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STJ inicia recuperação após ataque cibernético; peritos temem vazamentos

Por| 09 de Novembro de 2020 às 21h30

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O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) iniciou, nesta segunda-feira (9), o processo de recuperação de seus sistemas eletrônicos depois de permanecer dias com atividades suspensas por conta de um ataque cibernético ocorrido na terça-feira passada (3). O órgão teve seus servidores infectados por um ransomware — tipo de vírus que “sequestra” os arquivos de uma máquina e solicita um resgate em dinheiro para liberá-los.

A equipe de TI esteja sendo capaz de restaurar a normalidade através de backups de emergência, a passos curtos. Porém, não é tal demora que preocupa os peritos designados para o caso — o que os especialistas temem é que o criminoso responsável pela invasão tenha copiado os dados sequestrados e possa vazá-los na internet ao perceber que o resgate solicitado não lhe será pago. Cerca de 255 mil processos estão em jogo.

“A Polícia Federal está apurando os efeitos do ataque hacker à rede de tecnologia da informação do tribunal, inclusive com relação à extensão do acesso aos arquivos, bem como sobre eventual cópia de dados. A investigação do crime segue em inquérito sigiloso”, afirmou o STJ através de uma nota oficial. Vale lembrar que, na sexta-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o responsável pelo incidente já havia sido identificado.

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Segundo a equipe do site Bleeping Computer, tudo indica que o STJ foi vítima do RansomExx, uma variante relativamente antiga que é operada por uma gangue criminosa homônima. Coincidentemente, nos últimos dias, pesquisadores de segurança encontraram uma nova versão do malware projetada para infectar sistemas Linux — até antes do ataque ao órgão, acreditava-se que o vírus só afetava computadores com o sistema Windows.

Fonte: Correio do Povo, Bleeping Computer, Kaspersky