iPhone 13 vendido no Brasil é mais uma vez o mais caro do mundo
Por Renan da Silva Dores • Editado por Wallace Moté |
Após inúmeros rumores, a Apple anunciou nesta terça-feira (14) a aguardada família iPhone 13. Munida do novo processador A15 Bionic, os aparelhos prometem ser até 50% mais potentes que os concorrentes, enquanto oferecem "experiência cinematográfica" nas câmeras, maior autonomia de bateria e um visual mais moderno, com entalhe 20% menor.
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Todas essas melhorias não chegaram a causar impacto no preço nos EUA, por exemplo, e até mesmo representaram uma queda de R$ 500 no preço oficial praticado no Brasil. Mesmo assim, sem grandes surpresas, o iPhone 13 brasileiro segue líder como o mais caro do mundo, como revelam levantamentos do site Nukeni e do site brasileiro de descontos Picodi.com.
iPhone 13 brasileiro é mais caro do mundo
A pesquisa realizada pelo Nukeni, com os quatro modelos de iPhone 13 em todas as configurações de armazenamento, revela que o mercado brasileiro segue oferecendo o iPhone mais caro do mundo. A liderança é por vezes compartilhada com a Turquia, mas o Brasil ainda mantém os valores mais altos na maioria dos casos, especialmente nos modelos com maior capacidade de armazenamento.
Tomando como referência as versões base de 128 GB, o iPhone 13 mini brasileiro é vice-líder, custando R$ 6.599, ou cerca de US$ 1.256. Na líder Turquia, o celular compacto da Apple é vendido pelo equivalente a R$ 6.835, ou algo em torno US$ 1.300. Do lado oposto, também sem causar surpresas, os EUA oferecem o iPhone 13 Mini mais barato, por US$ 729, ou R$ 3.828. O país é seguido de perto por Hong Kong, que vende o aparelho por US$ 771, ou cerca de R$ 4.050.
O Brasil assume a liderança do alto custo com o iPhone 13 tradicional, vendido por R$ 7.599, ou US$ 1.446, seguido pela Turquia, que vende o telefone por R$ 7.457, ou US$ 1.419. O iPhone 13 mais barato é novamente dos EUA, com preço de US$ 829, ou R$ 4.353, com Hong Kong na vice-liderança, vendendo o iPhone 13 por US$ 874, ou R$ 4.590.
É na Turquia que o iPhone 13 Pro mais caro do mundo é vendido, por R$ 9.943, ou US$ 1.893, enquanto o Brasil é vice-líder, vendendo o aparelho por R$ 9.499, ou US$ 1.808. O mais barato é mais uma vez dos EUA, custando US$ 999, ou R$ 5.246, seguido de Hong Kong, com preço de US$ 1.092, ou R$ 5.740.
Por fim, o iPhone 13 Pro Max mais caro também é turco, tendo preço sugerido de R$ 11.186, ou US$ 2.130, com o Brasil novamente ocupando a segunda posição, vendendo o celular por R$ 10.499, ou US$ 2.000. O modelo mais barato é dos EUA, custando US$ 1.099, ou R$ 5.771, junto ao de Hong Kong, com preço de US$ 1.210, ou R$ 6.350. Você pode conferir a lista completa com os valores de todos os modelos em diferentes países neste link, lembrando que em alguns países os impostos são incluídos no ato da compra, aumentando o valor sugerido pela empresa.
Preço do iPhone 13 Pro no Brasil equivale a quase 4 meses de trabalho
Paralelo a isso, tomando como base o iPhone 13 Pro de 128 GB, o site Picodi.com realizou um levantamento em que definiu quantos dias de trabalho são necessários para que um usuário consiga pagar o novo iPhone. O portal utilizou os valores oficiais do aparelho, bem como os dados de salário médio divulgados por ministérios ou escritórios de estatística de cada país, e considerou 21 dias úteis como média.
Segundo a pesquisa, um brasileiro interessado no lançamento da Apple teria de trabalhar 79,2 dias, o equivalente a quase 4 meses, considerando apenas os dias úteis. Apesar de ainda representar um período exageradamente prolongado, especialmente quando consideramos que um usuário dos EUA teria de trabalhar apenas 6 dias, o número mostra uma evolução ao representar uma queda de 4 dias em comparação aos 83,3 dias do iPhone 12 Pro em 2020.
Detentora do iPhone 13 Pro mais caro do mundo, a Turquia curiosamente encontra-se em uma situação ainda mais delicada que o Brasil — por lá, interessados no aparelho precisariam trabalhar 92,5 dias, ou quase 4 meses e meio para conseguir adquiri-lo. A vice-liderança fica com as Filipinas, com 90,2 dias, em virtude do salário médio significativamente mais baixo, mesmo que os preços dos iPhones estejam mais próximos dos EUA.
Fonte: 9to5Mac, Picodi.com