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Google Pixel Fold tem dobradiça como culpada pelas bordas polêmicas

Por  • Editado por Wallace Moté | 

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Reprodução/Google
Reprodução/Google
Pixel Fold

Estrela do Google I/O realizado na última quarta-feira (10), o Pixel Fold ganhou novos detalhes que esclarecem alguns dos detalhes mais curiosos do dobrável, graças a postagens do YouTuber Michael Fisher. Após conversar com representantes da gigante das buscas, o criador de conteúdo descobriu, entre outras coisas, que a dobradiça seria a principal culpada pela grandes bordas ao redor da tela flexível, além de ser uma das responsáveis pelo dispositivo não "ser 100% reto" quando está aberto.

Primeiro celular dobrável da companhia, o Pixel Fold chamou atenção por ser o primeiro competidor ocidental de peso para o Galaxy Z Fold que, apesar de ter rivais vindos da China superiores em alguns aspectos, mantinha-se como o único com alcance verdadeiramente global. A proporção mais larga e o software polido do Google foram outros pontos fortes. Dito isso, também tivemos destaques negativos, incluindo bordas marcadas na tela dobrável e, o mais preocupante, o formato que não permanecia reto ao estar aberto.

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Aproveitando o evento, Michael Fisher conversou com representantes da empresa para esclarecer esses pontos — ao que parece, a dobradiça peculiar seria a responsável por ambos. O novo Pixel dobrável traz estrutura em aço inoxidável, em vez do mais comum alumínio, e uma dobradiça "de alta fricção", cujas peças estão concentradas no topo e na base do display. Além de deixar a maior parte do painel sem apoio, e permitir seu posicionamento em qualquer ângulo, a aposta possibilitou que o aparelho fosse muito fino, chegando aos 5,8 mm de espessura quando aberto.

Há, porém, os pontos negativos: para conseguir deixar o Pixel Fold reto (ou quase reto, já que o grande módulo de câmeras impede a abertura completa), o usuário precisa fazer mais força. Fora isso, o vinco da dobra acaba sendo mais pronunciado que o de outros dobráveis que flexionam o display em formato de gota, justamente por não haver apoio. Fisher chega a descrever esse vinco como um meio termo entre os modelos chineses e o Galaxy Z Fold.

Mais interessante, a concentração dos mecanismos nos dois extremos da tela levaram a fabricante a utilizar as grandes bordas internas — o Google garante que não seria possível criar um painel simétrico caso decidissem manter as bordas finas. A proposta chega a lembrar o Surface Duo, que enfrentou uma situação parecida, apesar do smartphone da Microsoft embarcar duas telas separadas.

Por fim, uma das maiores surpresas, a certificação IPX8 de resistência à água teria sido obtida por uma decisão engenhosa de design: cada metade do telefone é quase independente, assim como a região da dobradiça, que pode ter contato com a água sem problemas. Resta apenas saber se a gigante implementou algum método para impedir que poeira e outros detritos entrem no celular e causem danos, algo que a Samsung já faz usando pequenas escovas.

Com lançamento previsto para junho, o Google Pixel Fold promete ser uma espécie de guia para o mercado de dobráveis, tanto pela construção, como especialmente pelo software. O dispositivo traz as mesmas especificações do Pixel 7 Pro, incluindo chip Tensor G2 e 12 GB de RAM, e tem o conjunto encorpado de câmeras, além de novas funcionalidades que utilizam as duas telas, como os pontos mais fortes.

A má notícia é que a brincadeira será cara: US$ 1.799 (~R$ 8.880), mesmo preço de lançamento do Galaxy Z Fold 4, e um tanto salgado considerando as limitações de performance e design frente ao concorrente da Samsung. Vai ser preciso aguardar para sabermos se o Google convenceu os usuários a gastar tanto. Como é costume em aparelhos mais premium da marca, o Pixel Fold não deve ser trazido ao Brasil.

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Fonte: Michael Fisher, via PhoneArena