Apple teria desenvolvido dispositivo que atualiza iPhone na caixa
Por Renan da Silva Dores • Editado por Wallace Moté |

A Apple teria desenvolvido um sistema para suas lojas composto de um dispositivo capaz de atualizar iPhones lacrados. O aparelho conseguiria se conectar e ligar os telefones em comunicação sem fio, instalar a versão mais recente do iOS e então desligá-los sem que seja preciso abrir a caixa. A solução, que poderia começar a ser implantada ainda em 2023, visa evitar que bugs severos como os vistos com o iPhone 15 e o iOS 17 ocorram novamente.
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O lançamento da família iPhone 15 não foi dos mais suaves, apresentando alguns problemas que atrapalharam a experiência dos usuários. Um dos mais críticos ocorreu logo no recebimento: quando os aparelhos foram enviados, equipados com o iOS 17, uma versão 17.0.1 havia sido lançada com correções de erros. Para transferir os dados de um celular antigo sem falhas, era preciso aplicar a atualização primeiro, algo que não estava claro e resultou no travamento de algumas unidades em um boot loop (o iPhone fica preso na tela de início, com a maçã).
Ciente disso, a gigante de Cupertino teria desenvolvido um mecanismo para evitar que algo similar ocorra novamente. Segundo fontes do analista Mark Gurman, conhecido por diversos vazamentos relacionados à Apple, a empresa preparou um sistema capaz de atualizar dispositivos lacrados na loja, funcionando de uma maneira bastante engenhosa. Espécie de painel, o aparelho em questão poderia se conectar e ligar os iPhones em comunicação sem fio.
Ativados, os smartphones seriam devidamente atualizados e desligados novamente, chegando aos consumidores com a versão mais recente do sistema operacional, e evitando assim que novas unidades acabem travadas por falta de updates. O aspecto mais interessante é que a solução já estaria finalizada — a Maçã estaria planejando implementar a tecnologia em suas lojas até o final deste ano.
Ainda não se sabe se o recurso funciona corretamente, nem se estaria limitado aos EUA e países que possuam grandes Apple Stores, ou se regiões como o Brasil, em que há predomínio de lojas parceiras da Apple, receberiam o projeto. Dito isso, o mais provável é que o mecanismo seja levado a todos os locais em que a companhia atua — é de interesse da marca garantir que os usuários não encontrem problemas como o boot loop, para evitar devoluções ou até batalhas jurídicas.
Fonte: Bloomberg