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Sistemas do Ministério da Saúde são desfigurados por hackers

Por| 06 de Novembro de 2020 às 13h27

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Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado

Quatro sites do Ministério da Saúde foram desfigurados na madrugada desta sexta-feira (6), apenas um dia depois dos ataques que deixaram fora do ar diversos sistemas digitais do Governo Federal. Os hackers deixaram mensagens em páginas internas de sites usados por funcionários da pasta, citando apenas os nomes dos responsáveis pela invasão e citando outros grupos em uma espécie de “salve”.

Foram comprometidas páginas nas estruturas do PGASS, sistema de programação geral de ações e serviços de saúde, usado por gestores do SUS para coordenarem trabalhos; do e-CAR, uma plataforma voltada para a avaliação deste gerenciamento estratégico; do SISREBRATS, que divulga estudos sobre tecnologias voltadas ao atendimento de pacientes; e do BSE, que divulga boletins e despachos aos colaboradores da pasta.

Telas de login para os dois primeiros permanecem no ar, enquanto nos outros casos, quem tenta acessar o domínio encontra uma mensagem de que o sistema usado para criação e configuração do ambiente virtual está funcionando, sem que, teoricamente, seja possível acessar o banco de dados. Entretanto, não se sabe se os sistemas seguem funcionando nem se foram tirados do ar por conta desta nova ação.

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Pelas redes sociais e em contato com jornalistas, o grupo CyberTeam assumiu a autoria das desfigurações, mas sem falar mais sobre o assunto. Enquanto o caso acontece de forma simultânea à onda de ataques que atingiu o Supremo Tribunal de Justiça, o próprio Ministério da Saúde e outros órgãos do Governo nos últimos dois dias, não há relatos de conexão entre este e os demais incidentes.

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Os casos começaram a acontecer na quarta-feira (4), quando o STJ deixou de operar após um ataque cibernético supostamente causado por um ransomware. O golpe levou à suspensão ou cancelamento de julgamentos e adiou prazos processuais até a próxima semana, enquanto os sistemas do Tribunal seguem inoperantes, com cerca de 1,2 mil máquinas comprometidas, de acordo com informações extra-oficiais.

Depois, na quinta (5), foi a vez do Ministério da Saúde e do governo do Distrito Federal serem alvos. Oficialmente, os órgãos falam apenas em uma “tentativa de ataque de hackers”, que levou à retirada dos servidores do ar como medida de precaução. Mais tarde, o presidente Jair Bolsonaro disse, em comunicado, que a Polícia Federal já teria identificado o responsável pelos incidentes.

Até o momento de publicação desta reportagem, o Ministério da Saúde não havia se pronunciado sobre os desfiguramentos. Enquanto isso, os sistemas desligamos nos últimos dias permanecem inoperantes, enquanto os times de segurança e tecnologia do governo federal trabalham nos casos.