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Raio-X do Pixel 4 revela dois novos chips e o sistema de radar Soli

Por| 25 de Outubro de 2019 às 19h30

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Toda vez que uma gigante da tecnologia lança um smartphone premium com diferentes recursos, nunca “entrega o jogo” com todos os detalhes dos componentes presentes no hardware. O site iFixit, então, faz o trabalho de desmontar cada peça do dispositivo para identificar o que é responsável pelas funcionalidades do telefone. O teardown do Pixel 4 XL revela dois interessantes novos chips e a composição do tão comentado radar Soli.

O interior do Pixel 4 XL é bem diferente do Pixel 3 XL, que tinha uma bateria mais “gordinha”, com a maioria dos chips na parte superior. O novo carro-chefe do Google traz uma bateria mais alta e fina, com vários componentes do lado direito. O motivo da mudança é, provavelmente, a saída do leitor de impressões digitais, que ficava na traseira e exigia um posicionamento rigoroso.

O primeiro destaque nesse “raio-x” é o radar Soli, com sensores responsáveis por detectar volume, distância e movimentos — o que torna o reconhecimento de gestos mais poderoso, preparado para receber comandos aéreos. O conjunto fica em um pequeno quadrado com quatro minúsculos retângulos, sem partes móveis.

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O painel OLED de 90 Hz, como muitos já sabiam, é fabricado pela Samsung — é o mesmo fornecido para a OnePlus, nos modelos 7 Pro e 7T. Isso chega a ser curioso, pois a Sammy não usou essa tecnologia de ponta no Galaxy Note 10 e talvez também não ofereça no Galaxy S11, enquanto os concorrentes chineses e norte-americanos montam seus flagships com uma especialidade da sul-coreana.

Outra novidade é kit de desbloqueio facial, disposto da mesma forma que uma foto já mostrava em uma divulgação da própria companhia.

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Surpresas interessantes

O pessoal do iFixit descobriu um chipset de áudio quad-core Knowles 8508A, que parece ajudar com todo o processamento de voz sem uso de nuvem, apenas com os recursos locais — o Google Assistente de próxima geração, o novo aplicativo de gravação vocal e o recurso de legenda ao vivo dependem disso. Este chip usa arquitetura ARM Cortex M4 e uma coleção de chips para processamentos digitais.

O Google não havia detalhado isso nas especificações, apenas chamou de “Pixel Neural Core”, o único componente desenvolvido pela própria companhia no Pixel 4. O “Pixel Neural Core” não seria apenas um chip e sim um mecanismo acionado por um conjunto de peças otimizado com software de aprendizado de máquina.

Outro chip misterioso do "Pixel Visual Core" é um componente desconhecido na memória RAM da Samsung que fica na placa-mãe, além da RAM do sistema. Nos smartphones, a RAM geralmente é empilhada em cima de um SoC, então o iFixit especula que há um segundo chip escondido sob essa RAM. O site observa que há "um grande 'P'" nessa peça, indicando, talvez, que "Pixel Neural Core" possui um chip principal.

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No que diz respeito à reparabilidade, o iFixit elogia o uso de fixadores Torx padrão e adesivo de bateria de liberação elástica, mas alerta que para consertar o Pixel 4 XL é preciso contornar um painel colado na traseira, o que dificulta a substituição. Com a parte da frente e de trás revestida por vidro, há mais riscos de danos causados por queda — por isso, o medidor de reparos fica com nota 4 de 10.

Fonte: iFixit, via Ars Technica