Xiaomi Mi Band 4: ainda vale a pena comprar em 2020?
Por Felipe Junqueira | •

A Mi Band 5 foi lançada oficialmente no Brasil na última quarta-feira (29) sem grandes novidades em comparação com o modelo da geração anterior da Xiaomi. E aí, surgem as dúvidas: com a possível queda de preços da Mi Band 4, a pulseira ainda compensa ou é melhor já partir para a mais recente?
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Ainda tem muito estoque da smartband de quarta geração no Brasil. O preço parte de perto de R$ 190 no varejo, enquanto na loja oficial da Xiaomi você encontra por R$ 350. Já a Mi Band 5 não vai ser encontrada por menos de R$ 300 no varejo, e custa R$ 450 na loja oficial.
Uma diferença de preço considerável para ter tela maior e algumas funções a mais, certo? Não necessariamente. Vamos ver a seguir os principais pontos das duas pulseiras para entender se ainda vale a pena gastar seu dinheiro no modelo antigo, ou se é mais jogo investir um pouco mais no modelo mais recente.
Mi Band 4: design e tela
A Mi Band 4 é uma caixa retangular com laterais arredondadas que se insere em uma pulseira de elastômero termoplástico (TPE). O dispositivo é resistente à água até 5 ATM, ou 50 metros de profundidade. A caixa da nova geração possui uma fivela de liga de alumínio, e tem sistema um pouco diferente para trocar a pulseira.
Há uma vantagem na quinta geração com relação à recarga, feita com um cabo magnético. Na Mi Band 4, tem que tirar a caixa da pulseira e inserir no carregador, que entra em um conector USB. A resistência à água é a mesma nos dois modelos.
O display da Mi Band 4 já era um OLED colorido, com 0,95 polegada. O vidro é temperado, com curvatura 2.5D, e o visor conta com toque capacitivo. A resolução é de 120 x 240 pixels e o brilho atinge 400 nits de intensidade. No modelo novo, muda o tamanho da tela, para 1,1 polegada, a resolução ganha mais alguns pixels e o brilho atinge 450 nits.
O ganho no papel parece considerável, mas, na experiência do dia a dia, você mal vai sentir. Claro, é compreensível quem quer aproveitar o melhor visor disponível no mercado, mas se pesar a diferença de preços, é uma boa quantia a mais para se gastar somente por alguns décimos a mais de polegadas e poucos pixels extras.
O brilho, sim, é um bom diferencial, mas ainda insuficiente para compensar um investimento tão mais alto. Assim como o sistema de recarga: ficou mais prático, mas o salto não é tão a ponto de justificar a opção pela quinta geração neste momento.
Mi Band 4: recursos e bateria
A quarta geração da pulseira da Xiaomi trazia entre os principais recursos a possibilidade de controlar músicas reproduzidas no celular, monitoramento de batimentos cardíacos e sono e contador de passos, distância e calorias queimadas. Também recebe notificações de mensagens e de recebimento de chamadas, com a possibilidade de recusar.
Com relação aos exercícios, são seis modos de treino: esteira, exercício, corrida ao ar livre, ciclismo, caminhada e natação. A nova geração adicionou mais cinco: pular corda, spinning, elíptico, aparelho de remo e ioga, além de detecção automática de caminhada ou corrida. Aqui, a importância dos novos recursos vai se dar pela sua necessidade específica em relação a algum deles.
Outra inclusão na Mi Band 5 é a câmera remota e várias funções ligadas à saúde, incluindo o ciclo menstrual, além de monitoramento de estresse. De resto, ambas possuem recursos básicos como relógio, cronômetro, despertador e temporizador, o que as deixa no mesmo patamar na maior parte do tempo.
A capacidade de bateria é maior na Mi Band 4, mas ambas devem entregar cerca de duas semanas longe da tomada. Isso significa que a facilidade para fazer a recarga é uma situação para ser lidada a cada 14 dias, mais ou menos.
Conclusão
É verdade que a Xiaomi trouxe um número considerável de novidades para a Mi Band 5, mas a menos que você pratique algum dos cinco novos exercícios monitoráveis, não há muito motivo para gastar cerca de R$ 100 a mais no modelo novo.
A Mi Band 4 ainda entrega uma ótima experiência, com muitos recursos bem bacanas. Não há diferença no tempo de uso antes de precisar recarregar a pulseira e o tamanho da tela aumentou, mas não chega a ser tanta coisa assim, portanto vale a pena, sim, economizar um bom dinheiro para ficar com um dispositivo que não está nem um pouco ultrapassado.