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Samsung deve dobrar produção de chips Exynos e controlar impactos da escassez

Por| Editado por Wallace Moté | 18 de Outubro de 2021 às 13h50

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A Samsung não vai desistir de investir nos seus próprios chipsets, e o Exynos 2200 deverá ser apresentado junto aos Galaxy S22. Porém, a empresa tem sonhos maiores para sua linha de semicondutores: para 2022, a ideia seria reduzir ainda mais sua dependência da Qualcomm, e chegar perto de pelo menos metade dos seus produtos com um SoC proprietário.

Isso talvez desagrade à dona do Snapdragon, que poderá publicar uma provocação no Twitter. A sul-coreana teria resolvido seu maior problema interno, o superaquecimento causado pela conectividade 5G em seus aparelhos, por isso estaria pronta para aumentar a produção dos componentes Exynos expressivamente.

Segundo relatos da indústria, a Samsung pode aumentar o número de celulares com a solução própria de 20% para algo entre 40% e 60%. Se isso se provar correto, a empresa no mínimo dobraria a participação dos seus chips dentro dos seus produtos, o que não é pouca coisa: falamos da maior fabricante de smartphones não apenas Android, como de celulares em geral, do mundo.

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Para alcançar essa possível meta, a Samsung estaria ampliando parcerias de testagem, montagem e produção de substratos. Fabricantes da cadeia produtiva estariam investindo pesado para conquistarem contratos durante essa expansão da área de semicondutores. Hana Micron e Nepes Ark seriam as mais interessadas, e graças a isso a marca não deverá encontrar dificuldades logísticas para alcançar o número de parceiros necessários para essa nova estratégia.

Caso consiga pelo menos dobrar a produção dos SoCs Exynos, no cenário mais otimista a Samsung pularia para uma participação de 14% no mercado de chips. Ainda ficaria razoavelmente atrás da Qualcomm, que detém hoje 24% segundo dados da Counterpoint Research. A maior distribuidora atualmente é a MediaTek, que graças aos celulares chineses conseguiu saltar de 25% para 43% de marketshare em um ano.

Foco nos mais baratos  

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Se engana, porém, quem pensa que a sul-coreana investirá pesado nos SoCs de alto desempenho: a ideia, nesse primeiro momento, seria aumentar expressivamente a participação do Exynos nos mercados de entrada e de intermediários. Isso serviria para a empresa diminuir sua dependência de agentes externos e preços flutuantes em tempos de escassez no mercado de semicondutores. Consumidores que procuram flagships, por exemplo, estão naturalmente dispostos a pagar mais pelos dispositivos. Quem procura economia, não.

Com o plano em execução, a empresa aumentaria a distribuição de celulares em números entre 50 e 60 milhões. Assim, ela pretenderia alcançar a produção de 320 milhões de aparelhos em 2022.

Galaxy S22 com GPU AMD

A mesma fonte que oferece as pretensões da Samsung para os chips Exynos crava também que o Exynos 2200 chegará mesmo com GPU da AMD. Um produto fruto desta parceria é aguardado há muitos meses, já que deve melhorar a performance gráfica pela expertise da fabricante de placas de vídeo.

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Aliás, o SoC poderia ser anunciado em janeiro com “o próximo produto flagship” da marca. Ou seja, é provável que a família Galaxy S22 chegue no começo do ano que vem, com um chip em processo de 5 nanômetros, mais eficiente energeticamente, menos problemático para 5G, e com uma GPU que poderá ser divisora de águas.

Fonte: ET News