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iPhone tá caro? Veja como a Apple define os preços dos celulares

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Victor Lenze/Canaltech
Victor Lenze/Canaltech
iPhone 17

O lançamento da linha iPhone 17 também trouxe algumas reações de espanto após a revelação dos preços para o mercado brasileiro, que podem chegar a R$ 18,5 mil. Existem alguns motivos que explicam os valores cobrados pelos smartphones da Apple, incluindo fatores como o custo de produção, de transporte, impostos e mais.

Por que o iPhone é tão caro?

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Historicamente, a linha iPhone sempre contou com alguns dos celulares mais caros no Brasil e no mundo. Um dos aspectos associados a este fenômeno é o próprio preço de produção do dispositivo.

De acordo com estimativas do portal MacWorld, o próprio iPhone 16 teve um aumento de US$ 21 (cerca de R$ 111 em conversão direta), ou 5%, no seu custo de produção. Ainda não foram divulgadas estimativas para a linha iPhone 17, dado seu lançamento recente.

Veja abaixo os componentes que mais pesam na hora de montar um iPhone 16, e suas respectivas proporções do custo total:

  • Tela e tecnologia touchscreen: US$ 65 (~R$ 344), 16% do total;
  • Montagem e outros custos: US$ 57 (~R$ 302), 14% do total;
  • Câmeras traseiras: US$ 46 (~R$ 244), 11% do total;
  • Processador: US$ 45 (~R$ 238), 11% do total.

Para montar um iPhone por completo, estima-se que a Apple gaste cerca de US$ 416, ou R$ 2.203 em conversão direta. Embora seja mais que o cobrado nas lojas por diversos smartphones intermediários, o valor representa menos da metade do preço de venda, que fica a partir de US$ 799 (~R$ 4.233) nos Estados Unidos.

No entanto, existem outros fatores além do custo de produção que definem o preço de um iPhone. Veja abaixo os principais deles:

  • Poder de mercado: a Apple é a única empresa no mundo que vende o iPhone, e por isso tem poder para definir o preço “que quiser”, de acordo com seus critérios internos. É diferente do ecossistema Android, em que marcas como a Samsung, Xiaomi e diversas outras podem competir para entregar celulares melhores com preços mais baixos;
  • Pesquisa e desenvolvimento: desenvolver inovações para os celulares novos é um processo que custa tempo e exige investimentos altos, que também são contabilizados em parte no preço final do dispositivo;
  • Assistência e software: a manutenção de uma rede de assistência técnica e atualizações de software para os celulares também são operações custosas para a Apple, e parte desse preço é repassado para o consumidor;
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A questão do iPhone no Brasil

Para além dos fatores internos e controlados pela Apple, também existem os aspectos externos que aumentam o preço do iPhone. Eles incluem a política de impostos de cada país, um fator que se mostra preponderante para entender o valor cobrado no Brasil. 

Segundo estimativas citadas por João Rego, professor de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao jornal Valor Econômico, os impostos podem encarecer o preço do iPhone em até 40%, considerando tributos federais e estaduais, além de taxas de importação.

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Além disso, o país também apresenta algumas desvantagens associadas à logística. Embora exista a produção nacional de iPhone no estado de São Paulo, as peças utilizadas vêm de fornecedores internacionais, o que ainda incide em riscos associados à taxa de câmbio e impostos de importação.

Mesmo em momentos de câmbio valorizado, a Apple não adota politicas de redução de preço do iPhone com base nesse aspecto. Os valores só caem nas varejistas devido ao passar do tempo e perda do “efeito novidade” dos celulares.

Soma-se a isso a grande extensão do território brasileiro, e a necessidade de custos extras de transporte (como seguros sobre cargas de alto valor), e o preço do iPhone tende a ficar nas alturas.

O preço do iPhone 17 subiu?

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Diferentemente do que se previa antes do lançamento da linha iPhone 17, a implementação de novas tarifas por parte dos Estados Unidos ainda não teve um efeito significativo no preço dos iPhones. Os valores subiram no Brasil, mas de forma considerada tímida.

O preço que mais chamou a atenção foi o do iPhone 17 Pro Max de 2 TB, que chega a R$ 18,5 mil. No entanto, não há uma base de comparação direta com a geração passada, já que esteve limitada ao armazenamento de 1 TB.

Em versões com menos espaço, e que permitem a comparação direta com a linha iPhone 16, as variações foram as seguintes:

  • iPhone 17 (256 GB): R$ 7.999, redução de R$ 600;
  • iPhone 17 (512 GB): R$ 9.499, redução de R$ 600.
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  • iPhone 17 Pro (256 GB): R$ 11.499 aumento de R$ 200;
  • iPhone 17 Pro (512 GB): R$ 12.999 aumento de R$ 200;
  • iPhone 17 Pro (1 TB): R$ 14.499 aumento de R$ 200.
  • iPhone 17 Pro Max (256 GB): R$ 12.499, preço mantido;
  • iPhone 17 Pro Max (512 GB): R$ 13.999, preço mantido;
  • iPhone 17 Pro Max (1 TB): R$ 15.499, preço mantido.

Qual é o iPhone mais caro do mundo?

Assim como ocorreu em lançamentos mais recentes de iPhone, o Brasil mostrou o segundo maior preço para os modelos apresentados, considerando apenas a conversão direta entre moedas globais. 

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O primeiro lugar fica com a Turquia, onde o iPhone 17 mais barato sai pelo equivalente a R$ 11.658, ou seja, 46% mais caro que o aparelho vendido no Brasil por R$ 7.999. 

Veja abaixo os países com maiores preços para o iPhone 17, em valores convertidos para o real:

  •     🇹🇷 Turquia — R$ 11.658,85;
  •     🇧🇷 Brasil — R$ 7.999,00;
  •     🇳🇴 Noruega — R$ 5.884,55;
  •     🇫🇮 Finlândia — R$ 5.706,99;
  •     🇩🇰 Dinamarca — R$ 5.690,24;

O iPhone é o celular mais caro do Brasil?

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Se antigamente era certo que o iPhone seria o celular mais caro vendido no Brasil, esse posto passou a ser ocupado pelas marcas chinesas. Ao longo dos últimos 12 meses, a chegada de dobráveis de empresas como a Honor e a Huawei mudou a realidade desse ranking indesejável.

O Huawei Mate XT, um celular dobrável triplo, é o modelo mais caro do país. Ele custa nada menos que R$ 32.999 — 78% mais caro que um iPhone 17 Pro Max de 2 TB.

Outro representante salgado da Huawei é o Mate X6, que tem preço sugerido de R$ 22.999 (24% maior que o 17 Pro Max de 2 TB), enquanto o Honor Magic V3 sai por R$ 19.999 (8% mais caro).

Até mesmo a Samsung, principal rival da Apple, passou a oferecer celulares com preços neste patamar. É o caso do Galaxy Z Fold 7, que pode custar até R$ 16.599. O Galaxy S25 Ultra, atual rival dos novos iPhones, foi lançado por R$ 14.999.

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