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Huawei cai e Oppo toma a liderança no maior mercado de celulares do planeta

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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A Huawei preservou sua liderança solitária no mercado chinês de smartphones por muito tempo, mesmo após as primeiras sanções impostos pelo governo estadunidense, em 2019. Em 2020, a companhia se manteve próxima dos 40% de fatia do mercado na China, país onde mais se vende celular em todo o planeta. Agora, um relatório divulgado pela Couterpoint mostra que a gigante caiu para a terceira posição, cedendo o primeiro lugar para a Oppo em janeiro de 2021.

É a primeira vez que a fabricante alcança a liderança no mercado local. Para isso, precisou acumular cerca de 21% de fatia do mercado e estar bem apertada com a Vivo, que domina cerca de 20% do segmento — vale ressaltar, tanto Oppo quanto Vivo pertencem à chinesa BBK Electronics. Logo abaixo, com 16%, está posicionada a Huawei, bem próxima da Apple e Xiaomi.

Embora previsível, tamanha queda não era esperada para a Huawei. No segundo trimestre de 2020, a gigante chinesa tomou 46% do mercado, valor que pouco se alterou nos próximos meses e só foi ver uma queda significativa nos últimos momentos de 2020. A perda da Huawei foi distribuída entre seus concorrentes, e ela segurou apenas 30% de market share.

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A redução vertiginosa no domínio do mercado local é uma evidente consequência da venda da submarca Honor. Ao perder a linha, a marca renunciou aos louros dos aparelhos da subsidiária. Além disso, a marca encara uma severa escassez de componentes provocada pelas sanções comerciais norte-americanas. Dessa queda, o domínio da Huawei foi dissolvido entre as demais grandes fabricantes do país. A Oppo abocanhou boa parte das vendas offline, enquanto a Xiaomi se sobrepôs no mercado digital.

Liderança sem deméritos

Ainda que tenha surfado na queda da Huawei, a Oppo não chegou ao topo do podium sem conquistar o público chinês. Parte do sucesso pode ser atribuído ao lançamento dos novos Oppo Reno 5, lançado mais barato que o antecessor e significativamente superior em praticamente todos os aspectos.

O lançamento tomou o mercado intermediário deixado pela Huawei e sinalizou à Oppo que pode direcionar seus lançamentos ao mercado topo de linha. Além disso, o ganho de mercado dá espaço para expansões comerciais, portanto, a marca pretende levar seus lançamentos para a Europa Oriental e preservar a presença dos seus celulares mais acessíveis em mercados emergentes.

A Oppo não descarta lançar celulares em formatos mais ousados, como os de tela “enrolável”. Contudo, ainda não há informações relacionadas a esse tipo de lançamento da companhia. Com tamanho crescimento, resta torcer para que a Oppo introduza mais dos seus lançamentos no mercado brasileiro — mas ainda não há datas para isso acontecer.

Fonte: Counterpoint