Demolidor pode ganhar spin-off focado em heroína desconhecida da Marvel
Por Durval Ramos |
A nova série do Demolidor dentro do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) ainda nem tem data para chegar, mas parece que o estúdio quer aproveitar a popularidade do Homem Sem Medo para estabelecê-lo como a pedra fundamental de suas histórias urbanas. Tanto que, segundo novos rumores, já há novas produções sendo planejadas e até um spin-off protagonizado por uma heroína um tanto quanto desconhecida do grande público.
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De acordo com o insider Daniel Richtman, um velho conhecido dos fãs da Marvel por causa de seus vazamentos precisos, a Casa das Ideias planeja fazer uma série da Tigresa Branca, uma personagem do núcleo urbano da editora e que, embora esteja bem longe do panteão de heróis populares, já deu as caras em algumas animações clássicas da empresa.
Tudo isso se encaixa muito bem dentro daquilo que já foi vazado a partir das imagens de bastidores de Daredevil: Born Again. Nas últimas semanas, a gravação de uma cena do seriado do Demolidor indicava a participação do herói Tigre Branco em uma das cenas. No vídeo gravado clandestinamente, o personagem saía uniformizado de um beco, mas era alvo de uma tocaia e levava um tiro na cabeça pelo que parece ser o Justiceiro (Jon Bernthal).
E é aqui que a história levantada por Richtman se torna mais interessante. Isso porque, segundo ele, a série planejada pela Marvel não seria protagonizada pelo mesmo Tigre Branco que vai aparecer em Born Again, mas por uma versão feminina do personagem — algo que faz todo o sentido com o histórico do herói nos quadrinhos, assim como com a lógica que a série deve apresentar.
Quem é o Tigre Branco?
O Tigre Branco é um personagem relativamente antigo da Marvel, tendo surgido em 1975 — e um dos primeiros heróis latinos da Marvel. Ele é o alterego de Hector Ayala, um porto-riquenho que utiliza o amuleto do Deus Tigre, o que lhe concede poderes. A partir disso, ele se torna um dos mascarados a atuar nas ruas de Nova York, combatendo tanto grandes vilões como impedindo crimes menores por aí.
A grande questão é que o tal amuleto também trazia alguns efeitos colaterais, fazendo com que seu usuário começasse a ficar viciado naquele tipo de poder. E é a partir disso que Hector desanda e até tenta abandonar o posto heróico, até que acaba morto.
A partir disso, duas novas encarnações do Tigre Branco apareceram na Marvel. Ou, melhor dizendo, Tigresa Branca, já que foram duas mulheres que assumiram o manto e o amuleto dali em diante.
A primeira delas era Angela Del Toro, sobrinha de Hector. Contudo, a encarnação mais popular da personagem acabou sendo Ava Ayala, a irmã do Tigre original e quem ficou mais tempo usando o uniforme branco. Além de ter participado de equipes como Herói de Aluguel e os Novos Vingadores, ele também participou da animação Ultimate Spider-Man, de 2012, que ajudou a apresentá-la a um público mais novo.
E deve ser nisso que a Marvel está pensando ao trazer uma série da Tigresa Branca. Caso a informação de Richter esteja correta, devemos ver Hector Ayala apresentando a mitologia do Deus Tigre na série do Demolidor e, em algum momento, sendo morto. A partir disso, sua sobrinha ou irmã vai aparecer para vingá-lo, assumindo o amuleto em seu próprio show.
Marvel quer mais séries urbanas
Embora pareça uma completa loucura mais uma série de uma personagem de quem o grande público nunca ouviu falar, a aposta em Tigresa Branca não é tão absurda assim. Primeiramente, há o próprio fato de que a heroína era um nome recorrente na animação do Homem-Aranha, que era muito popular e que carrega uma legião de fãs saudosistas até hoje.
Caso isso tudo se confirme, a Marvel pode estar de olho nesse público que era criança em 2011 e que acompanhava o desenho animado e que vai reconhecer a personagem em live-action, chamando a audiência por essa nostalgia bastante específica.
Ao mesmo tempo, o próprio Daniel Richtman aponta que esse momento parece estar de acordo com a estratégia que o Marvel Studios vem adotando nos últimos tempos. Segundo ele, a empresa não quer mais lançar tantas séries em live-action como no passado, preferindo focar nos filmes e nas suas animações. Só que isso não significa que ela não está olhando para o futuro.
E qual futuro seria esse? O de histórias mais urbanas e com tramas pé no chão, pois teriam um orçamento menor e tramas mais contidas — algo que já tinha sido sinalizado com a criação do selo Marvel Spotlight. O maior incentivo para isso teria sido a boa recepção de Eco, que teve críticas bastante positivas e que custou relativamente pouco. Custando apenas US$ 40 milhões, a série se saiu melhor do que Mulher-Hulk e Invasão Secreta, que custaram US$ 212 mi e US$ 225 mi, respectivamente.