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Preço médio dos celulares teve alta no 2º tri, apesar de setor em baixa

Por| 29 de Setembro de 2020 às 15h30

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Daniel Romero/Unsplash
Daniel Romero/Unsplash

Entre abril e junho deste ano, período marcado pelo fechamento de muitos mercados ao redor do mundo, as vendas de smartphones tiveram uma queda recorde de 23%, a pior da história, segundo dados da consultoria de mercado Counterpoint Research. No entanto, curiosamente o preço médio dos celulares sofreu alta de 10% no segundo trimestre, embora a receita total tenha caído 15% em comparação com ano passado.

China e o impulsionamento do 5G

A China representou o maior aumento (13%) no preço médio dos smartphones entre abril e junho deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. A implementação do 5G no país neste ano foi o principal responsável por isso: os chineses concentraram 72% da receita global com a venda de celulares.

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Sozinha, a China também foi responsável por 34% do valor arrecadado na venda de smartphones em todo mundo, o mais alto desde 2016, segundo a Counterpoint. Isso se deu porque o país, um dos primeiros a interromper suas atividades econômicas devido à pandemia de COVID-19, também foi uma das primeiras potências a reabrir o comércio, enquanto outros mercados ainda continuavam fechados.

Além disso, nesse período, a Huawei foi a principal representante do país, inclusive fechando o segundo trimestre de 2020 como a maior fabricante de celulares do mundo com 55,8 milhões de aparelhos distribuídos.

Foco nos topos de linha

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Apesar de a Huawei ter fechado o segundo trimestre deste ano na ponta, foi a Apple quem arrecadou mais no período. De acordo com a consultoria, o segmento topo de linha sofreu a menor queda (8%) em comparação com outros segmentos durante a pandemia, sendo a Maçã uma das únicas a registrar aumento de receita no período (3%).

Como podemos observar no gráfico acima, a Apple abocanhou 1/3 da receita total da venda de smartphones, impulsionada pelo mercado topo de linha, seguida por Huawei, com 20%, de qual grande parte decorrente dos aparelhos 5G vendidos na China, e Samsung, com 17%.

Os resultados da Samsung fazem muito mais sentido quando olhamos para sua minúscula participação no mercado chinês, além de que seus smartphones intermediários vendem muito mais que os modelos de ponta. Vale lembrar, também, que a companhia sofreu com o fechamento do comércio devido à pandemia, principalmente nos EUA e na Europa.

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Fonte: Counterpoint Research