Currículo como dancinha? Startup brasileira quer ser o TikTok das contratações
Por Márcio Padrão • Editado por Claudio Yuge |
Imagina você ter que fazer uma dancinha, uma pegadinha ou uma piada rápida para apresentar suas qualidades para uma vaga de emprego. Se você achou estranho, prepare-se porque isso pode pegar. O TikTok lançou neste mês o Resumes, um programa para incentivar o público a usar a plataforma para se apresentar profissionalmente. Mas uma startup brasileira já estava de olho nesse nicho.
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O Skill22 é uma proposta de aplicativo em que candidatos podem gravar vídeos curtos de até 22 segundos para mostrar suas aptidões e participar de processos seletivos em empresas. Foi idealizado por Andre Dorneles e Carolina Moraes, sócios da consultoria de projetos digitais Younner, de Porto Alegre.
O interessante é que a tarefa de se tornar "tiktoker corporativo" não fica restrita aos candidatos. Os recrutadores também gravação seus vídeos curtos para explicar o propósito da empresa, o ambiente de trabalho e mais detalhes sobre a seleção ou a vaga aberta. Esse conteúdo ficará no perfil da companhia contratante.
Nos vídeos, os candidatos poderão buscar vagas no seu perfil ou cidade pelo app e serão solicitados a responder a dúvidas comuns no recrutamento, como "O que gosta de fazer em seu tempo livre?" ou "Como você se imagina daqui a dez anos?". Além do TikTok e do LinkedIn, outra inspiração é o Tinder, já que será possível fazer "matches" entre candidato e empresa. No momento a Younner busca empresas e pessoas para testar a plataforma.
“O LinkedIn, por exemplo, é uma plataforma muito quadrada para os jovens. Percebemos que, para encontrar novos talentos, é preciso seguir outros caminhos”, diz Carolina Moraes ao site Forbes.
O nome do Skill22 teve inspiração no clássico livro Ardil 22 (Catch-22), de Joseph Heller. O nome do livro virou apelido de paradoxo, já que na trama soldados querem sair da guerra alegando estarem loucos, mas como o pedido faz sentido no contexto da guerra, tal insanidade não se comprovaria. Em recursos humanos, esse termo designa o paradoxo do jovem inexperiente, que não consegue um bom trabalho justamente porque seu currículo está vazio.
Fonte: Forbes