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Oxímetro do Apple Watch “não é confiável”, afirma CEO da Masimo

Por| Editado por Wallace Moté | 19 de Janeiro de 2024 às 17h05

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O CEO da empresa de produtos de saúde Masimo, Joe Kiani, deu uma entrevista recente ao portal Bloomberg para falar sobre a disputa judicial que está travando com a Apple, relacionada às patentes do oxímetro do Apple Watch. O executivo citou alguns detalhes de sua relação com a Maçã, e chegou a fazer comentários provocativos sobre o relógio da rival. 

De acordo com Kiani, o recurso de monitoramento de oxigênio no sangue “não é confiável”, e quem usa o acessório “estaria melhor sem ele”:

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“A Apple está mascarando o que oferece a seus consumidores, ao dizer que o oxímetro é confiável a nível médico, quando na verdade não é. Sinto sinceramente que os usuários [do relógio] estão melhores sem ele [o oxímetro].”

Recentemente, a Apple foi obrigada a retirar a detecção de oxigênio de seus relógios mais recentes, para poder retomar a venda dos dispositivos em suas lojas nos EUA. 

Essa foi a alternativa encontrada pela empresa após determinação da Comissão de Comércio Internacional (ITC), que declarou a Maçã culpada de usar tecnologias patenteadas pela Masimo em alguns de seus recursos de saúde. 

Apple Watch x Masimo W1

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Mesmo que pareça uma fala curiosa considerando o contexto, o CEO não quis dizer necessariamente que a sua própria tecnologia não é confiável. Afinal, o relógio W1 produzido pela Masimo possui aprovação do Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo norte-americano equivalente à Anvisa no Brasil, como um dispositivo médico que pode ser usado em hospitais, enquanto os modelos de Apple Watch não possuem a mesma certificação.  

Na prática, o W1 tem funções bastante similares, como o monitoramento de batimentos cardíacos e saturação de oxigênio no sangue. Contudo, isso só é útil se o acompanhamento for contínuo, segundo o que comentou Kiani. 

Ao mesmo tempo, a Apple acusa a Masimo de ter usado tecnologias copiadas do Apple Watch no W1, além de supostamente usar o processo para liberar espaço no mercado para o próprio produto. Na entrevista, Kiani rebateu afirmando que essa narrativa é “falsa”, e a rival estaria vivendo em uma “realidade falsa”. 

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O executivo também disse que nunca falou com ninguém da Apple pessoalmente, e não foi procurado por representantes da Maçã para planejar qualquer tipo de acordo. Além disso, Kiani apontou que houve aconteceram apenas mediações legais, cujos detalhes seriam sigilosos, e mais reuniões do tipo devem ser feitas no futuro — ainda que elas não sejam suficientes para encerrar a disputa, segundo o CEO. 

Fonte: Bloomberg