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Operadoras querem garantir 5G corporativo seguro, mas pecam em suas estruturas

Por| Editado por Claudio Yuge | 13 de Julho de 2021 às 22h20

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Operadoras querem garantir 5G corporativo seguro, mas pecam em suas estruturas
Operadoras querem garantir 5G corporativo seguro, mas pecam em suas estruturas

Planejada para chegar oficialmente ao Brasil a partir de 2022, a tecnologia 5G promete revolucionar o ambiente corporativo com conexões mais rápidas e com latência diminuída. Embora muitas operadoras de telefonia já estejam se preparando para oferecer conexões e estejam cientes dos desafios de segurança que elas acompanham, muitas ainda possuem conhecimentos e ferramentas limitadas para encarar esse desafio.

Uma pesquisa realizada em parceria entre a Trend Micro e a GSMA Intelligence mostra que há uma desconexão na maneira como as empresas da área veem a segurança. “"É óbvio que elas entendem os riscos e têm um desejo muito real de lidar com as preocupações de segurança cibernética. No entanto, algumas equipes estão tentando resolver o problema sem a expertise de especialistas em segurança ou fornecedores especializados”, afirma Ed Cabrera, diretor de Segurança Cibernética da Trend Micro.

Atualmente, 68% das operadoras fornecem redes sem fio privadas para clientes corporativos e as demais pretendem entrar nesse mercado até 2025. Enquanto 45% delas consideram extremamente importante investir em segurança empresarial, 77% pretendem incorporar alguma ferramenta de proteção como parte de suas soluções corporativas — no entanto, as intenções nem sempre vem acompanhadas de ferramentas necessárias para cumprir esses objetivos.

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Confira algumas das descobertas do estudo:

  • 51% das operadoras consideram a edge computing (sistema formado por centros de dados menores que operam nos limites das redes) como parte importante de suas estratégias. No entanto, somente 18% garantem atualmente proteções do tipo a seus clientes;
  • 48% das operadoras admitem falta de conhecimento e de ferramentas para descobrir vulnerabilidades ligadas à tecnologia 5G;
  • 39% possuem um grupo limitado de especialistas de segurança em suas operações;
  • 22% das empresas entrevistas não modificaram suas práticas de cibersegurança por acreditar que não têm responsabilidade sobre isso;
  • 37% das empresas não modificaram práticas de segurança por acreditar que soluções da internet das coisas já são seguras por padrão;
  • 41% admitem ter desafios em lidar com as vulnerabilidades decorrentes da virtualização de rede.

É preciso que empresas que atuam na área consigam conciliar suas vontades com a estrutura necessária para transformá-las em realidade, especialmente na era do 5G. A tecnologia deve acelerar ainda mais o processo de transformação digital, fazendo com que várias corporações alheias ao mundo online passem a depender dele — o que gera novas oportunidades para criminosos e, em consequência, as cobranças para que serviços sejam oferecidos de forma segura.

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A recomendação do estudo para as operadoras é que elas devem ampliar suas credenciais de segurança ou fazer parcerias com fornecedores de segurança, nuvem e tecnologia da informação capazes de preencher as lacunas de seus sistemas. As descobertas são baseadas no relatório GSMA Intelligence Enterprise Operators in Focus Survey 2001, que entrevistou 100 tomadores de decisões ao redor do mundo.