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Vale a pena investir mais e comprar um celular top de linha?

Por| Editado por Léo Müller | 21 de Março de 2023 às 17h47

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Ivo Meneghel Jr/Canaltech
Ivo Meneghel Jr/Canaltech

Atualmente, os celulares intermediários trazem grande parte dos recursos que, há poucos anos, eram encontrados somente nos modelos mais avançados. Isso fez com que esses aparelhos atingissem uma excelente relação de custo-benefício. Eles já oferecem ótimo desempenho geral, além de boas câmeras, alta durabilidade e preço em conta.

Mas será que isso tornou os celulares topos de linha desnecessários? Será que ainda vale a pena pagar mais caro por um aparelho premium? Ou será que os intermediários já conseguem suprir todas as nossas necessidades?

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A questão do desempenho

Quando os smartphones surgiram, em meados dos anos 2000, o software era complexo demais para um hardware com tamanho tão reduzido. Essa realidade se manteve por vários anos, já que o software continuou evoluindo para oferecer recursos cada vez mais avançados. E isso continua – e continuará – ocorrendo.

Nesse sentido, o mercado de celulares desenhou segmentos bem delimitados de aparelhos, entre os de entrada, os intermediários e os premium. Naquela época, os celulares mais avançados eram os únicos capazes de oferecer uma usabilidade 100% plena em todos os sentidos. O software era pesado, complexo e pouco otimizado para rodar em dispositivos móveis tão pequenos, principalmente se focarmos nos aparelhos Android.

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Os fabricantes de hardware, por sua vez, ainda estavam se acostumando com o desenvolvimento de componentes de alto desempenho que pudessem combinar boa performance com baixo consumo de energia. Afinal, os celulares são, essencialmente, alimentados por meio de baterias. Isso ainda era um grande dilema, até mesmo no já estabelecido mercado de notebooks.

Do lado dos iPhones, esse problema tinha menor impacto, já que a Apple desenvolveu tanto o software quanto o hardware de seus dispositivos em paralelo. Outro ponto chave é que, entre os iPhone, não há modelos de entrada. Sendo assim, mesmo após anos de lançamento, os modelos antigos continuavam funcionando bem, e recebendo atualizações de software relevantes.

Com o passar do anos, o avanço tecnológico permitiu que os fabricantes de hardware alcançassem novos patamares em termos de desempenho. O software, apesar de ter recebido recursos mais avançados, foi otimizado para rodar em dispositivos cada vez menores, como os vestíveis, por exemplo.

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Isso possibilitou uma “folga de performance” nos aparelhos, de modo que, hoje em dia, um topo de linha de gerações anteriores consegue oferecer o mesmo desempenho geral que um aparelho que acabou de ser lançado. Isso ao menos em tarefas do dia a dia. Por isso, na maior parte dos casos, só conseguimos perceber diferenças reais de desempenho em tarefas mais complexas, que requerem mais tempo para serem executadas, ou também quando muitos aplicativos estão sendo utilizados ao mesmo tempo.

Foi essa folga de performance que permitiu o surgimento de aparelhos intermediários com desempenho suficiente para atender à maioria dos usuários. E isso não deverá mudar tão cedo, a não ser que um novo recurso de software seja tão pesado que, mais uma vez, a usabilidade dos aparelhos seja comprometida.

Quais as vantagens dos aparelhos top de linha?

Se os celulares intermediários já oferecem desempenho ideal para a maioria dos usuários, isso significa que os top de linha são desnecessários, correto? Não necessariamente.

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Os smartphones mais avançados do mercado continuam trazendo recursos premium, que podem, eventualmente, atender a uma demanda específica de parte dos usuários. Essa demanda pode ser uma necessidade real ou, simplesmente, funcionalidades que melhoram a experiência durante o uso do aparelho.

Vejamos algumas vantagens que só os celulares top de linha podem oferecer.

Desempenho de ponta

Apesar de os celulares intermediários oferecerem ótimo desempenho atualmente, de maneira geral, somente os aparelhos high-end chegam ao mercado trazendo componentes de ponta. Esse desempenho extra pode fazer a diferença na abertura e execução de aplicativos que são perceptivelmente pesados, como software de edição de vídeos e imagens, alguns jogos, entre outros.

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O desempenho em multitarefa também é aprimorado, já que nos aparelhos top de linha há menor necessidade de fechar aplicativos de fundo para manter a fluidez na alternância entre os programas abertos.

Isso ocorre, não somente por causa do chipset de última geração, mas também porque os celulares mais avançados são os primeiros a receber novas tecnologias, como memórias e armazenamento mais rápidos. Quanto mais rápido é o drive de armazenamento, menos esforço o processador e a memória RAM do dispositivo precisam fazer para trazer apps do segundo plano para o primeiro. Isso favorece o desempenho geral do aparelho e, em algumas ocasiões, causa menor consumo de energia.

