas, bancos para espera e outros. Para oferecer esse conforto aos passageiros, pagam uma taxa significativa.

As empresas regulares são obrigadas a ter garagens espalhadas pelo Brasil para que, se seus veículos tiverem uma pane na estrada, o resgate dos passageiros seja feito imediatamente. Isso representa mais um custo, mas garante a segurança aos passageiros. Como a Buser não atua assim, deixa de considerar esses aspectos do transporte rodoviário de passageiros com os quais as empresas regulares arcam."

Para concluir, a Anatrip diz que a inovação proposta pela Buser é a mesma já oferecida por plataformas como Guichê Virtual, ClickBus e outras que seguem a legislação. "A Buser sonega impostos e atua fora da legislação brasileira e do escopo fiscalizatório da ANTT. Com isso, diminui custos sem oferecer segurança aos passageiros nem cumprir as gratuidades em nome de uma publicidade de preço baixo que, na realidade, tem um custo muito alto. Ele é pago com a insegurança dos usuários e a atuação na ilegalidade, ao não cumprir os demais requisitos previstos em lei."