iPhone Mini vai voltar? Entenda porque todo celular pequeno acaba fracassando
Por Renato Moura Jr. • Editado por Léo Müller |

Quando o iPhone 12 Mini foi lançado em 2020, a Apple parecia ter encontrado uma boa resposta para um nicho de usuários que desejava smartphones mais compactos, leves e confortáveis de usar com uma mão.
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O modelo de 5,4 polegadas resgatava a sensação dos antigos iPhones clássicos, como o 5s e o SE original, e atendia quem queria fugir de telas grandes.
No entanto, poucos anos depois, a linha iPhone Mini foi descontinuada silenciosamente, deixando claro que, na prática, celulares pequenos não conseguem mais conquistar o grande público.
Por que esse tipo de aparelho acaba fracassando, mesmo com tanta nostalgia envolvida? Nesta matéria, avaliamos os possíveis motivos. Confira:
Preferência por telas grandes e mais bateria
O primeiro ponto que explica o fracasso de celulares compactos é o comportamento do consumidor moderno.
Hoje, os smartphones são usados para streaming de vídeos, redes sociais, jogos, videochamadas e multitarefa – atividades que se beneficiam de telas grandes.
Modelos como o iPhone Mini, embora práticos, oferecem menos área útil para consumo de mídia, tornando-se menos atrativos para quem passa horas no YouTube, TikTok ou jogando no celular. Além disso, tamanho reduzido significa bateria menor.
Esse foi um dos maiores problemas apontados pelos donos do iPhone Mini: mesmo com otimizações de software, o aparelho não conseguia competir em autonomia com os modelos maiores, como o iPhone 12 ou 13 tradicionais.
Para muitos usuários, ter de carregar o celular mais de uma vez por dia anulava o conforto do design compacto.
Preço alto e custo-benefício limitado
Outro fator que contribuiu para o fim da linha Mini foi sua precificação no mercado. Além de menor e com algumas limitações técnicas, o modelo ainda tinha um valor elevado, próximo ao de aparelhos mais completos e com telas maiores.
No Brasil, ele foi lançado por R$ 6.999 – isso na sua versão mais básica, que tinha apenas 64 GB de armazenamento.
Para o consumidor médio, investir em um celular caro que oferece menos bateria e menos tela parecia pouco vantajoso, principalmente em mercados como o brasileiro, onde o custo de um iPhone é ainda mais proibitivo.
Além disso, fabricantes de smartphones Android já vinham abandonando o segmento de celulares compactos justamente pela baixa demanda.
Modelos menores que 6 polegadas se tornaram raros e, quando existiam, ficavam restritos a linhas intermediárias ou de entrada, reforçando a ideia de um produto ultrapassado.
O futuro dos celulares compactos
Hoje, a tendência dos smartphones compactos foi convertida em uma característica inusitada: celulares mais finos.
Todas as principais fabricantes do momento têm apostado em modelos com espessura mínima – e tudo indica que a Apple também tem preparado algo para competir na categoria.
Segundo rumores, a gigante norte-americana estaria planejando lançar um novo modelo de iPhone chamado iPhone 17 Air, cuja proposta é ser ultrafino assim como o Galaxy S25 Edge da sua principal concorrente.
A história do iPhone Mini é um exemplo claro: a nostalgia e a praticidade não foram suficientes para vencer as exigências modernas de consumo de mídia, desempenho e duração de bateria.
Até que a tecnologia permita unir tamanho reduzido com grande autonomia e preço competitivo, os celulares compactos seguirão extintos no mercado.
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