Xiaomi despenca enquanto Samsung surfa na onda dos celulares dobráveis
Por Léo Müller |
O mercado de celulares dobráveis atingiu um volume recorde de envios ao varejo no terceiro trimestre de 2025. Houve um crescendo 14% em relação ao ano passado, segundo novo relatório da Counterpoint Research. Mas, se olharmos os números de perto, a festa não foi para todo mundo: enquanto a Samsung disparou na liderança, a Xiaomi viu sua participação derreter.
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Os dados mostram que a Samsung abocanhou nada menos que 64% de todo o mercado global de dobráveis neste trimestre. Para a Xiaomi, o cenário foi dramático: a empresa registrou uma queda de 54% nos envios em comparação com o mesmo período de 2024.
Isso se deve, em parte, à falta de novos lançamentos da marca chinesa no segmento, enquanto Samsung e Huawei seguem colocando novas opções nas prateleiras das grandes varejistas mundo afora.
O gráfico de participação de mercado deixa claro o domínio sul-coreano. A Samsung cresceu 32% em um ano, impulsionada pelo lançamento da linha Galaxy Z Fold/Flip 7.
Do outro lado, as fabricantes chinesas tiveram desempenhos mistos:
- Xiaomi: O destaque negativo, com a queda de mais de metade do seu volume (-54%);
- Honor: Também tropeçou, com redução de 31%7;
- Vivo e Huawei foram as exceções Entre as chinesas. A Vivo cresceu impressionantes 67%, e a Huawei segurou a segunda posição crescendo 10%;
- Motorola subiu 16%, impulsionada pela boa aceitação da linha Razr 60.
Por que a Samsung disparou?
Na prática, a estratégia da Samsung de refinar o hardware funcionou, na interpretação da Counterpoint.
O relatório aponta que o sucesso do Galaxy Z Fold 7 se deve a melhorias que o usuário sente na mão: corpo mais fino, hardware mais leve e uma dobradiça mais durável com vinco menos visível.
Galaxy Z Fold 7
Gabriel Furlan Batista/Canaltech
Isso reforça o apelo premium do aparelho, enquanto a concorrência ainda luta para manter a consistência em escala global.
Chinesas como Huawei e Honor chegaram a esse nível de refinamento do hardware antes da Samsung, mas nenhuma tem o apelo global da coreana.
O que vem por aí: Apple e TriFold
O mercado deve acelerar de verdade em 2026, e o motivo tem nome: Apple. A expectativa é que a Maçã entre no segmento no segundo semestre de 2026, o que deve impulsionar ciclos de atualização entre usuários premium.
Para não ficar para trás tecnologicamente, a Samsung já começou a se mexer com o lançamento piloto do Galaxy Z TriFold. O objetivo desse modelo de dobra tripla não é vender muito agora, mas validar a durabilidade e o software antes que a concorrência aperte.