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Golpe do pagamento usa ligações para confirmar compras falsas; veja o que fazer

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Anete Lusina/Pexels
Anete Lusina/Pexels

Recebeu uma ligação para informar que houve uma transação suspeita no cartão de crédito ou conta bancária? Então é melhor ficar atento: golpistas estão se passando por centrais de atendimento para roubar dados pessoais ou até mesmo convencer a vítima a fazer transferências via Pix para supostamente resolver o problema. A seguir, veja como funciona e como evitar o golpe do pagamento.

Como funciona o golpe do pagamento

O golpe do call center ou golpe da confirmação falsa, como a fraude também é conhecida, acontece através de uma ligação feita por um número desconhecido. Durante a chamada, uma gravação simula uma central de atendimento e informa que foi feita uma compra no cartão de crédito desconhecida ou que houve uma transação suspeita via Pix.

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Duas alternativas também são oferecidas após a falsa notificação: a confirmação do reconhecimento da compra ou a opção para ser direcionado para um suposto atendente para resolver a questão.

Ao ser direcionado ao falso atendente, a pessoa recebe diversas orientações fraudulentas, desde solicitar dados pessoais, como os dados de acesso à conta bancária, até a solicitação de uma transferência via Pix para resolver o “problema”.

Em casos mais graves, os golpistas também informam que é preciso instalar um app malicioso para acessar remotamente o dispositivo da vítima.

Como evitar a fraude

Ao receber uma ligação de confirmação de transação suspeita, é preciso averiguar a procedência das informações. Especialmente quando a chamada se passa por um banco em que você sequer tem conta ou cartão de crédito.

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que os bancos até podem entrar em contato para confirmar transações suspeitas. Contudo, as instituições financeiras nunca solicitam dados pessoais, senhas, atualizações de sistemas, chaves de segurança, pagamentos ou estornos de transações nestes contatos.

“Ao receber uma ligação suspeita solicitando senhas ou dados pessoais, desligue imediatamente e, de outro telefone, entre em contato com os canais oficiais de seu banco”, orienta o diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, José Gomes.

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O  advogado especialista em Direito Digital no Ballstaedt Gasparino Advogados, Arthur Bernardo Corrêa, também orienta verificar no aplicativo do banco se houve a suposta movimentação informada na ligação.

“Além disso, desconfie das ligações e busque verificar a veracidade das informações, através da confirmação via canais oficiais da instituição financeira, os quais podem ser verificados pelo aplicativo, por exemplo”, pontua em entrevista ao Canaltech.

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Caí no golpe. O que fazer?

Se você recebeu uma dessas ligações e fez uma transferência ou forneceu um dado pessoal, o sócio do Rosenbaum Advogados, Leo Rosenbaum, aponta à reportagem um passo a passo para solucionar o caso:

  1. Entre em contato com seu banco imediatamente para bloquear qualquer conta ou serviço associado à transação fraudulenta;
  2. Se a transação fraudulenta foi realizada via Pix, entre em contato com o banco e acione o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Banco Central;
  3. Faça um boletim de ocorrência na polícia para iniciar uma investigação formal e ajudar a prevenir que outras pessoas sejam vítimas;
  4. Acompanhe suas contas bancárias de perto para identificar e contestar qualquer transação não autorizada o mais rápido possível;
  5. Comunique o golpe ao Procon e à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática para que possam tomar as medidas necessárias;
  6. Considere buscar orientação de um advogado especializado em crimes digitais para explorar opções de reverter ou minimizar os danos sofridos.
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“É importante destacar que a jurisprudência sobre fraudes bancárias, incluindo aquelas envolvendo o Pix, ainda está em desenvolvimento”, observa. “Atualmente, há uma divisão nos tribunais, o que significa que a probabilidade de obter ressarcimento judicial pode ser de aproximadamente 50%.”