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iPhone 14 | Uso exclusivo de eSIM pode melhorar a segurança?

Por| Editado por Claudio Yuge | 20 de Setembro de 2022 às 13h20

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Divulgação/Apple
Divulgação/Apple
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Uma mudança importante anunciada na última semana pela Apple é o fim dos cartões SIM convencionais a partir do iPhone 14. A alteração, que por enquanto deve valer apenas para os modelos de smartphones vendidos nos Estados Unidos, faz com que o aparelho somente funcione com o uso de eSIM, formato em que o componente está instalado diretamente na placa-mãe.

Apesar do que o nome indica, não estamos falando de um cartão “virtual”, mas sim, de uma alternativa que chega a lembrar os primórdios da tecnologias mobile, quando os celulares tinham que ser “habilitados” pelas operadoras. Com a mudança, que já está disponível em outros modelos de aparelhos e também no próprio iPhone, que pode funcionar com um chip físico e um eSIM, o processo é mais simples que o do passado, mas ainda envolve o contato com a operadora.

É aí que, pelo menos na teoria, a novidade deve tornar os smartphones levemente mais seguros. Ainda que golpes envolvendo a clonagem de linhas ou roubos devem seguir acontecendo, eles se tornam um pouco mais complexos com o uso da nova tecnologia, já que mais passos serão necessários para que os bandidos consigam tomar controle das linhas de suas vítimas.

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Dificultando a clonagem de chips e o uso indevido das linhas

A ideia de que o cartão SIM, agora, faz parte do corpo dos aparelhos deve dificultar a obtenção de dados pessoais dos usuários que perderam seus celulares. No momento de tensão, muitos podem focar em bloquear dispositivos, aplicativos bancários e contas de usuários, se esquecendo de fazer contato com a operadora para impedir, também, o uso do chip.

Com isso, os criminosos podem inserir o SIM em outro aparelho e continuar tendo acesso a códigos de autenticação em duas etapas, chamadas, SMS e até o WhatsApp, aplicativo de mensagens que é atrelado do número de telefone. Com o eSIM, entretanto, o bloqueio do dispositivo também impede o uso da linha.

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Na mesma via, a clonagem de números também se torna mais difícil, pois cartões SIM em branco se tornam inúteis para isso. Claro, comprometimentos de sistemas e agentes internos continuam sendo a principal via de crimes desse tipo, o que também inclui eSIMs que podem ser validados em celulares sob a posse dos bandidos, mas novamente, é um caminho a menos para o crime digital disponível após uma mudança ampla de tecnologia.

Mais informação do usuário, menos golpes telefônicos?

Outra via que pode ser abordada com a mudança dos chips convencionais para esse novo formato são as fraudes que acontecem pelo celular, com bandidos se passando por familiares, representantes de empresas ou até serviços de atendimento. A ideia é que, para validar um eSIM, o usuário precisa entrar em contato com a operadora e passar seus dados, um processo que nunca é desejável para quem está do outro lado da lei.

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É claro, novamente podemos pensar em comprometimentos de sistemas de operadoras ou agentes internos que facilitem nessa tarefa. Por outro, com o eSIM, uma atividade que já é proibida no Brasil se torna ainda mais prejudicada, uma vez que chips vendidos em lojas já exigem que o comprador seja identificado; agora, será preciso fazer isso, também, para habilitar um telefone, o que torna o processo mais difícil e aumenta a possibilidade de detecção por autoridades.

O iPhone 14 funcionará exclusivamente com eSIM, apenas, nos Estados Unidos; outros países, incluindo o Brasil, seguem com os modelos tradicionais, que possuem um slot para chip convencional e possibilidade de configuração de um segundo, no novo formato. Ainda não há data de lançamento marcada para o smartphone que, por aqui, custa a partir de R$ 7.599.