Câmeras mais avançadas

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Atualmente, os aparelhos intermediários já trazem câmeras com ótimo desempenho para a captura de fotos e gravação de vídeos, principalmente em ambientes bem iluminados.

No entanto, há recursos que continuam sendo exclusivos dos modelos top de linha. Um deles é o super zoom, que permite excelente qualidade de imagem, mesmo quando o objeto está muito longe do usuário.

Fora isso, as câmeras dos aparelhos high-end permitem tirar fotos e gravar vídeos com qualidade superior, mesmo no modo automático, ou seja, sem nenhum ajuste por parte do usuário. Isso é facilmente percebido quando as capturas são feitas em ambientes mal iluminados. Outra situação em que os top de linha se sobressaem é durante capturas muito rápidas ou em movimento, que causam fotos tremidas em aparelhos mais simples.

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Nesse sentido, um conjunto de sensores mais avançados, chips mais poderosos, além de software mais refinado, permitem maior rapidez e precisão no pós-processamento em tempo real. E é claro que essas características são disponibilizadas primeiramente nos celulares premium.

A otimização de cena por inteligência artificial se tornou muito popular nos últimos anos. Essa tecnologia permite fotos e vídeos com melhor qualidade, mesmo que sejam utilizados sensores que equipam aparelhos sem recursos de IA. Aqui, mais uma vez, os aparelhos high-end levam vantagem, pois seus chipsets possuem um poderoso núcleo dedicado às tarefas de IA.

Tela de alta qualidade

Embora qualquer celular intermediário tenha tela considerada de boa qualidade, as telas dos aparelhos top de linha ainda se destacam. Não é somente o tipo de painel usado na tela, mas a tecnologia utilizada em sua confecção também influencia.

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As diferenças mais perceptíveis ficam por conta da profundidade de cores, dos níveis de brilho e do tipo de proteção antirrisco escolhido. Telas mais avançadas também consomem menos energia, o que favorece a autonomia do dispositivo.

Conectividade

Aparelhos top de linha têm prioridade ao apresentar novas tecnologias. Muitas delas estão relacionadas à conectividade. Os celulares high-end são os primeiros a oferecer os mais recentes padrões de conexões sem fio, como novas redes móveis, novos protocolos Bluetooth, novos padrões para redes Wi-Fi, entre outros.

Durabilidade

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São os celulares top de linha que também apresentam os recursos mais avançados em relação à durabilidade. Essa característica, inclusive, pode resultar em economia de dinheiro em algumas ocasiões. Raros são os donos de aparelhos mais simples que nunca tiveram o dispositivo inutilizado devido a uma queda ou acidente com líquidos, por exemplo.

Hoje, os intermediários já têm recursos como resistência à água e telas com proteção antirrisco. Mas, obviamente, esses recursos são ainda mais avançados nos celulares premium.

Produtividade

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A produtividade em dispositivos móveis é um tanto subjetiva. Tem usuário que consegue fazer em um celular intermediário o mesmo que outro faria em um top de linha.

No entanto, para usuários específicos, recursos especiais como telas dobráveis e canetas stylus inteligentes podem fazer diferença. Por enquanto, só temos essas funcionalidades em aparelhos premium.

Celulares intermediários já são bons o bastante?

Atualmente, os celulares intermediários já trazem recursos que suprem as necessidades da maioria dos usuários. Eles são finos, têm boa construção, design interessante, funcionalidades relativamente avançadas, boa durabilidade, boas câmeras, boa autonomia de bateria e até carregamento ultrarrápido.

No entanto, observamos uma estagnação nesse segmento, que está intimamente ligada à falta de inovação nos modelos mais avançados.

Por mais que chipsets poderosos sejam lançados a cada ano, o funcionamento de um celular não se limita ao – alto – poder de processamento. No quesito câmeras, por exemplo, as mudanças são sutis quando comparamos modelos de diferentes gerações. Os principais aprimoramentos são relacionados a capturas específicas, pouco exploradas por usuários comuns.

Tecnologias associadas à velocidade de dispositivos de armazenamento, memórias RAM e baterias não mudam com tanta frequência. Isso faz com que tenhamos novos aparelhos intermediários muito parecidos com o de gerações anteriores.

O fato é que o mercado de smartphones parece ter atingido um limite de evolução que impacta, principalmente, os aparelhos com a melhor relação de custo-benefício. Esse, talvez, seja o motivo pelo qual alguns intermediários tragam características como carregamento ultrarrápido, baterias com capacidade tão acima da média e conector para fones de ouvido. Essas são funcionalidades que ainda funcionam como diferenciais para muitos usuários.

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