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Galaxy S21 FE chegou "no tempo certo" e S22 FE pode chegar mais cedo

Por| 13 de Janeiro de 2022 às 17h00

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Pedro Cipoli/Canaltech
Pedro Cipoli/Canaltech

A Samsung apresentou o Galaxy S21 FE ao mundo no início deste mês de janeiro, e lançou o dispositivo em solo brasileiro no último dia 11, mesma data em que sua venda começou no mercado internacional. Para entender um pouco mais sobre seu projeto e o que o consumidor brasileiro pode esperar do celular, o Canaltech conversou com Renato Citrini, Diretor de Marketing de Produtos da Samsung.

Dentre os assuntos abordados temos a resistência do público aos chipsets Exynos, alterações feitas no Galaxy S21 FE em relação ao Galaxy S21 tradicional, a polêmica retirada de acessórios da caixa para se encaixar na nova "visão de sustentabilidade" da Samsung, desafios para vender o novo celular em um mercado cada vez mais competitivo, e possíveis alterações no cronograma da família Fan Edition.

Resistência ao Exynos

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Um dos pontos mais comentados a cada novo lançamento de celulares top de linha da Samsung é a presença de uma plataforma Exynos ou Snapdragon em seu interior, sendo nítida a preferência de parte dos consumidores — e dos leitores do Canaltech — pelos chipsets da Qualcomm.

Isso se potencializou em 2020 com a chegada do Galaxy S20 com Exynos ao Brasil, especialmente pela diferença notável na eficiência energética do Exynos 990 em comparação com o Snapdragon 865, presente nos modelos vendidos em mercados como Estados Unidos e China.

Com a geração Galaxy S21, porém, a Samsung retomou o caminho certo e realizou grandes melhorias em sua plataforma, deixando o Exynos 2100 em um nível mais similar ao Snapdragon 888.

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De acordo com Renato Citrini, a tendência é que a resistência do público caia cada vez mais conforme a própria Samsung siga mostrando o potencial de seus chipsets frente ao que é entregue pela concorrência, e siga entregando funcionalidades e diferenciais cada vez melhores, independente do chip utilizado.

Além disso, a ideia de usar o Exynos 2100 no Galaxy S21 FE partiu do conceito de manter uma experiência homogênea entre todos os modelos da família. Como o Galaxy S21 foi lançado no Brasil com o Exynos 2100, optou-se por lançar o Galaxy S21 FE com o mesmo chipset.

Não é o Brasil que está recebendo o Exynos 2100, o mundo está recebendo o Exynos 2100. São países específicos que recebem outra versão por questão de logística e demanda, como Estados Unidos e China. Dá pra contar no dedo. No final não faz diferença prática para o consumidor, que terá experiência de altíssima performance independente do processador.— Renato Citrini, Diretor de Marketing de Produtos da Samsung

Diferenças entre Galaxy S21 e Galaxy S21 FE

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O Galaxy S21 FE tem muitos pontos em comum com o Galaxy S21, algo feito propositalmente pela Samsung para entregar uma experiência muito próxima em termos de funções nos dois aparelhos.

Por outro lado, algumas mudanças chamam atenção, como a troca de um sensor de 64 MP com aproximação por software por um de 8 MP com zoom óptico de 3x, câmera frontal que sai de 10 MP para 32 MP, tela que passa de 6,2 para 6,4 polegadas, e bateria que passa de 4.000 para 4.500 mAh.

De acordo com Renato Citrini, as alterações foram feitas com base no feedback dos próprios usuários — e daí o nome Fan Edition —, tanto da linha Galaxy S21 quanto do Galaxy S20 FE. Com isso, o Galaxy S21 FE busca agradar quem quer tela um pouco maior, bateria maior e melhores selfies.

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No caso da troca do zoom digital/híbrido por um zoom óptico propriamente dito, mas com sensor inferior, Citrini comenta que foi uma troca feita para manter o equilíbrio de preço do produto, oferecendo um sensor melhor na câmera frontal que se mostrou mais interessante aos usuários.

A gente traz uma resolução maior para a câmera de selfies, que agora é de 32 MP enquanto no S21 e S21 Plus era de 10 MP, e aí a traseira que no S21 e S21 Plus tinha 64 MP e contava com inteligência artificial para fazer o zoom híbrido passa a ter uma câmera mais convencional com zoom óptico de 3x e híbrido de 30x no Galaxy S21 FE, mas com resolução menor. — Renato Citrini, Diretor de Marketing de Produtos da Samsung

Caixa de venda cada vez mais vazia

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Outro ponto recorrente de críticas desde que foi comentado pela primeira vez é a ausência de carregador e fone de ouvido na caixa dos aparelhos, algo que foi inaugurado pela Apple e prontamente seguido pela Samsung, independente das repercussões negativas.

Segundo Renato Citrini, a ação faz parte da "visão de sustentabilidade para dispositivos móveis Galaxy for the Planet", onde a Samsung busca "agir de forma mais sustentável em todo o ciclo de vida dos seus dispositivos móveis e operações de negócios", com metas traçadas até 2025 para "reduzir sua pegada ambiental e diminuir o esgotamento de recursos desde a produção até o descarte dos seus produtos Galaxy".

Dentre as metas anunciadas estão incorporar material reciclado em todos os novos produtos móveis até 2025, eliminar todos os plásticos das embalagens de dispositivos móveis até 2025, reduzir o consumo de energia no modo de espera de todos os carregadores de smartphone para menos de 0,005W até 2025 e atingir zero descarte em aterros até 2025.

A Samsung teria levado em conta o comportamento do consumidor de seguir usando o carregador que já possui ao adquirir um celular novo, além dos avanços em recarga wireless — onde os carregadores já eram vendidos separadamente. Além disso, no Brasil a marca optou por seguir oferecendo o carregador a quem se interessar, sendo necessário acessar o site Samsung Para Você em até 30 dias após a compra para pedir o acessório sem custos.

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Ainda assim, Citrini acredita que isso só será necessário durante o chamado "período de transição", em que alguns dos consumidores ainda não se adaptaram à nova realidade.

O que a gente tem feito aqui no Brasil é dar essa opção, meio que fazer um período educacional de transição. Está vindo sem o carregador mas se você realmente quer a gente está disponibilizando, você entra lá no site e resgata que vai para sua casa sem custo nenhum. Fora a questão ecológica, são milhões de carregadores no mundo sendo produzidos, então quanto mais a gente puder equilibrar, conscientizar e educar as pessoas vai ser melhor.— Renato Citrini, Diretor de Marketing de Produtos da Samsung

Desafios para vender o Galaxy S21 FE

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O Galaxy S21 FE foi lançado no Brasil por R$ 4.499, o que não é exatamente um preço sugerido ruim considerando que é o mesmo de seu antecessor e como anda a economia de nosso país. Porém, o aparelho precisará enfrentar não apenas modelos da concorrência como Moto G200 e Edge 20 Pro, como também da própria Samsung, pois o Galaxy S21 é facilmente encontrado no varejo por volta dos R$ 3.500.

Como dito anteriormente, o Galaxy S21 FE traz alguns diferenciais em relação ao modelo lançado no início de 2021, como tela e bateria maiores e câmera de selfies melhor, e é justamente nisso que a Samsung aposta para convencer os consumidores.

Segundo Renato Citrini, outro diferencial importante do Galaxy S21 FE é justamente seu lançamento tardio, que permitiu que o aparelho chegasse já com Android 12 de fábrica, o que pela política de updates da Samsung fará com que ele receba até o Android 15, enquanto o Galaxy S21 chegará "apenas" ao Android 14.

O S21 FE por ter sido lançado agora ele pega essa carona de ter o sistema operacinal mais recente, mas também tem muito a questão do público alvo. Quem é o cara do S21 e quem é o cara do S21 FE? Vai muito mais do valor para determinadas funcionalidades que esse consumidor quer. Ele quer uma tela grande e uma câmera de selfies melhor? Então ele vai no S21 FE. Quer algo mais compacto? Vai de S21.— Renato Citrini, Diretor de Marketing de Produtos da Samsung
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Citrini ainda lembrou das ofertas de lançamento do Galaxy S21 FE, que vão desde um Galaxy Buds 2 de brinde para quem comprar o aparelho até o próximo dia 30 de janeiro até parcelamento em 24 vezes no Samsung Itaucard, sistema de troca da Samsung onde você dá até dois celulares antigos para abater preço do novo, e bônus ao fazer compras no Galaxy S21 FE usando o Samsung Pay.

Por fim, Citrini comentou que a Samsung não analisa concorrentes na hora de definir as características que serão usadas em seus produtos, e sim o feedback dos próprios consumidores da marca, algo especialmente enfatizado com o lançamento da linha Fan Edition da qual o Galaxy S21 FE faz parte, o que, segundo ele, é um diferencial para a linha.

Galaxy S22 FE pode chegar mais cedo

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Ainda sobre o lançamento tardio do Galaxy S21 FE em relação ao que foi visto no Galaxy S20 FE, Renato Citrini disse que o novo modelo chegou "no tempo certo", sem dar mais detalhes do que isso significa mas indicando que mudanças no projeto podem ter feito o dispositivo ser anunciado apenas quando a Samsung sentiu que estava realmente pronto.

Além disso, ele indicou que o mesmo pode acontecer com todos os modelos da família, que leva em consideração o feedback dos consumidores para ser projetada e por isso pode ter ciclos de vida diferentes do que estamos acostumados a ver nos demais flagship. Com isso, o vindouro Galaxy S22 FE pode acabar chegando mais cedo caso a Samsung conclua seu projeto mais rápido do que aconteceu com o S21 FE.

A gente não tem um calendário rígido, fixo, de "precisa ser nessa data". Precisa por quê? Não tá pronto ainda, vamos fazer o lançamento no tempo certo. Vai lançar quando tiver que lançar. A ideia da linha Fan Edition é entender o feedback do consumidor, quais características são mais utilizadas, para então criar um produto novo. O produto pode ficar pronto mais cedo ou mais tarde, não temos essa rigidez no calendário. Se tem uma demanda grande por uma certa característica podemos adiantar um produto e trazer antes. É tudo muito dinâmico no mercado de tecnologia.— Renato Citrini, Diretor de Marketing de Produtos da Samsung

Por fim, Renato Citrini comentou que a Samsung pretende seguir com um calendário cada vez mais próximo de lançamento em relação ao anúncio global de seus produtos, especialmente em modelos estratégicos, e que a marca buscará em 2022 levar diferenciais ainda mais relevantes para faixas de preço mais baixas, inclusive abaixo dos R$ 1 mil.

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O Galaxy S21 FE começou a ser vendido no Brasil junto com o mundo inteiro, isso mostra o peso que o Brasil tem para a Samsung como um todo. São mais de 300 lojas, cobertura de assistência técnica no país inteiro, duas fábricas, dois centros de pesquisa e desenvolvimento... A Samsung investe muito, e considera o Brasil como um mercado super importante. Para 2022 continuaremos na pegada de trazer muita inovação, e não só inovação em modelos mais caros como os dobráveis, mas com uma visão de inovação para todos, olhando todo o portfólio, trazendo produtos nas faixas mais de entrada, abaixo de mil reais.— Renato Citrini, Diretor de Marketing de Produtos da Samsung